02/07/2015 - Até quando o tempo quiser
Hoje, bateu saudade. Saudade de tudo o que deixamos de viver. Saudade das janelas que deixamos de abrir e das portas que nos esquecemos de fechar. Hoje, saudade bateu no fundo do meu corpo sem fundo. Faltou mar, sobrou embarcação. Ficaram tantas coisas desarrumadas. As cordas do violão ainda balbuciam seu nome quando o vento bate. As bandeiras dos nossos destinos queimaram em tantas fogueiras e o que restou? Mágica. Milagre. Amor. O que sobrou dessa tempestade senão a saudade. E como muitas cidades destruídas e perdidas como são belas e fortes as nossas ruínas. Nossas histórias ainda são meninas correndo para lá e pra cá em busca de sabe-se lá o que. Eu queria tanto, mas, no entanto, rendo-me ao porquê. E assim, até quando o tempo quiser vai ser.
Comentários
Nenhum comentário.
Escreva um comentário
Participe de um diálogo comigo e com outros leitores. Não faça comentários que não tenham relação com este texto ou que contenha conteúdo calunioso, difamatório, injurioso, racista, de incitação à violência ou a qualquer ilegalidade. Eu me resguardo no direito de remover comentários que não respeitem isto.
Agradeço sua participação e colaboração.