Daniel Campos

Poesias

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Encontrados 2480 textos. Exibindo página 163 de 248.

Febre amarela paixão

Eu quero um mundo amarelo
Amarelo ouro, amarelo melão
E, ao meio do céu amarelo
Quero navegar num balão
Sobre o mar caramelo
E de lá das altas nuvens
Ver você passando
Dobrando as ferrugens
Dos sentimentos
Você, toda coração
De vestido amarelo
Amarelo-canção,
No canário amarelo do refrão
E arder de amor,
Entre a rua e a janela,
Numa febre amarela,
Num sol de verão
Amarelo limão...
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Fecha a conta

Com a certeza de tudo acabado
De não encontrar mais nada dela
Nem a roupa, nem os mistérios, nem o medo
De não ficar mais horas anoitecendo
Criando contos, poemas, crônicas
Só para encontrá-la
Num final previsto,
Pelo menos para quem sonha,
De não ficar perguntando sobre ela
Colocando-a em todos os assuntos
Em todas as frases
E pensamentos
Eu caio nos braços da realidade
E sumo pelas páginas de um romance
Inglês.


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Fechem as cortinas

Sei que é covardia
Descer do palco
Antes da última cena
Mas o roteiro mudou
E ninguém me avisou
Que eu teria de beijar
A solidão.

Não! Vou para detrás das cortinas
Para onde nem mesmo eu me veja
Vou para o escuro da coxia
Trancar-me-ei no camarim
Só eu e o resto da fantasia
Que se afoga no cálice
A minha última fala.

Um longo silêncio
Depois de um adeus
Que não foi meu
Eis o que vou deixar...
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Feitiçaria

Pelo amor dos bruxos
Feiticeiros
Magos do altiplano
Não disfarça os nós
Desta malha
Destineira
Que nos veste
Pela estrada afora

Invoque palavras mágicas
Faça rituais secretos
Ofereça-me aos teus deuses
Mas não deixa
Quebrar
Este meu corpo
Que nasceu da tua costela

Ah! Eu não posso ficar distante
Eu nunca sou o bastante
Para você
Amarra um barbante entre nós...
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Feitiço

Você
Que leva as minhas palavras,
De um simples eu te amo
Até livros completos,
E não deixa nada dentro de mim.

Você
Que embaralha meus olhares,
Como num carteado bêbado
Onde há mais de quatro naipes,
E às vezes me deixa ganhar.

Você
Que fala das minhas histórias,
Como se me tivesse em suas mãos
Como se me olhasse de uma janela,
E soubesse o fim que eu não sei.

Você
Que se esconde em gestos,...
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Fel de felina

Entre a dor e o amor
Quando eu me for
E não me achar
Vai se lançar
Ao céu
E verá
Um pedaço de luar
Das nossas luas de mel
Caindo
Se indo
Emergindo
No seu olhar
Manchado de fel.


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Felicidade tímida

Ela tinha ares de felicidade
Mas uma felicidade tímida
Não que fosse menor
Era apenas uma felicidade escondida
E não sei por qual medo a escondia.
Ela existia e isso era incontestável
Podia senti-la longe, no seu olhar distante
Podia senti-la perto, nos seus lábios guardados
Seja como fosse, a felicidade acontecia
Por mais que negasse, escondesse, ela existia.
Talvez medo de perdê-la
Talvez a trancafiasse desde sempre
Talvez medo de algum trauma não acontecido...
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Ficantes

Fica
Fica mais um pouco
Eu já volto
Só vou lavar
Meu último sonho
Só vou retocar
Meus erros
Só vou olhar
Os meus escombros
E já volto
Para me dizer inédito.


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Figuração

Nada aconteceu
No palácio
Das figurações
Onde os ?tempos?
Não dizem fatos
Para além
Das imaginações...

As muralhas
As escadas
Os salões
São ruínas
Num porta-retrato...
Cavaleiros
Princesas
Magos
São lendas
Que embalam
O sono das crianças
Nos livros
De folhas amareladas...

O medo urge
Medo do que não foi
Do que podia ter sido...
Nossas máscaras
No chão...
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Filha

Detrás da porta
Entreaberta
Que nunca fechei
Me olharia
Deserta
Entre bonecas
Batizadas com os nomes
Das mulheres que nunca beijei.

Me olharia
Inocente
E sapeca
E carente
E moleca.

Me olharia
Nas voltas de um retrós
E de repente
Numa ânsia
Corrente
Assumiria
A distância
Morrente
Entre nós.

Me olharia
Afônica
E me julgaria
Toda anacrônica...
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