Daniel Campos

Poesias

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Encontrados 2480 textos. Exibindo página 133 de 248.

Aonde

Como está?
Com olheiras de sono?
Voltando de onde?
Pensando em que?
Espero
Que esteja mais calma
E afaste seus pensamentos
Da minha imagem
Espero que não chore mais
Não sofra mais
Não ame mais
Espero
Somente espero.


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Aperto no peito

Os chafarizes secaram esperando por você
O mato engoliu tudo sem nem perguntar por quê
E a praça ficou só, tão só meu coração
Até o ipê rosa virou cor de solidão
Os caminhos de pedra estão ausentes
É como se não houvesse nada nem ninguém
Na radiografia do ventre da praça
Que só mostrou um silêncio sem graça
Os pássaros mudaram de ninho
O pipoqueiro trocou de caminho
Já nem passa por lá
E olha lá, não sobrou casal de namorado...
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Apocalipse

Olha, olha da janela
Tudo indo, indo, indo
Numa profecia de louça.
Olha a visão não bela
Que vem vindo, vem vindo
Para se findar na sua boca.
Feche as cortinas
As retinas da despedida
Vamos esquecer lá fora
E nós dois agora
Vamos desobedecer as regras
Pedras de uma vida perdida.
Vamos, vamos, vamos
Ouvir um pouco de bossa
E nos matar de saudade
Saudade, saudade...
Vamos, me admira
Esse medo
Que já não vem tão cedo...
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Aprendiz

Com você
Aprendi
A tecer
Diversas medidas
Para uma só distância.

Com você
Aprendi
A conhecer
Diversos disfarces
De um só tempo ladrão.

Com você
Aprendi
A sofrer
Diversas ausências
Para uma só saudade.

Com você
Aprendi
A rever
Diversas razões
De um só desencontro.

Com você,
Aprendiz.


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Aqui estou

Aqui estou
Neste pedaço de papel
Exposto
Sob todos os riscos
Por vontade própria
Entregue de corpo e pensamento
Aqui estou.

Aqui estou
Como um testamento vivo
Disposto
De forma plena
Povoado de poesia
Crente das crenças que falam de amor
Aqui estou.

Aqui estou
No enfrentamento das frentes
Sem caminhos para voltar
Em sinal de paz
Com as mãos amarradas em forma de prece ...
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Armação

E se for tudo mentira
O barco
A flor
A lira
Do cantor?
E se pior
For tudo armação
O arco
A dor
O perdão
Do pecador?
E se ainda
For tudo bobagem
O que será de mim
Filho da tua miragem?


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Arqueira

Tomba os olhos
Em uma tromba
De concentração
E nessa envergadura
Sinta-se presa
No desabrochar
De um casulo
Entre a borboleta
E a camponesa
Que em si
Que carrega.

Não importa
Se o alvo está encoberto
Ou se um vento forte
Embaralhe suas retinas
Sue sentimentos
Pelas linhas das mãos
E energize
De poesia de arqueria
Cada ponto do arco
E da flecha
De fogo, de ponta, de tinta...
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Arrevoada

Voa
Num pé de vento
Num sentimento
Que arrevoa
Para passar
O inverno
No sul
A espera da menina
Que ainda anda
Longe e tão longe
De nascer,
Mas voa
Ao primeiro alvorecer
Com asas
De colibri
De bem te vi
De paturi
E pousa
Nas mãos do adeus
Como um louva-deus,
E não o bastante
Voa
E sobrevoa
Um telhado
De telha
Cor-de-rosa-de-cor...
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Arritmia

A mulher amada faz-se perto
Como se chegasse com o vento
Úmido e secreto
De uma nova fase da lua
A mulher amada é o melhor remédio
Aquele que cura qualquer doença
Seja física ou espiritual.

A mulher amada sorri
E antes do fim do sorriso
Chora
E antes do fim do choro
Sorri
A mulher amada brinca
E fala sério
A ponto de nos deixar com um medo
Que ainda não se explica.

Com naturalidade...
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As águas da mulher amada

Um rio sagrado
Eis como deve ser quisto o corpo da mulher amada
Um lugar sacro
Onde se banha para purificar
Os cernes da alma...
Quantos os círculos de medo
E de amor e de esperança
E de fantasia
Compondo o íntimo da mulher amada...
Quantas as magias correntes
Nas águas de carne
Da mulher que de quão doce
Brinca ao lado de botos
Cor-de-rosa...
São águas revoltas
São águas remotas
São águas místicas...
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