Daniel Campos

Poesias

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Encontrados 2480 textos. Exibindo página 158 de 248.

26/10/2013 - Pai João

Se Pai João vai
Eu vou
Se Pai João quer
Eu faço
Se Pai João vem
Eu sou
Se Pai João pede
Eu acho

Pai João me guia
Me ensina por onde
Eu devo passar
Pai João me alumia
E nada me esconde
Ao longo do caminhar

Pai João me traz
O que preciso pra viver
Feliz e em paz
Ele me faz ascender
Querer ajudar
E ver além do olhar

Pai João é das Matas
Do Congo, das Cascatas ...
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Paisagem indefinida

Os fios elétricos dos postes
Riscam o céu com suas linhas
Negras cortando as nuvens inchadas
E sozinhas
Que são trazidas no colo do vento
Como bem amadas.

Vento que sacode as folhas
De uma arvorezinha qualquer
Vento que venta um verde-azul
Na saia rodada
De uma mulher do sul.

E no inferno do último monge
A minha vista se perde ao longe
Para além dos postes, dos fios
Das folhas, dos arrepios, das nuvens....
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08/05/2015 - Palácios e masmorras

Ainda hei de me jogar nos seus palácios
Mergulhando dos jardins às masmorras
Como você há de beber da flor do Lácio
Que carrego em minha boca. Não corra.
Dos meus versos, pois veja o real adverso
Guardo seus poemas para além dos bolsos
Enquanto me tranca em seus cabalouços
Quer-me apenas para seguir no trono
Por conquistas e reinos ainda perde o sono
Mas um dia as cornetas vão anunciar
Que uma nova dinastia há de chegar
Para de um certo coração se declarar dono ...
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Palavras

Debruce o seu olhar
E devagar
Vá lendo
Sentindo
As palavras
Que fui lhe escrevendo
Que fui lhe esculpindo
Tentando capturar
Nos meus versos
Você sorrindo
E gostando.

Ao rabiscar
Essas palavras
Você foi surgindo
No poema
De um poeta inspirado
Amargurado
Enluarado
Que lhe procura em palavras
Que lhe cultua em palavras
Que sonha em palavras
Que não se apagam...
...
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13/09/2013 - Palavras lavadas

Lava
Suas palavras
Na saliva
No choro
Na chuva
Que escorre em seu rosto
Lava
Suas palavras
Do que restou do parto
Da sujeira do ato
Do fato e das larvas
Lava
Suas palavras
Para que fiquem mais desejadas
Para não correr o risco de pelas estradas
Mandarem-nas às favas
Lava
Suas palavras
Na lava vulcânica
Numa paixão hispânica
Como quem lavra.


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Palavras mudas

Como definir o que não tem definição?
Uma união de vidas
Que rima tristeza e felicidade
Tendo a única certeza
De deixar saudade
Mesmo não havendo despedidas.
Amar é um olhar
Que se entrelaça em outro olhar
Sem mais razões.
Amar é chorar a lágrima alheia
Abrir seu peito a outra pessoa
E sorrir na boca amada
Não pensando em mais nada
Nada senão ela, somente ela.
Amar é quando o infinito e o eterno
Perdem seus valores...
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Palmos daqui

Foge do pôr-do-sol
Esconde-se em fumaças
Não ouve mais os grilos
O estralar de um canário
A chuva caindo nas telhas
Da parede de meia.

Por mais que se emudeça
Não consegue a quietude
Não anda descalça pela terra
Ao olhar pela janela
Não vê muito além de alguns palmos
Tem os punhos soltos
E a alma prisioneira.

A rosa não é mais rosa
O horizonte não é mais azul
A lua não é mais branca...
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Papel carbono

Eu abono
A sua falta
Eu, papel carbono,
Tenho seus gestos
Nas minhas línguas,
Tenho seus gostos
Nos meus braços
Embora a falta dos seus abraços
Tragam-me ínguas
De saudade
E você ainda diga
Sem parar, com todos os apostos,
Que eu
Que eu não
Que eu não presto
Para ser seu par.

Você que não tem dono
Que me perturba o sono
Não admite
Não permite
Um papel carbono
Que rouba o seu mundo...
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Papel crepom

Céu azul
Sem graça
Sem aviões
Sem fumaça
Esparrama-se
Solitário
Pelos pontos cardeais
Dos casais
E corta como vidro.

Céu azul
De tão sozinho
Tenta se jogar ao mar
De golfinhos
E se arranha nos prédios
E se desfigura
E sente um mal estar
Uma ressaca
Uma tontura de solidão.

Céu azul
Campo aberto
Infinito
Que se recolhe
E se encolhe
E escorre
Feito chuva seca...
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09/08/2015 - Papel de pão

Papel de pão
Embrulha o tempo
Estampa-se de versos
Guarda o adverso
E voa leve ao vento
Mancha-se de batom
E faz um som abafado
Meio que calado
Do nosso tempo bom
Tempo em que eu
Deixava o nosso amor
Bendito ou maldito do dia
Escrito sobre a pia
Num papel de pão


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