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Encontrados 3193 textos. Exibindo página 38 de 320.
02/07/2015 -
Até quando o tempo quiser
Hoje, bateu saudade. Saudade de tudo o que deixamos de viver. Saudade das janelas que deixamos de abrir e das portas que nos esquecemos de fechar. Hoje, saudade bateu no fundo do meu corpo sem fundo. Faltou mar, sobrou embarcação. Ficaram tantas coisas desarrumadas. As cordas do violão ainda balbuciam seu nome quando o vento bate. As bandeiras dos nossos destinos queimaram em tantas fogueiras e o que restou? Mágica. Milagre. Amor. O que sobrou dessa tempestade senão a saudade. E como muitas cidades destruídas e perdidas como são belas e fortes as nossas ruínas. Nossas histórias ainda são meninas correndo para lá e pra cá em busca de sabe-se lá o que. Eu queria tanto, mas, no entanto, rendo-me ao porquê. E assim, até quando o tempo quiser vai ser.
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31/03/2014 -
Até quando vou escrever?
Até quando vou escrever? Até quando eu acreditar no que escrevo. Até quando eu for inspirado pela mulher amada. Até quando existir amor a ser escrito. Até quando eu conseguir me emocionar com minhas linhas e versos. Até quando eu tirar encantaria nas palavras. Até quando tudo for sincero. Até quando uma página em branco me provocar. Até quando o sentimento vazar por minhas mãos. Até quando meu coração for feito de tinta. Até quando aquela que eu amor quiser em ler. Até quando as letras não me forem mortas. Até quando eu for livre para escrever e amar ao mesmo tempo. Até quando conseguir transformar a dor da saudade em poesia. Até quando houver sonho disposto a virar prosa. Até quando eu encontrar rimas para casar possível e impossível. Até quando os textos me permitirem viver tudo o que eu preciso viver com as devidas intensidade e liberdade sem quaisquer limites ou impedimentos. Até quando vou escrever? Até quando a minha poética for maior que o ponto final... Isso pode ser até hoje, até amanhã ou até para sempre.
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15/02/2008 -
Até tu, Milton?
Sei que ainda existem milhares de trabalhadores escravos. Sei que a Lei Áurea, a CLT e a Constituição nunca foram cumpridas por todos. Sei que desde 2004, fruto de acordos internacionais, já foram libertados mais de 27 mil trabalhadores de fazendas situadas principalmente no Pará, Bahia e Tocantins.
O que eu não sabia é que o pai do meu super-herói preferido será julgado pela Justiça do Trabalho da Bahia como réu em duas ações por prática de trabalho escravo. Em uma fazenda de seis mil hectares no oeste baiano que tem como um dos proprietários o Sr. Milton Senna foram resgatados 82 trabalhadores e emitidos 29 autos de infração. ...
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17/05/2010 -
Atenção senhores políticos:
Eu quero um mundo novo com crianças brincando nas praças. Eu quero um mundo novo com sonhos sendo partilhados como pão em Santa Ceia. Eu quero um mundo novo cheio de plantações materiais e imateriais. Eu quero um mundo novo com mais gente flertando com as luas. Eu quero um mundo novo onde a poesia apareça no horário nobre da televisão. Eu quero um mundo novo com mais namorados andando de mãos dadas pela rua. Eu quero um mundo novo com mais realizações e menos promessas. Eu quero um mundo novo com relógios girando ao contrário. Eu quero um mundo novo com cata-ventos e girassóis. ...
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21/04/2015 -
Atenção, muita atenção
Se mexer a massa ao contrário, o bolo não cresce. Se capinar de trás pra frente, o mato brota. Se estiver com dó, o porco não morre. Se tiver coragem, já foi metade do caminho pra perca do juízo. Se atrasar o relógio, atrasa-se a vida. Se o pássaro cair é porque o mundo está de ponta cabeça. Se o nó for cego, o corte é certo. Se a encruzilhada estiver aberta, peça licença. Se os porta-retratos estiverem vazios, o passado está por um fio. Se o vento virar, pode esperar pelo que não quer ouvir. Se tentar descobrir quem pintou a onça, devorado será. Se o jardim secou, a primavera falhou. Se o suor for doce, a emoção vazou. Se um beijo for roubado não deve ser devolvido, mas creditado e jurado para render e ser cobrado. Se a roda não virar, o mundo virou um quadrado com um amor perdido em cada canto.
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21/02/2015 -
Atente-se ao seus passos
Não importa para onde e do que se esconde, é fundamental seguir. Ficar parado não faz bem nem para você nem para o caminho. É preciso continuar nem que for para recomeçar ou para mudar o rumo. Pode até mesmo voltar tentando encontrar o que não achou, mas é imprescindível se movimentar para alguma direção. Até mesmo as árvores mudam de lugar sem que coloquemos reparo. Elas caminham pela noite, chegam a dançar nos bosques, a trocar sementes, a se deitar em outras raízes, e muito mais, sem que vejamos. Porém não precisamos ocultar nossas movimentações como as árvores ou como as criaturas encantadas, como anjos-da-guarda, cupidos, duendes, fadas, elfos, deuses... Podemos deixar rastros, agradeça e coloque em prática essa dádiva. Devemos escrever nossas histórias utilizando nossos passos. Caminha desenhando corações, famílias, projetos, altares, lágrimas, saudades, lugares, sonhos, sorrisos... Cada passo seu pode desenhar uma guerra ou um cessar fogo, daí o tamanho da sua responsabilidade. Seu passo é sua sentença. Portanto, nada de ficar parado, fadado a não deixar nada escrito. Seu corpo é devorado pela terra, mas seus rastros são nítidos milênios depois até mesmo para quem habita as estrelas.
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21/12/2009 -
Atormentações
Eu não sei o que faço aqui. Quem são vocês? Onde estou? O que sinto? Quem sou? São tantas perguntas girando feito peão de menino pela minha cabeça. Entre tonteiras e tonturas ora estou no centro, ora na direita ou na esquerda dessa estrada. E o pior é saber que tudo isso não vai dar em nada. São tantas vidas, são tantas voltas, são tantas tentativas para acabar em pó e retornar ao barro, ao sopro divino.
O mundo gira e eu giro pelo mundo. Será que ao menos giramos na mesma direção? Quem gira mais rápido? E se eu correr demais e cair no espaço sideral, ou melhor, num vazio existencial? E se estivermos girando em órbitas opostas, será que somos atraídos um pelo outro ou afastados num sentimento físico-humano de repulsão? Eu quero os conselhos dos cientistas, dos pós-especialistas, dos manobristas... ...
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19/08/2015 -
Atreva-se e viva!
Nenhum de nós sobrará para contar o que fomos e ainda somos. O mundo se abrirá e nos engolirá de uma só vez. Não existirá mais talvez, apenas a certeza de que tudo acabou. Seremos extintos pela nossa incompreensão. A partir do momento em que deixamos de ser humanos quebramos as regras do jogo. Até mesmo aqueles que já foram pássaro, pedra e árvore serão tragados pelo fim. Nada restará por inteiro. E mais dia menos dia até mesmo nossos pedaços de nós mesmos desaparecerão. Nossos rastros se apagarão. A natureza poderá voltar a reinar sem maiores interferências. E toda ciência de nada adiantará. Uns ainda se guiarão pela fé rumo a outros mundos, mas a maioria sucumbirá à escuridão. E quem acenderá as velas? Olha, olha do tudo a janela, pois daqui a pouco poderá não existir mais mundo a ser visto, cheirado, ouvido, quisto. Atreva-se e viva!
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18/07/2013 -
Atriz
Depois do último ato, desça do palco, vire, revire-se e tire camada por camada todo talco do rosto, bem como toda fantasia e figurino que lhe escondem o corpo, dispa-se também dos aplausos e das falas que ainda balbuciam pela sua garganta, esquecendo-se também dos dramas e tramas vividos há pouco e das visões da plateia e de outros personagens, sejam eles do bem ou do mal, da rainha ou da plebeia, da ficção ou da vida real, e volte-se para o espelho, no íntimo retrato de seu rosto nu, e se beije, e se deseje, e se relampeje de pensamentos e sentimentos que são tão seus quão próprios de você, trocando de pele por dentro e por fora, como serpente e útero, numa metamorfose sem começo nem final, numa apoteose de sensações, numa overdose de emoções, numa mudança de físico e de astral, que faça você se reencontrar com você, por entre lágrimas e prazer, por entre maldições e bem-querer, por entre o infinito e o finito que se fundem em sua cara desarmada de autos recheados de literatura e poesia, independentemente se amada ou desalmada, mas humana em sua plenitude de mulher ou de menina que sabe o que é, o que quer e para onde vai depois que se fecham diante de você as cortinas do espetáculo libertando os tentáculos da solidão que não se cansa de lhe pedir bis como se ser sozinha fosse o fio do enredo para ser feliz, como se um coração de carne não batesse no peito da atriz, que precisa de muita coragem para não dobrar os joelhos e se despir de toda paisagem dramática e fantástica, de toda sua formação e informações, da primeira a última floração passando por suas inflorações, e se olhar no espelho e dizer que “sou flor de lótus, flor de sal, flor de lis”, “sou de sonhos pueris e de meretriz”, “sou perfume, esperança e quadris”, “sou do sexo das rosas e das prosas e silêncios dos fuzis”, enfim, por fim, no fim, é preciso sim de muita coragem para não ceder aos apelos dos profetas e profecias do que é ser feliz, olhar-se no espelho e dizer “sou exatamente e tão somente o que quero e o que quis”.
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22/10/2009 -
Aulas de amor na Le Cordon Bleu
A relação entre amor e comida é mais estreita do que se pode imaginar. Num olhar gastronômico podemos dizer que uma vida amorosa é dividida em três partes: os antepastos, o prato principal e as sobremesas. Entenda-se flerte, paixão e amor. Para se chegar ao grande amor é preciso ingredientes especiais, quiçá secretos, e muita paciência, afinal ele tem um ponto difícil de apurar. Não pode ser degustado cru, nem ralo demais. Também não pode desandar. Amar é um trabalho intenso e contínuo, já que é um prato sempre inacabado. ...
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