Daniel Campos

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Arqueira

Tomba os olhos
Em uma tromba
De concentração
E nessa envergadura
Sinta-se presa
No desabrochar
De um casulo
Entre a borboleta
E a camponesa
Que em si
Que carrega.

Não importa
Se o alvo está encoberto
Ou se um vento forte
Embaralhe suas retinas
Sue sentimentos
Pelas linhas das mãos
E energize
De poesia de arqueria
Cada ponto do arco
E da flecha
De fogo, de ponta, de tinta
Que carrega.

Coloca todos os sonhos
Ainda não realizados
Na ponta da flecha
E corra a pena
Por todo o corpo
Em arrepios e cócegas
Estica-se feito corda
Mas estica-se ao máximo
Absorva toda a pressão
Toda a elasticidade
Do desejo
Que carrega.

Não trema
Se preferir
Retira toda a roupa
Do corpo e do espírito
Para sentir
Uma maior integração
Entre a pele e o arco
Imagine os índios
Imagine os elfos
Imagine os cupidos
E respire fundo
Todo o eu
Que carrega.

Despeja
Emocionalmente
Todo o íntimo
Em seus dedos
E não seja
Nada além deles
E como arqueira
De sentimentos
Mire
Acerte
E dilacere
O coração
Que carrega.


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