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Encontrados 56 textos de novembro de 2014. Exibindo página 4 de 6.
15/11/2014 -
Pêssegos
Amanheci nos jardins suspensos
Propenso a colher um velho amor
Pêssegos miúdos
Num perfume de deixar mudo
Até a mais falante criação
Uma maciez, uma textura
Uma doçura
Para se nunca dizer não
Na vida
Pêssegos amarelos
Tão belos
Donzelos
Até a primeira mordida
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15/11/2014 -
Entre eu e você
Entre a cruz e a espada. Entre a escada e o elevador. Entre a praia e a montanha. Entre a gordura e o light. Entre o sexo e o amor. Entre o verão e o inverno. Entre a casa e o botão. Entre o espinho e a pétala. Entre o riso e o choro. Entre o sim e não. Entre a valsa e o samba. Entre a luz e a escuridão. Entre o tédio e o pecado. Entre o primeiro e o último. Entre o doce e o salgado. Entre o passado e o futuro. Entre o prazer e a vergonha. Entre o sol e a lua. Entre o verso e a prosa. Entre o beijo e o abraço. Entre o grito e o silêncio. Entre a nuvem e a chuva. Entre a beleza e o mistério. Entre a fotografia e o movimento. Entre o mar e o lago. Entre o tinto e o branco. Entre o início e o fim.
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14/11/2014 -
Cigano Branco do Oriente Maior
Vistoso
Garboso
Charmoso
Chega com olhos de lince
E porte de príncipe
Dando boas-vindas
Com as mais lindas
Intenções
Ele é o comandante
Do meu oceano
Cigano
De paixões
Chega com alegria
Batendo palma
Saudando
As forças da noite e do dia
É o cigano do sol
É o cigano da lua
Canta feito rouxinol
Encanta pela rua
Acendendo fogueiras
Pelas fileiras
Das almas a sós...
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Comentários (1)
14/11/2014 -
Salve meu povo Katshimoshy
Salve meu povo das danças à lua, das noites regadas à fogueira, dos lares no seio da rua... Salve meu povo Katshimoshy. Salve meu povo que enfrentou os lobos, que sangrou nos caninos brancos das matilhas, que derramou a própria vida em busca de fortuna e poder. Salve meu povo de príncipes e rainhas. Salve meu povo que percorreu a Rússia, a Europa Central e a Andaluzia. Salve meu povo Katshimoshy que se arrependeu dos excessos mundanos e evoluiu para outros planos. Salve meu povo feito de luta e magia. Salve meu povo formado por caminhos, ventos, chuvas. Salve meu povo cigano de luz. Salve o povo cigano do Amanhecer. Salve Cigana Andaluza, salve Deus! Salve Cigano Branco do Oriente Maior, Salve Deus! Salve Mãe Calaça, Salve Deus! Salve Mãe Magdala, Salve Deus! Salve Tiãozinho e Justininha, Salve Deus! Salve a cigana Natascha, Salve Deus! Salve o povo da liberdade, do fogo, da paixão, Salve minha herança Katshimoshy.
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13/11/2014 -
Nascida na ribanceira
Nasceu lá na ribanceira uma muda que virou árvore e até pé, o que será que é? Será jabuticabeira? Será figueira? Será quaresmeira? Será pau de dar em doido ou de rezar na quarta-feira? Será árvore macho ou fêmea, qual o sexo do seu cerne? Será árvore para namorados ou amantes? Será que a passarada refesteleira sabe que espécie é aquela? Será árvore donzela? Será árvore de raízes ou de matizes? Será que o chá de suas folhas cura ou enlouquece? Será que suas frutas dão de comer ou de matar? Será que suas flores perfumam ou devoram? Que será que será isso que nasceu em plena ribanceira numa tortura que chega dar zonzura só de olhar? Será mangueira? Será pereira? Será madeira de lei ou bandida? Será árvore do mato ou do asfalto ou do mar-alto? Será que a gravidade vai deixá-la inteira? Será prisioneira desse ângulo obtuso? Será pé convidado, nativo ou intruso? Será o que será que será que se deu lá pras bandas da ribanceira?
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13/11/2014 -
Um artigo chamado saudade
A saudade é artigo que me alimenta
Dá-me abrigo numa dimensão perdida
Entre o que se foi e o que se é nesta vida
Entre o que se sonhou e o que se conquistou
Entre o que se suportou e o que se aguenta
A saudade é o que me sustenta em pé
Depois de tudo o que fora feito da minha pessoa
Por esses tempos do mundo e do submundo
No qual um sentimento de falta muitíssimo destoa
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12/11/2014 -
Correr ao tempo
Eu tenho que correr porque minha vida não me espera para viver. É preciso correr a pé, nas asas de um tié ou no lombo de uma égua. O relógio não me dá trégua com seus ponteiros febris. O tempo não me abona, pelo contrário, rasga a lona do meu circo existencial. Pelos varonis soldados do tempo são me cobrados impostos de fantasias. Levam de mim sacas de alegrias crescidas e ainda não nascidas. É preciso correr antes que o senhor do tempo sele meu destino com sua pá de cal. Não há súplica ou sacrifício que o faça diminuir sua passada. Somos prisioneiros de sua estrada. O tempo está em todas as coisas, em todos os lugares. Deitamos com o tempo no sagrado de nossos lares e o tomamos nos copos mais sujos dos bares. O tempo é fera desarvorada, sem doma, sem dona. O tempo não perdoa, tampouco afaga. É preciso correr para que os lastros com o tempo não se rompam antes da hora. É preciso correr sem demora, doa a quem doer, para que não sejamos apenas rastro que logo se apaga.
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12/11/2014 -
Menino Tupinambá
Caboclo Tupinambá
Senhor das matas lá
Do meu interior
Acorda, acorda,
Acorda-me condor
Vibra minhas cordas
Vocais com seu brado
Ensurdecedor
Caboclo cantador
Bate no meu peito
E me palpita
Por inteiro, altaneiro
Das matas encantadas
Irriga meu coração
Com sua seiva bendita
Faz do meu corpo
O arco para suas setas
Luzidas de justiça e paixão
Guia-me pela estrada
De curvas e retas...
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11/11/2014 -
O tempo blefa, cuidado!
Se fosse possível voltar ao menos uma vez no tempo eu voltaria. Faria tudo diferente para seguir trocando passos com quem dividiu a minha estrada em antes e depois de sua passagem. Cometeria bem menos bobagem. Hoje, esta aí a paga de tudo que semeei. Fui menino pra não compreender o canto do destino. Pedras dali, pedras daqui, o tempo blefou e eu cai. Agora, entre perdedores e vencidos, o coração se rende ao choro bandido.
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11/11/2014 -
Meu sol interior
O meu sol interior
Há de iluminar a estrada
Evitar novos tropeços
Fazer com que eu reencontre
O endereço do amor
Fecha os olhos, ò amada
Sinta os raios desse sol
Procurando por você
Por favor, diga que me vê
E ainda sente minha falta
E que a saudade nos mata
Igualmente
De forma tão diferente
Bendiga que ainda crê
Farte-se desse buquê
De luz e em mi bemol
Diga que me espera
Como flor a primavera...
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