Daniel Campos

Poesias

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Encontrados 2480 textos. Exibindo página 132 de 248.

Andarilho de esperas

Não me pergunte as horas
Porque ao tentar lhe esquecer
Esqueci o tempo.

Foram-se os anos
Os calendários
E até as semanas
Mais ciganas
Que tentei colecionar.

As datas
Se divorciaram da minha memória
E fiz-me um andarilho
Que anda sem trilho
Suspenso em quimeras
Insólitas e inglórias...

Eu, andarilho de esperas.


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Anjo em versos

Será que é de pólen?
Será que é de rubi?
Será que é de nuvem
Ou de patchouli?
Será que voa
Com asas de anjo
Ou flutua
Nas árias de um bem-te-vi...
Será que anda pela rua
Ou flutua nas pétalas de um beija-flor
Que de flor em flor
Pontua e sorri...

Ah! Abraça-me em teus braços
Marilene
Desenha-me em teus traços
Marilene
Enlaça-me em teus laços
Marilene
Leva-me em teus passos...
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Anjo Lilás

Ó minha amada
Como num conto de fada
Deito-me em teus braços
E enquanto me enlaço
Em tuas asas,
Voa
Por sobre os oceanos,
Voa
Por sobre as casas,
Voa
Perto de uma lua
De pano.

Ó minha amada
Como num conto de fada
Eu navego
Nas sombras dos teus olhos de sol
Enquanto voa e dança e flutua
Ao passo que prego
O amor ao sabiá curió rouxinol.

Eu te amo
Como quem desenha corações num muro,...
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Comentários (2)

Anjo pecador

Linda,
Mais do que linda
Meu querer mais
A tua presença
É uma sentença
De se viver em paz.

Linda,
Olhares
Que fogem dos lugares
Comuns
E enfeitiçam
E reboliçam
E atiçam
Como duas oxuns.

Linda,
E de tão linda
Chega a ser triste
Esqueça
De tentar se esquecer
Tu existe
E linda és
Da cabeça
Aos pés.

Linda,
De fazer inveja...
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Anotações para quem ama ou pensa em amar

O amante que se envolve de paixão, a principio, pensa que ama
Mas qual o valor de suspiros e pensamentos não revelados?
Como se declarar aos ouvidos do silêncio?
Como se esconder nos olhos cegos da incompreensão?
Amante, convive com a dor entre quatro paredes
Sonhador, vive inventando desculpas para si mesmo
E sobrevive graças ao néctar da imaginação
Mas como conseqüência dessa droga
Fecha-se em seu próprio corpo
E se esconde
Num prazer platônico...
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Antecipação

Deus
Dê-me asas
Um par de asas de querubim
Ao menos esta noite
Deixa-me voar
Subir nas costas do céu
Escalar suas costelas
Não precisa ter ciúme
Das suas constelações
Eu só quero rasgar
O ventre da lua
E fazer nascer
Uma noite prematura.




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Antes e depois

A separação
Não separa apenas pessoas
Separa a vida desmedida
Antes e depois dela
E quando o antes é maior que o depois
E quando ela ainda habita o seu sono
E quando caminha e olha para traz
Não é porque existe saudade
É porque ela ainda não acabou.

Verá que ao retirar a caneta do bolso
E escrever alguma coisa qualquer
Ela estará misturada à tinta
Não sei como
Mas estará viva no papel.
Se a folha amarelada do outono...
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Anti-lógica

Eis que compreender
A alma feminina
Definitivamente
Tornou-se uma tarefa
Sempre e sempre
Destinada ao fracasso.

O cotidiano
Da mulher
É um labirinto
Onde se perdem
Os poetas
Os químicos
Os filósofos
Os físicos
E quem mais ousar
Decifrar
A ciência das descendentes
De Eva
Ou será de Afrodite???

Percorrer
O cotidiano feminino
É a certeza de uma viagem...
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Anti-matéria

A vida acalenta seu corpo na terra fresca
Nos desertos do nada ecoam gemidos
O suor escorre
O prazer urra de dor
Cerra os dentes nas contrações
De um quase parto.

A vida soluça desconsolada
E envolta de solidão, chora
No rosto de traços nervosos
Que tremem
Quase temerosos.

A vida se banha de salmoura
Chegam mãos inteiras
Chegam mãos parteiras
Chegam mãos palpiteiras
E até mãos de quase freiras....
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Ao pé do ouvido

Saudade
Perdoa-me
Se nos últimos tempos
Eu abusei de ti.

Saudade
Se quiser um culpado
Saiba que sou
Só um lado da separação.

Saudade
Já deve ter lido as cartas
E saber que o meu mal
É o bem da distância.

Saudade
Vá e ao voltar me diga
Como é difícil
Se casar contigo.


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