Daniel Campos

Texto do dia

Se você gosta de textos inéditos, veio ao lugar certo.

Arquivo

2017 2016 2015 2014 2013 2012 2011 2010 2009 2008
jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez

Encontrados 31 textos de fevereiro de 2009. Exibindo página 2 de 4.

17/02/2009 - Prece contemporânea

Ò minha mãe, proteja-me deste mundo que gira em falso. Não me deixe descobrir de quantas falsidades é feita a carne e o osso. Essa conta pode ser fatal para os sonhos de menino que ainda brincam em mim. Ah! Afasta-me de todo o mal. E se o mal já houver dominado todos os tempos e espaços, afasta-me do que há de pior. E se achar que sou merecedor, ò senhora da minha vida e da minha morte, leva-me daqui. Agora, se ainda não é chegada minha hora, funda a minha espada para que eu possa enfrentar, em teu nome, as hordas que se levantam e agigantam pela terra inteira. ...
continuar a ler


Comentar Seja o primeiro a comentar

16/02/2009 - A arte de controlar o tempo

A cada início de ano sou cercado de novas agendas. Seja nas mais sérias ou divertidas, os dias estão sequencialmente da mesma forma, esperando por minhas supostas anotações. As primeiras datas até são assinaladas com alguns compromissos, mas na maioria dos meses, minhas agendas são vazias. Ou melhor, elas são usadas como cadernos comuns. O objetivo inicial é perdido rapidamente.

Eu não consigo organizar meu tempo. Aliás, na verdade, eu não gosto da organização do tempo. Gosto da atemporalidade. Essa coisa de engessar o dia de hoje, de amanhã e da semana que vem com uma rotina previsível é, no mínimo, tedioso. Há quem siga o caminho contrário e agende, até mesmo, o próximo beijo. Afinal, existe sempre o risco da agenda se tornar uma camisa-de-força. E eu odeio me sentir preso ao tempo. Prefiro, muito mais, ser uma folha que se revira ao vento do que um maranhão que voa preso a uma linha. ...
continuar a ler


Comentar Seja o primeiro a comentar

15/02/2009 - Folha em branco

Atrás de uma mesa, um homem de meia idade debruça-se sobre o universo contido em uma folha de papel. Em sua mão, uma caneta. Em sua cabeça, um amontoado de idéias confusas e difusas, como cobras de medusa.

- Eu quero lhe escrever, mas não consigo. Não importa o que e o porquê, mas tenho que lhe preencher com letras, palavras, frases, parágrafos, texto. Letras tingidas de mim. Pode ser um testamento, uma ação judicial, uma carta de cobrança, uma declaração de amor, um requerimento administrativo, um ofício, uma circular, um bilhete... Pode ser tudo e nada, desde que as letras sejam minhas, ou melhor, saídas de mim. Queria tanto ter sido algum tipo de escritor ? profundo ou superficial - mas frustro-me cada vez que fico diante de você. Chego a ter calafrios. Ò folha em branco, por que me devora desta forma? Quantos romances, contos, crônicas morrem no trajeto entre meu peito e sua superfície desértica. Que deserto é essa sua aridez branca? Não há árvores plantadas em seu território. Não há pedras rolando pelas suas dimensões. Não há pássaros cantando em seus extremos. Só há esse vazio branco e assustador. Eu já experimentei trocar sua cor, mas o efeito avassalador sobre mim continuou o mesmo. E isso é péssimo para a minha carreira. Aliás, que carreira? Trabalho em uma biblioteca e vivo rodeado de livros, de páginas preenchidas. Chega a ser torturador esse cenário. Como eu queria ter um livro com meu nome na capa em uma daquelas estantes. No entanto, quem vai querer ler uma obra repleta de páginas em branco. Já pensou a queda livre que é ler duzentas páginas vazias? Porque a única coisa que consigo produzir são páginas sem letra alguma. Pode ser linha vertical, diagonal, horizontal, hexagonal... pode ser verso... pode ser prosa... pode ser poesia concreta, cúbica, moderna... eu não consigo escrever o que quero, o que sinto, o que vivo. E tudo por culpa sua......
continuar a ler


Comentar Seja o primeiro a comentar

15/02/2009 - Folha em branco

Atrás de uma mesa, um homem de meia idade debruça-se sobre o universo contido em uma folha de papel. Em sua mão, uma caneta. Em sua cabeça, um amontoado de idéias confusas e difusas, como cobras de medusa.

- Eu quero lhe escrever, mas não consigo. Não importa o que e o porquê, mas tenho que lhe preencher com letras, palavras, frases, parágrafos, texto. Letras tingidas de mim. Pode ser um testamento, uma ação judicial, uma carta de cobrança, uma declaração de amor, um requerimento administrativo, um ofício, uma circular, um bilhete... Pode ser tudo e nada, desde que as letras sejam minhas, ou melhor, saídas de mim. Queria tanto ter sido algum tipo de escritor ? profundo ou superficial - mas frustro-me cada vez que fico diante de você. Chego a ter calafrios. Ò folha em branco, por que me devora desta forma? Quantos romances, contos, crônicas morrem no trajeto entre meu peito e sua superfície desértica. Que deserto é essa sua aridez branca? Não há árvores plantadas em seu território. Não há pedras rolando pelas suas dimensões. Não há pássaros cantando em seus extremos. Só há esse vazio branco e assustador. Eu já experimentei trocar sua cor, mas o efeito avassalador sobre mim continuou o mesmo. E isso é péssimo para a minha carreira. Aliás, que carreira? Trabalho em uma biblioteca e vivo rodeado de livros, de páginas preenchidas. Chega a ser torturador esse cenário. Como eu queria ter um livro com meu nome na capa em uma daquelas estantes. No entanto, quem vai querer ler uma obra repleta de páginas em branco. Já pensou a queda livre que é ler duzentas páginas vazias? Porque a única coisa que consigo produzir são páginas sem letra alguma. Pode ser linha vertical, diagonal, horizontal, hexagonal... pode ser verso... pode ser prosa... pode ser poesia concreta, cúbica, moderna... eu não consigo escrever o que quero, o que sinto, o que vivo. E tudo por culpa sua......
continuar a ler


Comentar Seja o primeiro a comentar

14/02/2009 - Macaquices

Charles Darwin está vivo. Mesmo depois de 125 anos com endereço fixo na Abadia de Westminster, enterrado ao lado de Isaac Newton, o naturalista continua mais vivo do que nunca. Ao menos, nos noticiários. Na semana do seu bicentenário não se falou em outra coisa. E o homem que teorizou a Origem das Espécies, tentando prová-la a qualquer custo, ainda assuta.

O que me assusta não é o fato do homem ter evoluído do macaco, mas o tamanho do despautério de negar o divino. Tá, se o homem veio do primata, o macaco descende de quem? Da árvore? Da pedra? Do caos? Ora, ora, por que é tão difícil para a ciência admtir a existência de Deus? Talvez por pura inveja, já que os cientistas estão sempre querendo ser mais importantes que o próprio Criador....
continuar a ler


Comentar Seja o primeiro a comentar

14/02/2009 - Macaquices

Charles Darwin está vivo. Mesmo depois de 125 anos com endereço fixo na Abadia de Westminster, enterrado ao lado de Isaac Newton, o naturalista continua mais vivo do que nunca. Ao menos, nos noticiários. Na semana do seu bicentenário não se falou em outra coisa. E o homem que teorizou a Origem das Espécies, tentando prová-la a qualquer custo, ainda assuta.

O que me assusta não é o fato do homem ter evoluído do macaco, mas o tamanho do despautério de negar o divino. Tá, se o homem veio do primata, o macaco descende de quem? Da árvore? Da pedra? Do caos? Ora, ora, por que é tão difícil para a ciência admtir a existência de Deus? Talvez por pura inveja, já que os cientistas estão sempre querendo ser mais importantes que o próprio Criador....
continuar a ler


Comentar Seja o primeiro a comentar

13/02/2009 - Eu quero um banho

Inspirado naquela trilha tropical, eu quero um banho de cheiro, eu quero um banho de lua, eu quero um banho de mar. Eu quero um banho de chuva, eu quero um banho de champanhe, eu quero um banho de ziguezaguear. Eu quero um banho de beijo, eu quero um banho de vento, eu quero um banho de extrapolar. Eu quero um banho de ervas, eu quero um banho de vela, eu quero um banho de namorar.

Eu quero um banho de sol, eu quero um banho de sal, eu quero um banho de olhar. Eu quero um banho de prazer, eu quero um banho de querer, eu quero um banho de incendiar. Eu quero um banho de destino, eu quero um banho de rio, eu quero um banho de suar. Eu quero um banho de índio, eu quero um banho de cor, eu quero um banho de gritar. Eu quero um banho de espuma, eu quero um banho de tempo, eu quero um banho de pomar....
continuar a ler


Comentar Seja o primeiro a comentar

13/02/2009 - Eu quero um banho

Inspirado naquela trilha tropical, eu quero um banho de cheiro, eu quero um banho de lua, eu quero um banho de mar. Eu quero um banho de chuva, eu quero um banho de champanhe, eu quero um banho de ziguezaguear. Eu quero um banho de beijo, eu quero um banho de vento, eu quero um banho de extrapolar. Eu quero um banho de ervas, eu quero um banho de vela, eu quero um banho de namorar.

Eu quero um banho de sol, eu quero um banho de sal, eu quero um banho de olhar. Eu quero um banho de prazer, eu quero um banho de querer, eu quero um banho de incendiar. Eu quero um banho de destino, eu quero um banho de rio, eu quero um banho de suar. Eu quero um banho de índio, eu quero um banho de cor, eu quero um banho de gritar. Eu quero um banho de espuma, eu quero um banho de tempo, eu quero um banho de pomar. ...
continuar a ler


Comentar Seja o primeiro a comentar

12/02/2009 - Telepássaros

Há um universo de projetos tramitando no Congresso Nacional, nas Assembléias Legislativas, nas Câmaras Municipais. Quase-leis de todos os tipos, formas, justificativas. Envoltos de salários suntuosos, assessores mil e verbas extras, milhares de parlamentares passam o dia pensando formas de tirar proveito próprio disso ou daquilo, ou melhor, analisando projetos importantíssimos para o futuro da Nação. É incrível que ninguém tenha pensado em criar uma lei que determinasse uma mudança consubstancial no toque dos celulares....
continuar a ler


Comentar Seja o primeiro a comentar

12/02/2009 - Telepássaros

Há um universo de projetos tramitando no Congresso Nacional, nas Assembléias Legislativas, nas Câmaras Municipais. Quase-leis de todos os tipos, formas, justificativas. Envoltos de salários suntuosos, assessores mil e verbas extras, milhares de parlamentares passam o dia pensando formas de tirar proveito próprio disso ou daquilo, ou melhor, analisando projetos importantíssimos para o futuro da Nação. É incrível que ninguém tenha pensado em criar uma lei que determinasse uma mudança consubstancial no toque dos celulares....
continuar a ler


Comentar Seja o primeiro a comentar

Primeira   Anterior   1  2  3  4   Seguinte   Ultima