Apocalipse
Olha, olha da janela
Tudo indo, indo, indo
Numa profecia de louça.
Olha a visão não bela
Que vem vindo, vem vindo
Para se findar na sua boca.
Feche as cortinas
As retinas da despedida
Vamos esquecer lá fora
E nós dois agora
Vamos desobedecer as regras
Pedras de uma vida perdida.
Vamos, vamos, vamos
Ouvir um pouco de bossa
E nos matar de saudade
Saudade, saudade...
Vamos, me admira
Esse medo
Que já não vem tão cedo
Se tudo foi vindo assim
Vindo assim, assim, assim...
Deixa eu me afogar
Nos teus soluços
Queixa seu sonhos, seus vultos
Que vão se acabar
Enquanto com todo zelo
Cavo em você
Você de toda você
O meu leito, o meu adeus
Alguns apelos
E a ilusão
Da ressurreição
Nos lábios seus.
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