Daniel Campos

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20/08/2014 - Desenho mítico

Lá pelas tantas eu lhe acho santa. Mas quando a coisa pega eu lhe caço diaba. Inocência e indecência no mesmo olhar que eu levo pro altar e viro numa mesa de bar. E a boca que beija é a mesma que morde. O frio que tenta impor não é o bastante para esconder o calor que provoca arrepio em meio a um suador interior. E a elegância se casa com palavrões. E o prazer no paradoxo da sexualidade da saudade se enche de senões. Os sonhos tomam porre pelo seu corpo e entram em overdose pelas suas entranhas. Faz amor de manhã. Faz amor de manha. Arranha e não se acanha. Banha em minhas tramas. Constelações ora desavergonhadas ora tímidas formadas por uma estrela só que na verdade são muitas num desenho mítico. E o sexo se torna um xodó. Fá Lá Si Dó quantas notas pelas claves de sol dessa mulher ensolarada mesmo em noite de lua em nu artístico.


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