Daniel Campos

Prosas

Ou exibir apenas títulos iniciados por:

A  B  C  D  E  F  G  H  I  J  K  L  M  N  O  P  Q  R  S  T  U  V  W  X  Y  Z  todos

Ordernar por: mais novos  

Encontrados 3193 textos. Exibindo página 292 de 320.

26/03/2008 - Amor em festa

Amor mais bonito e infinito não há a perdurar do que este ardor mais-que-perfeito que pulsa calor dentro em meu peito enquanto soluça da dor da saudade que existe e se faz triste porque insiste em te querer mais perto do que já te aperto em meus braços e em meus abraços e em meus laços ao longo dos meus passos esquadrinhados nas voltas e reviravoltas dos compassos dos teus traços mais amados para valer.

A cada amanhecer ao teu lado eu sou mais namorado e mais súdito incondicionado deste amor imenso e farto que está propenso a nos matar de infarto ou nos internar num quarto minguante ou crescente num tempo amante e de nós somente e eis que de repente eu parto para o parto de uma fantasia retumbante e estonteante de uma alegria conjugal de uma poesia matrimonial de uma apologia nupcial do mais alto grau de radioatividade ou seria de cumplicidade. ...
continuar a ler


Comentar Seja o primeiro a comentar

25/03/2008 - O amor não pode ser reduzido a um arroto

De que adianta haver gritos de tantos doentes sem cura, sinais explícitos de um planeta a ser salvo, crianças caminhando para um futuro incerto se os cientistas dedicam seu tempo para ficar implicando com sentimentos que estão acima do explicável. Ah! Se eles ainda se dedicassem a descobrir uma fórmula que fizesse a humanidade se amar mais, mas, no mais, eles só criticam os apaixonados. Principalmente, os apaixonados demais. Pudera... O que esperar dos que acreditam que a razão supera a emoção, que os sentimentos são meras células nervosas e que o coração é apenas um músculo mecânico e substituível. ...
continuar a ler


Comentar Seja o primeiro a comentar

24/03/2008 - Um pássaro que não passa

Um pássaro pousou na minha varanda. Entre variações de amarelo e cinza, ele era baixinho e até um pouco barrigudo. Com olhos adocicados e parados no ar, olhava para mim como se me conhecesse. Querendo me cumprimentar, estufou o peito e cantou em tom caipira. E isso não foi tudo. Em cima de uma gaiola vazia de um periquito que fugiu com uma beija-flor, ele começou um caminhar dançado. Dois para lá, dois para cá, o pé batendo aqui e ali. Um vento norte chegou trazendo o som de uma sanfona e de batidas de palma. Belisco-me para ter a certeza de que estou acordado. Afinal, o tal pássaro dançava catira diante do meu nariz. ...
continuar a ler


Comentar Seja o primeiro a comentar

23/03/2008 - Eis que é Páscoa

"Eu vivo, e vós vivereis" ? diz Jesus no Evangelho de João (14, 19)

Eis que o homem cai no jardim do Éden. Eis que o pecado devora o mundo com seus dentes afiados e sua língua tentadora. Eis que cobras arrastam seus ventres pelo chão. Eis que se aguarda um novo tempo. Eis que se espera a passagem das trevas para a luz. Eis que se deseja a quebra das correntes da escravidão. Eis que uma virgem engravida. Eis que um rei nasce. Eis que, depois de mais de dois mil anos de esperas, um homem é crucificado, morto e sepultado. Eis que aquele que dividiu a história em antes e depois, ressuscita como Deus vivo. Eis que é Páscoa. ...
continuar a ler


Comentar Seja o primeiro a comentar

22/03/2008 - Está na hora de arrebentarmos aleluia

Vó Adélia está depressiva. Aquela mulher forte e de olhos tristes, filha de italianos, ao final dos seus sessenta anos de idade conheceu a depressão. Começou, até mesmo, a ingerir aqueles remédios tarja-preta que mais fazem mal do que bem para a saúde. Além da sonolência, anda mais chorosa do que de costume. O leitor deve estar se perguntando com certa razão: o que Vó Adélia tem a ver com o Sábado de Aleluia? Á primeira vista, nada. Mas só à primeira vista.

Seja nas missas na Nossa Senhora das Graças, ou na Nossa Senhora das Dores, ou na Nossa Senhora de Mont Serrat, ou na igreja de São Benedito ou na matriz de São José, dona Adélia sempre esteve ao meu lado. Novena de Natal, Via-Sacra, Procissão, Benção das rosas ou dos pães, rosário da vela no meio da praça, quermesses, terços de Santo Antônio, São João e São Pedro. Independentemente da ocasião, lá estava minha vó a me dar o braço....
continuar a ler


Comentar Seja o primeiro a comentar

21/03/2008 - Em respeito e por vergonha

(...) Silêncio (...)

Vivemos um constante duelo de forças, entre o bem e o mal. Por mais que isso passe despercebido em nosso dia a dia, é preciso buscar um equilíbrio dessas forças. Geralmente, esse equilíbrio é estabelecido à custa de muita batalha espiritual. No entanto, hoje, Sexta-Feira Santa, a balança pende para o lado das sombras. Hoje é o único dia do ano em que podemos afirmar que o mal triunfou.

Hoje, nos calamos em respeito à morte de Nosso Senhor e por vergonha, já que nossas gerações passadas compactuaram para a sua queda. Hoje, há um silêncio implícito nas vinte e quatro horas que compõe esse dia interminável. Hoje, os espíritos maus andam à solta, atormentando as almas mais fracas. Hoje, as vítimas de suicídios, acidentes e outras fatalidades são maiores do que o de costume. Hoje, o vale das sombras está em festa. ...
continuar a ler


Comentar Seja o primeiro a comentar

20/03/2008 - O Calvário é logo ali

Você seria capaz de encontrar doze pessoas em sua lista de amigos para cearem com você hoje? Caso os encontre, você repartiria o pouco de seu pão e de seu vinho com eles? Durante a ceia, você teria coragem de entregar seu corpo e seu sangue para esses doze? Vou um pouco mais longe: você conseguiria se ajoelhar e lavar os pés dos que acredita serem seus amigos? Você seria capaz de fazer tudo isso sabendo que um deles, o mesmo que comeria do seu prato, iria promover uma traição que lhe levaria à morte? E mais, você perdoaria esse alguém? ...
continuar a ler


Comentar Seja o primeiro a comentar

19/03/2008 - Confissões

Confesso que devia me confessar mais. Confesso que não gosto muito de confissões ou declarações orais. Prefiro as que coloco no papel. Por isso os meus poemas e a minha escrita, intensa e extensa. Minhas confissões são como estrelas, luz e escuridão. Prontas para serem apontadas e paqueradas. Confesso que sem papel, perco boa parte do meu poder (se é que o tenho) e fico sem chão. Confesso que tenho medo de caminhar sem palavras escritas. Porém, confesso que ganho asas e sete céus se escuto certas confissões da boca da minha mulher-anjo. A ela, confesso-me amor....
continuar a ler


Comentar Seja o primeiro a comentar

18/03/2008 - Dar o peixe ou ensinar a pescar?

Devemos dar o peixe ou ensinar a pescar? Sempre defendi que o Brasil não precisa de política de caridade ou de qualquer outra forma de assistencialismo barato. Mas de um projeto consciente e maior, que passe pela educação e pela garantia dos direitos de cada um. Abomino essa politicagem feita nas costas dos que tem fome, frio e outras necessidades elementares. Não carecemos desse marketing pessoal usado por muitas pessoas públicas, mas de uma ação de solidariedade. Solidariedade? O que é isso? É de comer ou de vestir? Aonde a gente compra isso? Se isso ai estiver na moda eu também quero... Aliás, quero logo duas unidades, uma de cada cor. ...
continuar a ler


Comentar Seja o primeiro a comentar

17/03/2008 - É preciso ouvir a Terra

É preciso ouvir a Terra. Mais do que assinar uma obra de arte, Deus nos ofereceu pedaços de si ao longo dos sete dias de criação. Em cada centímetro quadrado de planeta há um pouco da energia, do mistério, da beleza, do poder, da inspiração do Todo-Poderoso. No entanto, o pecado maior que cometemos ao longo de séculos (e que culminou neste cenário desesperador que vemos da nossa janela) é o de termos nos tornado surdos. Erroneamente, fechamos nossos ouvidos a ponto de ignorar o que diz a Terra.
...
continuar a ler


Comentar Seja o primeiro a comentar

Primeira   Anterior   290  291  292  293  294   Seguinte   Ultima