Daniel Campos

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Encontrados 207 textos. Exibindo página 9 de 21.

24/10/2011 - Desce a terra, ò auxiliadora

Desce a terra, ò senhora dos céus, ò mãe de todas as criaturas, ò magnífica, para dar colo aos que choram, para ensinar o caminho aos que se vêem perdidos, para dar à luz aos que estão na escuridão, para afastar o mal que ronda tão perto, tão perto de nós.

Desce a terra, ò auxiliadora dos cristãos, ò rainha dos apóstolos, ò soberana, para colher as flores que a ti plantamos, as velas que a ti queimamos, os cantos que a ti entoamos e as preces que lançamos aos seus pés, que andam tão perto quão longe de nós. ...
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17/08/2013 - Desconceitualização

E se Chapeuzinho Vermelho preferir outra cor? E se ela ainda sair sem chapéu? E se Branca de Neve decidir pegar um bronzeado no Caribe? E se Cinderela trocar seus sapatos de cristal por melissas de plástico? E se a Gata Borralheira for à Justiça exigir seus direitos trabalhistas? E se Lilo e Stitch tivessem um filho? E se o Gato de Botas sair com as patas descalças não será mais de Botas? E se ele ainda optar por um tênis confortável com amortecedor para dar conta de seus pulos por sete vidas? E se O Corcunda de Notre Dame fosse ateu? E se A Dama e o Vagabundo fosse o Senhor e a Vagabunda, teria a mesma inocência? ...
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02/04/2016 - Descrença

Nunca mais tive seu cheiro em meu corpo, tampouco seu tempero na minha boca. Tão pouco tive mais nada de você. Nem notícias, nem suas divagações e falações fictícias. Continuo sólido, você oca. Nunca mais tive seus desarvoramentos, seu coração afoito em minhas mãos. Meus problemas, dilemas, teoremas já não a interessam mais. Fiquei, como sempre estive, sozinho procurando cegamente o meu caminho. Não sabe mais por onde ando. É indiferente se eu acerto ou desando. De uma hora para outra, deu o fora, partiu, sumiu, deu no pé. Até ontem era minha mulher, hoje já não sei o que é. Da fé à descrença num piscar de olhos. Minhas crenças, seus óleos.


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05/05/2011 - Descuido

Estou com pressa, vamos nessa, a hora é essa. Vamos correr, vamos fazer, vamos nos ver no próximo segundo. Vou mergulhar fundo, revirar o mundo, me perder até lhe achar. E quando lhe achar, caída na memória de um coração, vou lhe encher de beijos, falar de desejo enquanto lhe assoviarei uma canção. Vou engolir estradas, descer e subir lugares, remar sete, oito, nove mares. Vou pela água, pela lama, pelo sangue. Vou de boca fechada e com a alma gritando seu nome, seu signo, seus sinais...
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Desculpas

Peço desculpas. Desculpas por lhe amar demais. Desculpas por esse sentimento extravasado. Juro que o tentei controlar, mas foi tudo em vão, a situação fugiu das minhas mãos. Desculpas por ter trocado a minha vida pela sua vida. Desculpas pelos tantos olhares divagantes que lhe lancei sem sequer perceber. Desculpas pelas vezes em que velei a sua imagem no silêncio da insônia noturna. Desculpas por achar que em algum momento eu tinha razão. Desculpas por fazer da nossa amizade algo que você não tinha conhecimento. Desculpas pelos lábios que em sonhos deslizavam em sua boca. Desculpas pelos sonhos, que foram tantos, mais que tantos. ...
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04/06/2013 - Desculpas não desculpam

Desculpas não desculpam promessas não cumpridas. Desculpas não desculpam essa gente atrevida. Desculpas não desculpam o mal. Desculpas não desculpam desaforos. Desculpas não desculpam a falta de cartão postal ou de decoro. Desculpas não desculpam traição de ninguém. Desculpas não desculpam o não querer bem. Desculpas não desculpam amores não correspondidos. Desculpas não desculpam sentimentos convalescidos.

Desculpas não desculpam grosserias. Desculpas não desculpam a morte de uma ou mais fantasias. Desculpas não desculpam o circo da solidão. Desculpas não desculpam o sim, o talvez, o não. Desculpas não desculpam a bomba nuclear. Desculpas não desculpam o medo de amar. Desculpas não desculpam o tempo que não volta. Desculpas não desculpam a saudade que não solta. Desculpas não desculpam o que nos culpam.


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08/11/2013 - Desejo

Desejo que todos os seus sonhos comigo se realizem em caráter de urgência e com efeitos duradouros. Desejo seu sorriso tomando conta da minha boca e se espalhando por todos os cômodos da casa, pelas ruas, pelas galáxias. Desejo que nossos ‘eus’ apaixonados jamais se percam. E caminhar, desejo, pelas suas tramas, pelos seus dramas, pelas suas damas, pelas suas camas, pelas suas famas... Desejo carregar-lhe para além do óbvio. Com a licença poética devida, desejo lhe dar vida de poesia e ser em todos os instantes o seu poeta. Desejo que tudo e todos desapareçam, numa espécie de apocalipse sem dor ou grito, para que possamos viver, de fato, um para o outro, por todos os dias que nos restam. ...
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15/10/2011 - Desejo de jabuticaba

O meu reino por um pé de jabuticaba. Trocaria toda minha cavalaria, a beleza da minha realeza, por uma jabuticabeira. Alguma feiticeira deve ter colocado todo o sabor da noite naquelas frutas nascidas como flores de primavera. Como é doce escutar aquele ploct entre os dentes. Uma explosão de caldo, de vida, de lembranças. Comer jabuticaba do pé, dependurado entre os galhos, dividindo espaço com as abelhas. Uma paixão cíclica, que por mais que seja eterna, precisa da saudade para se renovar.
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12/11/2010 - Desejos em Abu Dhabi

Senhor gênio da lâmpada mágica de Abu Dhabi, eu quero quilômetros e mais quilômetros a perder de vista de areias brancas e um mar azul cobalto. Depois de tanta agitação, quero águas calmas e mornas, com direito a barquinhos a vela pontilhando o horizonte. É bom caprichar no cenário sedutor se quiser realmente derrotar a preguiça que irá me prender à espreguiçadeira. Porque, no meio daquela praia deserta, eu desejo uma espreguiçadeira de casal. Que se criem jardins exóticos e exuberantes e excêntricos ao meu redor e que a água marinha seja dessalgada num cálice de luar. Num outro desejo, mas ainda na lista de bebidas, que petróleo vire champanhe. ...
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20/08/2014 - Desenho mítico

Lá pelas tantas eu lhe acho santa. Mas quando a coisa pega eu lhe caço diaba. Inocência e indecência no mesmo olhar que eu levo pro altar e viro numa mesa de bar. E a boca que beija é a mesma que morde. O frio que tenta impor não é o bastante para esconder o calor que provoca arrepio em meio a um suador interior. E a elegância se casa com palavrões. E o prazer no paradoxo da sexualidade da saudade se enche de senões. Os sonhos tomam porre pelo seu corpo e entram em overdose pelas suas entranhas. Faz amor de manhã. Faz amor de manha. Arranha e não se acanha. Banha em minhas tramas. Constelações ora desavergonhadas ora tímidas formadas por uma estrela só que na verdade são muitas num desenho mítico. E o sexo se torna um xodó. Fá Lá Si Dó quantas notas pelas claves de sol dessa mulher ensolarada mesmo em noite de lua em nu artístico.


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