Daniel Campos

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29/08/2014 - Arte do pretérito

Eu tenho um sonho antigo que você bem que poderia sonhar comigo. Eu tenho três quartas de terra num coração que sobe serra e do amor não se aparta. Eu tenho um céu de asa-delta que bem cabe essa sua curvatura de atleta. Eu tenho duas colinas exclusivas pras bandas do sonhador ideais pras suas pernas meninas e lascivas. Eu tenho uns trezentos vagalumes que são capazes de iluminar sua cama entre a luz e o perfume das damas da noite. Eu tenho direito a efeitos especiais, de neblinas às cortinas de fogaréu, perfeitos para casais. Eu tenho acertos e enganos que podem ser encarados à vista ou parcelados em milhares de planos. Eu tenho um pé de fantasia que dá de comer noite e dia em frutos de poesia. Eu tenho um mistério que nos leva ao futuro do presente mesmo sendo partes da arte do pretérito.


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27/08/2014 - A primeira de muitas quartas sem Dona Ofélia

Quarta-feira. Justamente no dia em que a senhora se sentava sempre no terceiro banco da direita da igreja com sua garrafinha de água e seu leque para acompanhar a Novena de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro. Hoje, os sinos da Matriz de São José estão se dobrando mais tristes. Dificilmente a gente se encontrava às quartas-feiras, justamente porque era o dia dedicado pela senhora à prática de um dos compromissos mais importantes que tinha com sua fé. Gostava de chegar cedo à igreja para participar da reza dos mistérios do terço. Perdi a conta de quantas vezes vi aquele terço de caroços de azeitona enrolados na sua mão. Quando criança, a senhora me benzia passando o terço três vezes pelo meu corpo. Desajeitado como sou, o terço volta e meia enroscava em meus pés. Fui crescendo, crescendo, crescendo até que fcou impossível eu passar dentro do seu terço. Mas a senhora continuou me benzendo pessoalmente ou à distância até que eu mesmo desse conta de lidar com minhas energias. A católica que acreditava em vida após a morte e reencarnação ficou orgulhosa deste neto aqui ter encontrado seu caminho espiritual e ter começado a trabalhar espiritualmente para o bem dos outros como ela sempre o fez. Desde seu AVC no finalzinho da última semana tenho procurado retribuir toda a dedicação que sempre teve para comigo, manipulando energias para que pudesse continuar sua jornada em busca da evolução do espírito. Dediquei e dedico muitas preces e mantras em favor da iluminação de seus caminhos. Não é fácil se desapegar da matéria, como conversei mentalmente com a senhora nesta última madrugada, mas é necessário ter a consciência de que a missão foi cumprida dando continuidade a nossa caminhada em outros planos. Por mais difícil é preciso praticar o desapego seja com nosso corpo físico seja com pessoas que amamos para podermos seguir o que nos é confiado. Não foi por acaso que nossas últimas conversas foram marcadas pelo assunto “morte”. E agradeço muito de a senhora, minha vó, ter confiado a mim parte da sua preparação para passar por esse desencarne. Foram longas e ricas conversas. E foi uma honra poder aconselhar quem passou a vida dando conselhos. Para além das cores e sabores que vivi com a senhora, guardo comigo esse mundo espiritual que dividimos de forma muito bonita nos últimos tempos. A felicidade de me ver encontrado e fortalecido espiritualmente me fez muito bem. Afinal, sempre admirei muito a sensibilidade que a senhora sempre demonstrou em diversos campos da vida, principalmente em relação à arte. Seja a arte de cozinhar, de bordar, de plantar, de viver a literatura, em especial a minha poesia, e de encarar e praticar a fé. Estou de luto sim, mas hoje não visto preto. Visto branco. Afinal, para além do choro da nossa separação neste plano físico, celebro a beleza de uma passagem sem sofrimento como a senhora sempre desejou. Nada de ficar numa cama, de dar trabalho a ninguém, de perder sua independência. A senhora, dentro de sua simplicidade, sempre foi uma mulher à frente do seu tempo. Está certo que a vida nunca lhe deu muitas oportunidades de a senhora realizar seus sonhos, mas seu modo de pensar e agir foram coerentes com sua natureza sonhadora. Nunca vou me esquecer das suas mãos envolvidas por aquele terço que hoje provavelmente estará mais uma vez junto delas, só que já sem vida, em sua despedida. E por falar em mãos, de mãos espalmadas ao tempo, envio a energia deste que por muitas vezes foi mais que neto, foi filho, em agradecimento e auxílio à jornada de seu espírito. Nem nesta nem em outras quartas vamos mais nos encontrar fisicamente, mas tanto eu quanto a senhora sabemos que há outras formas de continuarmos juntos. E como a senhora já se despedia de mim ao telefone: Salve Deus!


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19/08/2014 - Alguém me aceita?

Alguém aceita um homem que ama demais? Alguém aceita um romântico incurável? Alguém aceita um ser capaz de fazer de um tudo para surpreender quem ama? Alguém aceita um cavalheiro que ainda abre porta de carro, envia flores e sente saudade do que ainda não aconteceu? Alguém aceita quem acredite no encontro de almas gêmeas? Alguém aceita um poeta que vive a versar o grande amor? Alguém aceita um cupido sem asas? Alguém aceita o pai de uma filha que ainda não nasceu? Alguém aceita acordar todos os dias no verde de olhos cumplices? Alguém aceita um sonhador que conversa com a lua? Alguém aceita degustar um constante namoro gourmet? Alguém aceita um apaixonado que vive a fazer loucuras para conquistar a mulher que ama? Alguém aceita ser chamada por essas mãos de tantos romances de mulher amada? Alguém aceita se jogar em braços que estão sempre buscando o infinito? Alguém aceita se desprender de tudo para se entregar a um mundinho exclusivo? Alguém aceita ser admirada, elogiada e romantizada a cada segundo? Alguém aceita colar um coração que vive despedaçado? Alguém aceita trocar alianças imaginárias ou não a cada novo despertar? Alguém aceita ter ao seu lado um plebeu desenganado pela sua princesa? Alguém aceita um menino grande que chora? Alguém aceita receber café com carícias na cama toda manhã? Alguém aceita conhecer os sete céus, os sete mares e as sete terras com um andarilho do destino? Alguém aceita ser eternizada em palavras? Alguém aceita ser mimada com ouro, diamante e orquídeas? Alguém aceita ser sonhada e realizada dia e noite sem parar? Alguém aceita quem adie o sono e a fome só para ficar mais alguns segundos na companhia de quem ama? Alguém aceita quem jogue tudo para o alto para atender a um pedido do seu amor? Alguém aceita quem lhe beije as mãos, os pés e até o chão que venha a passar? Alguém aceita quem sabe de uma forma ou de outra o que vai acontecer logo mais ou mais adiante? Alguém aceita quem aceite mas não se conforme com o pouco quando o assunto é sentimento? Alguém aceita quem não consegue mentir sobre o que sente? Alguém aceita aquele que acredita em dimensões paralelas? Alguém aceita um amante para todas as horas? Alguém aceita um guardião de fantasias? Alguém aceita ser levada para outra realidade? Alguém aceita ser caça e caçadora ao mesmo instante? Alguém aceita se perder propositalmente num labirinto de versos e prosas? Alguém aceita embarcar numa vida sem limites quando o assunto é amor? Alguém aceita ter um encontro diário de matérias e energias? Alguém aceita fazer de suas costas um caderno? Alguém aceita entregar sua rotina a considerações poéticas? Alguém aceita viajar hoje com ou sem malas rumo ao desconhecido? Alguém aceita se despir de todos os medos para experimentar o novo? Alguém aceita ser protegida, cuidada e ninada quando mais ou menos se espera? Alguém aceita um cavaleiro que desafio o tempo em prova do seu amor? Alguém aceita um mágico que ilude a si mesmo para não tomar o caminho oposto de sua amada? Alguém aceita quem velará sua noite espantando todo e qualquer pesadelo que possa querer se aproximar? Alguém aceita amar quem nasceu para amar? Alguém aceita ser de outro alguém que é só coração?


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07/08/2014 - Ai...

Ai, coloca-me perdido. Ai, faça-me proibido. Ai, deixa-me desinibido. Ai, eleja-me seu bandido. Ai, dê-me como lido. Ai, toma-me caído. Ai, tenha-me decidido. Ai, sinta-me partido. Ai, arranca-me um gemido. Ai, chora-me esquecido. Ai, anota-me querido. Ai, apavora-me o sentido. Ai, beija-me ao pé do ouvido. Ai, queira-me por marido. Ai, ama-me comigo.


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24/07/2014 - Amor de pescoço

Enquanto o sol se esparrama por seus cabelos, a lua se esconde em seu pescoço como pimenta de cheiro. Só quem já mergulhou pelas dimensões paralelas que compõem seu pescoço pode falar sobre o frescor e o queimar que delas afloram. Quando as embarcações do desejo chegam ao seu pescoço, os olhos de sereia levam capitães e piratas ao mesmo destino – ao naufrágio voluntário e apaixonado. Os arrepios e ouriçados da pele deixam os perímetros nus e cobertos por cabelos perfumados de desejo. Pobres dos homens que nunca fecharam os olhos e abriram os lábios naquele pescoço. Tal território vai além do conhecimento humano, sendo passível de magias e surpresas. Para além das rotações e translações da terra, eu orbito pelos movimentos do pescoço que se dobra ao prazer de um amor ingênuo.


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21/07/2014 - Amor trapezista

Sou artista de um amor trapezista que a cada salto leva à perda de fôlego, ao risco de se acabar no chão por querer voar sem contar com asas. Um amor que não se aquieta e que faz valer sua alma poeta querendo estar no ar, querendo mergulhar no impossível, querendo ganhar o plano mais incrível. Um amor que não precisa de redes para ser amparado. Um amor sem medo de se machucar. Um amor que acontece num céu de estrelas pintadas à mão, perto dos anjos de lona coloridos para esconder a tristeza do amor ao qual foram proibidos. Um amor de trapézio, que balança para se manter vivo no seu espetáculo interior. Um amor visto e vivido por muitos somente de longe, de muito longe, onde o leque de detalhes mais íntimos se esconde. Um amor que precisa de confiança para se sustentar, se misturar, se multiplicar nas alturas. Um amor que voa de ponta cabeça e até faz pirueta ignorando a lei da gravidade. Um amor que se joga independentemente de aplausos. Um amor que não faz conta de bilheteria, mas de viver um mundo de fantasia em plena realidade. Um amor que traz o que há de mais fundo à tona. Um amor com o poder de mexer com fortes emoções. Um amor de picadeiro sem medo de se expor de corpo inteiro. Um amor que arrepia de tantas formas. Um amor que não se conforma em ser o mesmo todo dia, pois quer desafiar o ontem, o hoje e o amanhã. Um amor que busca a cada ato o brilho do olhar pelo qual existe. Sou artista de um amor que chama atenção, que aflora sedução, que causa atração e ao mesmo tempo medra quem o toca a mão, pois para subir esse amor precisa cair, pois para agarrar esse amor precisa soltar, pois para voar esse amor precisa estar em queda livre.


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14/07/2014 - A morte de quem se ama

Como se sentir depois de receber a notícia de que a pessoa que você mais ama na vida morreu? E receber essa notícia dela mesma? Uma morte tão inesperada quanto anunciada. Uma morte que você não quer e nem vai aceitar. Afinal, quem se conforma em perder seu grande amor? Saber que nunca mais vai poder tocar sua pele, sentir seu perfume, olhar no fundo de seus olhos e declarar o que sente seja por meio de prosa ou verso com toda licença poética. A certeza de que nunca mais vai ser possível lançar um eu te amo e esperar as reações dela consome até a última gota da alma. Nunca mais, essa expressão dói, cala, grita, faz chorar por dentro e por fora, sangra sentimentos em carne viva. Dar adeus todo dia a resquícios que ainda estão impregnados no cerne do afeto é dilacerador. A morte é declarada, mas ela não é finita. A morte de alguém que se ama é infinita. Cada dia ela morre um pouco mais e de um jeito diferente, trazendo dor e perdas diferentes. A lembrança em certos momentos desse luto é pior do que o esquecimento. Há fantasmas do que você poderia ter dito e não disse, do que poderia ter feito e não fez, do que poderia ter ouvido e não ouviu lhe apavorando o tempo todo. Porque a morte, como coloca uma pedra na possibilidade de continuação, levanta a todo e qualquer instante o “podia ter sido diferente se”... quando, na verdade, sabíamos que tinha de ser exatamente assim. A morte faz com que fiquemos nos enganando para sofrer menos ou mais dependendo da necessidade. A morte da pessoa amada nos martiriza, deixando-nos sozinho e nu com nós mesmos. Aliás, a morte desse amor infinito coloca em dúvida até mesmo a existência do amor. Sim, porque desde sempre acreditamos que os amores não morrem. Como se sentir depois de receber a notícia de que a pessoa que você mais ama na vida morreu? E receber essa notícia dela mesma? Rasgado. Apunhalado. Dilapidado. É como se uma bomba atômica acabasse com todas suas ligações neurais e você não pensasse em mais nada. Apenas sentisse a dor das consequências. E entenda conseqüências como estragos, vazios, destruições... E o pior é a solidão, tão sedutora quão indiferente, querendo brindar com você a cada instante o seu estado solitário. A morte da pessoa amada faz você se sentir o mais solitário dos seres. Nada do que for dito ou feito é capaz de lhe consolar. E que ninguém tente estancar seu choro. É preciso colocar pra fora para que essas feridas todas não se transformem em uma espécie de câncer sentimental. A sensação é de que era muito melhor ter morrido no lugar dessa pessoa, mas não havia motivo algum para você morrer antes dela. E pelo resto dos seus dias você vai se perguntar a razão de ela ter morrido de forma tão brusca quão bruta. Sim, porque a morte da criatura amada por mais que aconteça durante o sono é de uma brutalidade tamanha. E daí a fé em outras vidas se reforça, mas quanto tempo ainda será necessário esperar para o reencontro. Será melhor morrer logo para antecipar esse recomeço? São tantas dúvidas pairando sobre a morte da mulher amada, que não se sabe se foi natural, acidental ou criminosa. De fato, há sempre um crime palpitando numa despedida desse porte. Aliás, despedir-se de quem se ama de forma definitiva é algo que contraria a natureza humana. Os homens inventaram o fogo, a roda, o avião, mas não criaram uma forma de superar a perda. Como se sentir depois de receber a notícia de que a pessoa que você mais ama na vida morreu? Com um ponto final no lugar do coração.


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07/07/2014 - Andar sozinho

Anos e anos depois, tenho de aprender a andar sozinho. Andar sem ter quem me dê a mão. Andar sem ouvir sim, talvez ou não da boca alheia. Tenho de andar a escutar só, e somente só, meu coração. Tenho de aprender a deixar meus sapatos solitários no fundo do armário sem que possam flertar ou se dar com pares de saltos. Andar de mãos ao vento como que livres ao ar. E a liberdade às vezes machuca por sua força tamanha.

Andar sozinho pisando nos próprios passos. Voar sozinho tentando entender como as nuvens se misturam tão bem. Cantar sozinho sem que ninguém me faça coro, complete meus esquecimentos ou ria do meu desafinamento. Deitar sem precisar dividir espaço ou lençóis, tendo o travesseiro para me calar num boa noite. Alimentar-me sozinho de comida, de sonhos, de expectativas, de amor e de esperanças. ...
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30/06/2014 - Amor em ação

Eu te amo em dias alternados: dias pares eu te amo mais ainda; dias ímpares eu te amo ainda mais. Eu te amo no cair das horas, no girar dos ponteiros, no frigir do que chora, no apear dos cavaleiros. Eu te amo a cada quebrar de onda. Eu te amo na vigilância de uma ronda. Eu te amo no calar das bocas. Eu te amo no manchar dos lençóis. Eu te amo no ressoar das vozes roucas. Eu te amo querendo estar a sós. Eu te amo no arrepiar da sua pele. Eu te amo pelas gotículas do seu perfume que insistem em borboletear por aí. Eu te amo como o que adere, como o que liga, como o que atraí de forma natural e irresistível. Eu te amo no acaso. Eu te amo e contigo me caso. Eu te amo esquecendo de tudo o que não está a nossa volta. Eu te amo abrindo todas as minhas portas, declamando todas as minhas notas, redirecionando todas as minhas rotas. Eu te amo preocupado se vai ou não gostar do que eu faço, do que eu acho, do que eu traço para nós. Eu te amo transformando versos em anzóis. Eu te amo viciado em você. Eu te amo com olhos dégradé. Eu te amo com abusos e pleiteando usucapião pelas vidas passadas vividas de mãos dadas. Eu te amo sem medo de lutar por você, nem que um dia seja preciso voltar sobre o escudo para o seu último me ver.


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15/06/2014 - Amor de Copa

Dribla a distância e acelera os batimentos cardíacos numa descarga de adrenalina e de prazer. Entorta o meu corpo no seu. Marca a minha língua de forma cerrada. Corre, ginga, escapole pelos meus braços aprontando das suas. Desconcerta-me no seu lençol. Dá um peixinho pra render a saudade e ir fundo no meu mundo. Deixa de fazer cera, sai da retranca e contra-ataca respondendo aos meus ataques. Deixa-me pedir bis das suas pernas. Deixa-me pedalar na sua bicicleta. Troque palavras de primeira. Arme carícias com muita atenção. Deixa o jogo da sedução fluir, com os sentidos aguçados correndo solto. Catimba com esses olhos marrentos e manhosos cada lance meu. Quero cair na sua cama de gata. Faz um corta-luz pra gente ficar no escurinho. Nem toda alavanca é falta. Nem todo arremate é certeiro. O importante é bailar e eu quero bailar pele a pele. É preciso suar, e seu suor é doce. É preciso arrancar aplausos cena a cena. E no nosso vai e vem não há impedimento algum a ser marcado ou obedecido. Tira a camisa pra comemorar. Quero beijos de bate-pronto. Quero ficar na banheira esperando você. Quero derrubar você na minha área. Quero o coração a todo instante na marca do pênalti. Vem moleca, vem menina, vem com toda alegria e intensidade. Finta os adversários que nos separam um do outro. Nada de cautela, vem pra cima, vem com tudo, acabe com todo e qualquer tabu. Dá passe para o que tem vontade e vá pelo campo dos sentimentos fazendo as pinturas que só você é capaz de fazer. Você é craque, é craque, é craque pra valer. Deixa a partida rolar, deixa o amor acontecer, fazendo a arquibancada dos nossos corpos tremer.


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