Daniel Campos

Ou exibir apenas títulos iniciados por:

A  B  C  D  E  F  G  H  I  J  K  L  M  N  O  P  Q  R  S  T  U  V  W  X  Y  Z  todos

Ordernar por: mais novos  

Encontrados 207 textos. Exibindo página 21 de 21.

24/08/2015 - Duas metades

Amo você independente de todas as coisas que insistem em nos separar. Amo você para além de todas as dores. Amo você num amor de marcas profundas que não quer e nem pode se calar, pois é a voz da alma. Amo você em todas as horas e de todos os jeitos. Amo você para além dessa vida. Amo você se aninhando em mim. Amo você superando lágrimas e angústias. Amo você querendo cuidar da sua estrada para todo sempre desejando que nossas caminhadas permaneçam cruzadas. Amo você mesmo de longe, pois no amor de verdade a distância não importa. Amo você fazendo da despedida a oportunidade de um novo encontro. Amo você desde que lhe vi pela primeira vez num amor intenso e propenso à eternidade. Amo você mesmo que você não queira. Amo você por dentro e por fora. Amo você como um dia, em tempos que já não existem, amaram as princesas – com nobreza. Amo você querendo lhe dar asas, abrigo e calor. Amo você sendo a continuação de seu braço, de sua perna, de sua boca e a completude do seu ser, como num quebra-cabeça complexo de muitas peças que se encaixam perfeitamente feito duas metades. E duas metades, independentemente de todas as coisas que insistem em separá-las, vão para sempre se buscar.


Comentários (1)

28/02/2012 - Dumont

Existem sobrenomes que mais parecem nomes, são como locomotiva, com brilho e forças próprias. Dumont, sobrenome que voa e, que mede o dia e a noite e que desenha com meadas de linha. Dumont é um sobrenome sonoro, chega a cantar na língua, estalar nos ouvidos. Sobrenome que desvirginou o céu dos homens. Santos 14 Bis Dumont. Sobrenome de asas e ponteiros, de liberdade e relógios. Uma grife do tempo que anda no pulso de homens de negócios e de mulheres atemporais.

Nome de aeroporto, de cidade do interior, de praça, de rádio, de matizes. Dumont, das linhas e das agulhas, dos pontos e das tradições, das bordadeiras mineiras. Dumont, sobrenome de visconde, de pé de valsa, de rei do café, de escritor de novelas, de donzela. Sobrenome de quem, em francês, é do monte, do morro. Sonoramente, pode ser casado perfeitamente com Drummond, com Leblon, com batom, com Saigon. Dumont, mais do que uma nomenclatura, um som.


Comentar Seja o primeiro a comentar

10/08/2014 - Durma bem

Durma, durma ao meu lado, de um jeito agarrado, sonhando com reinos longínquos. Durma abraçando meu corpo num ângulo oblíquo. Durma, durma falando comigo numa língua encantada. Durma não se fazendo de rogada. Durma com esses olhos descendo como cortinas ao final do espetáculo. Durma me envolvendo em mil tentáculos. Durma, durma como menininhazinha que pede proteção só por capricho. Durma, durma me transformando ora em príncipe ora em bicho. Durma, durma ensolarando minha noite. Durma, levando-me à boca do açoite. Durma, durma querendo-me sempre mais perto, puxando-me, agarrando-me, sufocando-me. Durma, amando-me. Durma, escolhendo de pronto o seu lado da cama, mas querendo ocupar todo e qualquer espaço. Durma, fazendo-me subir pelos seus laços. Durma, dobrando esse corpo de ginasta. Durma, no que lhe falta de pudor no que lhe sobra de casta. Durma, durma sem exigir antecipados sonhos ou nada de pesadelos. Durma exalando perfume de seus cabelos. Durma, durma sem pressa de acordar. Durma, durma, durma até o mundo que não nos é favorável se acabar.


Comentar Seja o primeiro a comentar

01/07/2008 - Durvinha "quebrou o rei"

Nos anos 20 e 30 do século passado, um grupo de justiceiros ou, melhor, cangaceiros, assombrava o nordeste brasileiro. Era época de Lampião e Maria Bonita, a versão sertaneja de Romeu e Julieta. Mas atrás das duas estrelas do cangaço, vinha um bando de causar medo em qualquer valentão. Juntos, eram paixão e destruição. Se uma vila negasse dinheiro ou, comida ou, apoio, ou fosse lá o que queriam, botavam para quebrar. Os cangaceiros seqüestravam crianças, incendiavam fazendas, matavam rebanhos, estupravam, assassinavam e torturavam. Se fossem atendidos em suas reivindicações, organizavam bailes e davam parte do que roubaram para a população local. ...
continuar a ler


Comentar Seja o primeiro a comentar

Dúvidas de um cidadão

Por mais que se fale em termoelétrica, sinto que ando desinformado. Não sei se as informações são poucas, superficiais, desencontradas ou se eu estou querendo saber além do que querem contar. Talvez seja porque eu esqueci a guerra e assim, certos assuntos não conseguem passar por mim de forma despercebida. Termoelétrica?!?!

Era uma vez uma crise energética. Era uma vez. Logo logo o governo vai dá-la por encerrada e usá-la na campanha presidencial do próximo ano. "O governo que acabou com o apagão", um belo slogan, senão pelo fato de ser o mesmo governo que criou, ou melhor, deixou criar o apagão. Gostaria de esclarecer que eu não venero nenhum partido político, isto é, voto no caráter, no humano, nos projetos e não numa sigla. Dito isso, vamos em frente....
continuar a ler


Comentar Seja o primeiro a comentar

30/09/2012 - Dúvidas frequentes

Para onde vai? De onde vem? Será minha? Serei seu também? Quando acorda? Onde mora? Ainda chora? Será adeus? Será pra sempre ou vai embora? Crê em Deus? Favorece a quem? É de ninguém? Por onde voa? Já caiu em si? Atende por sabiá, cotovia ou bem-te-vi? Tem fome de quê? Paga para ver? Será que dorme? Esconde-se, encara ou foge? Vive por bem ou na marra? Ama ou odeia? O que sonha, deseja, pleiteia? Comédia, suspense ou drama? Qual o último capítulo da sua trama?

Quer o quê? Escreve ou lê? Compra, vende ou doa? Veste cor vermelha, laranja ou azul? Passeia pela lua, pelo morro ou pela zona sul? Será que pede socorro? Segue qual calendário? É de leão, escorpião ou aquário? Quer ser enterrada, cremada ou devorada? Canta para a plateia ou para o espelho? É de maré-baixa ou maré-cheia? Escurece ou clareia? Beijos na boca, nos pés ou nos joelhos? Sem pressa ou aos atropelos? Ama ou põe de cama? Ficção ou realidade? Será a anti-saudade?


Comentar Seja o primeiro a comentar

16/01/2011 - Dúvidas literárias

Se Machado de Assis pudesse falar se Capitu traiu ou não Bentinho com Escobar? Se fosse para escolher um só, Colombina ficaria com o Arlequim ou com o Pierrô? Se o sol não fosse tão sertanejo será que Baleia viveria até hoje com Fabiano? Se Dona Flor não tivesse Dois Maridos seria ainda lembrada? Se Emília não fosse de pano seria boneca? Se Rapunzel não tivesse trança ganharia liberdade? Se Romeu e Julieta não morressem o romance teria o mesmo apelo? Se ao contrário de cravo e canela Gabriela fosse de pimenta e limão Jorge continuaria sendo Amado? Se Adão e Eva não se amassem nos jardins do paraíso bíblico, existiríamos? ...
continuar a ler


Comentar Seja o primeiro a comentar

Primeira   Anterior   17  18  19  20  21