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Encontrados 2480 textos. Exibindo página 199 de 248.
Papo-bate-papo
Saudade
Me perdoa
Se nos últimos tempos
Eu abusei dos teus abusos.
Saudade
Se quer um culpado
Não me olhe com condenação
Saiba que eu
Sou só um lado da separação.
Saudade
Já deve ter lido as cartas
Que eu deixei ao vento
Já deve saber que o meu mal
Aumenta com a distância.
Saudade
Me faça um favor
Vá e diz
Como é difícil se casar
E quiçá ser feliz
Contigo.
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Para além das ilusões
Para além das ilusões
Fui lhe encontrar
Submersa
Em olhares
Que se vão por lugares
Que nem mesmo se pode esperar.
Para além das ilusões
Os lábios ficam tristes
Porque a boca da saudade existe
E insiste em nos beijar.
Para além das ilusões
Nada é para sempre
Só há o usufruto do presente
Num canto abandonado
Raiando num mar desacordado
E sem luar.
Para além das ilusões
O criador deixou de ser autor...
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Para além das palavras
Para além das palavras
Lava-me
Em cada gesto meu
De eu te amo
Eu te amo
Eu te amo me percorre
Eu te amo me asfixia
Eu te amo me provoca
Eu te amo soa como um registro
De um tempo
Que ainda não acabou
Que ainda não começou
Que ainda não me disse
Que ainda não me quis
No amor sozinho
Solitário
De Orfeu e Eurídice.
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Para se pensar na mulher amada
Para se pensar na mulher amada
Não é preciso folhear álbuns com fotografias antigas
Tampouco esperar a tarde cair para olhar o céu vazio
Não é necessário ouvir dezenas de vezes uma mesma música
Também não se sinta obrigado a ir a um dado restaurante
E exigir a mesa e a comida de costume.
Para se pensar na mulher amada
Não é preciso tomá-la em um drinque
Nem passar o dia em uma perfumaria em busca de uma lembrança
Nem procurar com toda minúcia o trecho de um filme...
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Paradeiros
Se eu não abrir a porta, não se preocupe
Fui ajudar a semear três quartas de alqueire
Fui recepcionar os reis de Mônaco
Fui acompanhar a última dançarina de flamenco.
Se eu não abrir a porta, não se preocupe
Fui espionar a passagem de um cometa
Fui chorar o funeral de um sonhador
Fui escutar as últimas das mexeriqueiras da esquina.
Se eu não abrir a porta, não se preocupe
Fui olhar a chegada das baleias brancas
Fui saber as tendências para o próximo inverno...
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Partes
Agonia!
O dia
Não me deixa...
Fantasia!
O tempo
Fecha-se em fecho...
E o adeus se queixa
De que não o deixo...
Agonia!
Fantasia!
Duas razões
Duas canções
E uma só alegoria.
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Partidas
Quando ela partir
Que parta lentamente...
Quando ela se esconder
Que deixe pistas
À vista
A prazo.
Quando ela se for
Que o adeus tenha reprise...
Quando ela levar as palavras
Que deixe números
De telefones
De meses.
Quando ela lembrar
Que não seja involuntário...
Quando ela voltar
Que não seja sem querer
Sem saudade
Sem saber.
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Partido alto
Eu sou martinho
Sou cartola
Sou cavaquinho
E sou viola.
Sou corda
E sou caçamba
Com licença de Zé Keti
Sou bamba
Sou samba.
Canto na batida
De um coração
Sou chegada
E despedida
Sou Jorge Aragão
Sambo na mesa
Sambo no assoalho
Sambo na plebe
E na realeza
Sou Beth Carvalho.
Clementina e dona Ivone Lara
É goiabada cascão
Em caixa
É fina canção...
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Partitura rasgada
Não posso mais
Falar de mim
Não posso mais
Pensar em nós
Não posso mais
Ter os sonhos
Que todos têm
Porque de agora
Em frente
Não pode mais
Chamar-me de alguém...
Sou
A música
Esquecida
Nas costas tatuadas
De um piano.
E ninguém sabe
Como se invoca
O silêncio
Das notas
Do ritmo
Do tom
Que canta em mim.
Sou página virada
Piano sem cauda
Saudade que desafina...
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Parto
Sem o de repente de costume,
Da saudade nasceu o escândalo
Nasceu sem maiores alardes
Sem maiores tramas
Sem grandes dramas
Nasceu como lágrima de inverno
Lágrima que escorre em contextos
Textos
E com tantos outros pretextos
Singulares
Quem sabe a primavera?
Musa do Olimpo!
Durante o parto,
A luz, a música, o nada e o tudo
E, diante dos rompantes do amor,
O tudo é sempre o nada
E o nada subverte a ordem...
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