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Encontrados 56 textos de novembro de 2014. Exibindo página 6 de 6.
05/11/2014 -
Tempos
O tempo
Corre das nossas vistas
Como um corisco
Em noite escura
Dando medo
E a certeza
De que somos breves
Criaturas
Reféns da relação
Entre os tempos
Desejado e tido
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05/11/2014 -
Faça tudo de novo
Faça minha barba. Corta minha unha. Escolha a minha roupa. Espere-me pra comer. Use meu perfume predileto. Leia meus versos. Massageie meu corpo. Ouça minhas dores. Divida o chuveiro comigo. Pergunte como estou. Envie-me quebras de rotina. Sonhe meus sonhos. Se entregue ao meu destino. Prova da minha fé. Toma-me de amor. Chama-me de seu. Sinta ciúme. Ofereça-me o melhor pedaço da sua vida. Casa comigo todos os dias. Peça colo e dê colo na mesma intensidade. Queria estar comigo. Não esconda o choro. Esteja sempre pronta pra viajar nas minhas viagens. Encoraja-me. Leva-me para você.
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04/11/2014 -
Passando
O destino me condena
E o menino tempo
Não tem pena
De passar por mim
Correndo assim
Com asas nos pés
E coração de espadachim
Feito roda-gigante
Em noite sem lua
Tudo vai ficando
Para trás
Até mesmo o querer
Que era demais
Já passou
Sem eu perceber
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04/11/2014 -
Fez-se o vagalume!
O pássaro deus me contou que tudo se consternou quando a menina se vendo sozinha chorou. E a terra se abriu e o céu rugiu e o fogo frigiu com tão doído pranto. Os altos comandantes estelares rendidos ao encanto da pobre menina ofereceram uma chuva de estrelas e uma combinação ruiva de flores nascidas em cometas. E teve até anjo fazendo careta diante de tanta corneta que ecoou pra levar consolo à menina que de sozinha chorou. Seu choro suplicou aos píncaros do infinito e chegou bonito aos ouvidos do criador. E foi então que deus criou dos olhos daquela menina cega de solidão um pequenino coração de luz com asas para guiar os cegamente apaixonados. Fez-se o vagalume. ...
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03/11/2014 -
Lembremo-nos ainda
Lembremo-nos de um tempo
De um tempo só, só nosso, nosso
Que ainda não existiu de fato
Um tempo em que caiba o retrato
Do que quero ser com você e não posso
Um tempo crônico em tudo o que há
Em matéria de sentimento
E como sentimento o que faz ou não sentido
Lembremo-nos como tempo
De um jeito menos doído
E aos gritos da realidade mais renhida
Não demos ouvidos
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03/11/2014 -
De volta
De volta depois de um período afastado de mim. Após o reencontro com minha essência, estou de volta para as letras. Minhas mãos já estavam saudosas da tinta fresca. A relação entre escritor e tinta é a mesma de criança e melaço. Os abusos e o modo de se alimentar, inclusive com direito à lambuzações, está perdoado. Como de sempre, a imaginação voa alto, longe, na altura do inacreditável. Desafinado, meu único piano possível acabou sendo o teclado de um computador. E é nessas teclas que bato meu sentimento como que marcando almas, como que tatuando corações, como que acionando flechas cupidinianas. Como podem observar, estou de volta e para ficar.
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