Daniel Campos

Poesias

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Encontrados 2480 textos. Exibindo página 161 de 248.

Eu achava que achava

Eu achava que você não surgiria
Mais a caminhar por ai
De forma tão demais
E frontal a mim
Aliás, eu achava que você só fluía
Dentro dos meus sonhos de menina
E eu achava que a menina não existia
Mais e demais em mim
Eu achava que a menina era só mais um sonho
De tantos de grandes de eternos
Sonhos
Que morreram
Que se esqueceram
Que foram embora
Para longe e eu nunca ousei ir tão longe
Ah! Eu achava que você fosse uma mentira...
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Eu e a solidão

Caminho nas ruas soturnas
Ando só, sem viva alma
O breu e o frio são paisagens noturnas
O vento cortante sopra sem calma.

A chuva debruça-se sobre a escuridão
Escondida, a lua chora descompassada
Por culpa de algum ingrato coração
Que não a quis como celeste amada.

Eu vago junto à desesperança
Os botequins fecham suas portas
Não há barulho de nenhuma criança
Só os gemidos das horas mortas.

Nos guetos estão os cães sem raça...
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Eu não sei

Amanhã é seu aniversário
E eu não sei
Se lhe acordo
Com um rosário de frases
Ou com palavras subtendidas
Em um beijo
De maçã.
Talvez um vaso
Raso
De flores de romã
Colhidas em um vilarejo
Amarelo.
Na sei
Se lhe acordo
Com tempestades
Ou farelos
De saudades.
Talvez um café da manhã
Uvas e morangos
Champanhes e tangos.
Lhe acordar
Com o roteiro de um passeio
Nós dois num campo de centeio...
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Eu te amo

Eu te amo
Frase adocicada
Quando proferida
Pela boca amada

Eu te amo
Frase voraz
Que até de pulsar um pulso
É capaz

Eu te amo
Frase inesquecível
Que no dicionário do amor
É imbatível

Eu te amo
Frase sem igual
Ao contrário do amor
É imortal.


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Exame

Olha meus versos
Acha que são falsos
Que sou inventor
De personagens
De ocasiões
Que juro existirem.
Crê que roubo palavras
De outras páginas
Só para vestir as linhas.
Acha que insisto
Em saudades
Não sentidas
Em solidões
Não vividas
Em amadas
Não perdidas.
Acha que
Meus dramas
Meus temas
Meus desejos
Não me pertencem
Acha que minto
Acha que finjo
Acha que tento...
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Existe ou não?

A existência ou não da mulher amada
No universo
Ainda é assunto de discussão
De físicos, matemáticos e poetas
Embatem-se e se digladiam
À procura de justificar
Suas teorias
Mais infundadas.
Há muitas evidências
Mas faltam provas
Para afirmá-la e para negá-la
Pudera, a mulher amada
Não é da espécie
Que deixa vestígios
À flor do mundo...
Ela é secreta
Quase extinta
E se faz pelo mistério...
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Explosão

Hoje,
O choro foi além
Do convite costumeiro
Foi também a única saída
Se é que lhe existe saída.

Hoje,
O choro foi também
A urgência da urgência
Virada pelo avesso
E a maior das tentações:
A tentação de sorrir.


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Extensões

Quando eu parar de crer nas coisas do mundo
Quando eu deixar para trás os sonhos
Quando eu quiser parar de seguir
Quando eu fraquejar e cair
Mostra-me teu sorriso
Mostra-me e sorri
Ri na manhã
De dor
Ri na maçã
Do sol que não vi
Mostra-me teu sorriso
Quando eu parar de me iludir
Quando eu me ver sozinho e sumir
Quando eu deixar de lado o que proponho
Quando eu mergulhar nos teus olhos sem fundo.


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Extinta

Acreditavam
E já falavam pelas ruas
Que a mulher amada
Em seu mais completo sentido
Estava extinta
Que havida desaparecido
Na última tempestade
No último eclipse
Na última trombeta
De um amor apocalíptico
Diziam que dela só restaram
As ruínas dos sonhos
Tombados
As memórias de uma beleza
Incorruptível
E o cheiro de teu sexo
Que ventava
Pelos campos da primavera
Das tulipas...
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Fadas, duendes e afins

De quem são os meus dramas?
De quem são as minhas tramas?
De quem são os meus roteiros?
Eu queria ser atriz, bailarina, cantora
Morar no fim do mundo
Tendo o horizonte como uma promessa
A mais debaixo do meu travesseiro
Mas ora essa
Meus olhos fundos
Me dizem o quanto sou amadora
Em meus sonhadeiros
Antes de partir
Queimei meus veleiros
Fechei minhas janelas
Matei minhas donzelas
De quem são meus maiores enganos?...
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