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Encontrados 372 textos. Exibindo página 12 de 38.
08/04/2014 -
Amor maior que o meu
Nenhum amor é maior que o meu. Podem me chamar de convencido, de metido, de pretensioso, de tendencioso, de louco, mas jamais me rotulem de “pouco” para se referir ao que sinto. O meu amor é incontável, incomensurável, infinito. E não se trata de qualquer amor grande ou gigante, mas de um amor sem variante totalmente dinâmico e parabólico em sua forma de existir. Um amor de altos e contrabaixos, sempre pronto a romper a estratosfera cotidiana e fazer muito barulho para oferecer o que tem de melhor em matéria de novidade e intensidade a quem ama. ...
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06/04/2014 -
Amor poeta
Não que seja maior e/ou melhor, mas o amor poeta tem suas particularidades. Em primeiríssimo lugar, basta dizer que o poeta vive inteiramente, integralmente e incrivelmente por seu amor e morre por ele se preciso for sem qualquer questionamento. O amor poeta é um amor marcado pela entrega total e sem volta, o poeta se dá a criatura amada de olhos fechados e coração escancarado. E o poeta não se intimida com o tamanho do sofrimento que esse amor pode lhe causar simplesmente porque ele não encara esse amor, por mais difícil ou impossível que seja, como um ato de sofrer. Pelo contrário, o poeta enxerga beleza até mesmo na tristeza que diz respeito a esse sentimento que o faz transcender e ficar acima das dores físicas. Muitas vezes adoece, definha, enlouquece, mas anestesidado pela fantasia contida nesse amor. A fantasia é a morfina do poeta, que acredita piamente que tudo mais dia menos dia vai se resolver a seu favor. O poeta pode ser triste, mas é otimista de essência. Se o poeta não crê na realização do amor não é poeta, é filósofo ou qualquer outra coisa que não coloca o coração à frente de tudo e de todos. O amor poeta é indiscreto, pois não consegue disfarçar suas intenções e sensações. O amor poeta não poupa esforços, seja lá qual for a natureza desse esforço, para buscar o apaixonamento contínuo, com direito a aprofundamentos e alargamentos sem limites, da criatura amada. Sim, por mais improvável que isso possa parecer, o poeta busca sempre mais e mais e mais amor e consegue oferecer isso à mulher que é dona de seus caminhos. O poeta consegue conhecer o amor da sua vida à primeira vista e não pensa em nada para vivê-lo. O amor poeta é aquele que mesmo quando junto de seu amor tem saudade do que passou e do que ainda não chegou. Isso porque o amor poeta quer viver tudo de uma vez, de maneira inconsequente, posto que se trata de um amor duradouro, mas urgente. Aliás, é bom frisar que o coração poeta tem urgência urgentíssima em amar. Pode esperar, em estado apaixonado, cinquenta anos pelo seu grande amor desde que possa ter certeza de que ele existe e de que vai chegar mais cedo ou mais tarde. O amor poeta vive para fazer feliz a criatura amada. O amor poeta é capaz das mais loucas loucuras para conquistar e manter conquistada quem ama. Não há espaço para mentiras, fingimentos, ilusões no amor poeta, uma vez que ele é o que há de mais verdadeiro e sincero que possa existir. Isso porque o poeta é regido pelo signo da emoção. E a emoção, nesse caso, é como uma fratura exposta. Tudo o que é sentido por ele esta nítido aos olhos de todos. O poeta deixa de se compreender para compreender a criatura amada, fazendo dela sua linha de partida e de chegada. O amor poeta redimensiona a existência fazendo tudo ganhar outro sentido. O poeta vive o que é macro e o que é micro em relação a esse amor com a mesma intensidade. Tudo vale à pena ao coração poeta quando se trata da mulher amada. O que importa é o segundo de agora junto de sua inspiração, pois o segundo passado ele sonhou estar com ela e o segundo futuro ele vai fazer de tudo para passar mais ela. Só existe algo que supera o valor de infinito agregado ao universo – o amor poeta. O poeta não se faz rogado a chamado algum do seu amor. Está sempre pronto para amar e ser amado das mais variadas formas e maneiras. O amor poeta, por mais que possa assustar um pouco no começo, dá conforto e segurança em razão de sua força e solidez. Nada nem ninguém acaba com o amor de um poeta. Por mais que chore, o poeta vai sempre sorrir, mesmo que afogado em pranto, ao seu amor. Sim, porque, como dito, o amor poeta alimenta-se de uma esperança que brota, quando menos se espera, de seu corpo poético. O amor poeta não tem restrições, contra-indicações, subtrações... é um amor sem preconceito, sem fronteiras, sem quaisquer condições. O amor poeta é espontâneo, flui naturalmente e até o fato de transbordar é natural. E atenção: não há nada que segure ou que impeça um amor poeta de seguir seu destino.
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05/04/2014 -
Aço, aço, aço...
O que for preciso, por você eu faço. Por onde quiser, com você, eu passo. Não me importo em ser ferido pelo aço desde que tenha o seu abraço. O seu coração é o que sem armas ou escudos eu caço. Ao seu lado eu vivo em outro espaço. Sem você a felicidade escorre de mim como um riacho. Buscando o seu amor eu não tenho cansaço. Meu corpo se amarra ao seu num perfeito laço. O meu ser se completa em seu traço. Nossos sonhos seguem no mesmo compasso. De saudade e contra a distância eu pirraço. Só em você eu me perco e me acho. Não há onde eu não lhe alcance nem de onde não lhe traga para mim com meu braço.
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31/03/2014 -
Até quando vou escrever?
Até quando vou escrever? Até quando eu acreditar no que escrevo. Até quando eu for inspirado pela mulher amada. Até quando existir amor a ser escrito. Até quando eu conseguir me emocionar com minhas linhas e versos. Até quando eu tirar encantaria nas palavras. Até quando tudo for sincero. Até quando uma página em branco me provocar. Até quando o sentimento vazar por minhas mãos. Até quando meu coração for feito de tinta. Até quando aquela que eu amor quiser em ler. Até quando as letras não me forem mortas. Até quando eu for livre para escrever e amar ao mesmo tempo. Até quando conseguir transformar a dor da saudade em poesia. Até quando houver sonho disposto a virar prosa. Até quando eu encontrar rimas para casar possível e impossível. Até quando os textos me permitirem viver tudo o que eu preciso viver com as devidas intensidade e liberdade sem quaisquer limites ou impedimentos. Até quando vou escrever? Até quando a minha poética for maior que o ponto final... Isso pode ser até hoje, até amanhã ou até para sempre.
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26/03/2014 -
A anatomia da mulher amada
Parte por parte, a composição da mulher amada é pura arte. De baixo pra cima, para crescer o clima de suspense, pense nos pés da princesa mais delicada já imaginada no reino do faz de conta. Pés pequeninos, suaves, tímidos e dignos de serem beijados por aquele que se curva em total reverência à mulher amada. Tornozelos que incitam a subir por pernas torneadas, lisíssimas e sedosas, um joelho muito bem articulado e coxas gostosas que abrem o apetite do desejo da alma em viver a mulher amada por inteiro. Pernas que levam a lançar pensamentos nessa mulher pedalando no parque, correndo nas areias do mar, subindo escadas intermináveis. Esticadas ou cruzadas, essas pernas desajustam o juízo de quem as contempla em níveis absurdos. Seus tecidos são lisos cobertos por, no máximo, uma finíssima penugem, mas olhada de forma mais atenta é possível ver os afrescos e arabescos que formam os eus interiores da mulher amada. Um umbigo que traz estrelas dependuradas, uma barriga de causar duradouros e consecutivos suspiros e uma cintura que dá vontade de pegar e não soltar numa mais. O corpo exala temperaturas febris e ao mesmo tempo um frescor único, trazendo à tona seu estado permanente de combustão e reações químicas jamais decifradas. Suas costas pedem que soltemos as amarras dos nossos veleiros partindo rumo ao desconhecido encantado, por um mar de mistérios que traz ondas surpreendentes a cada vértebra. E se veleja sempre esperando encontrar o esconderijo das suas asas. Um corpo de tantas cores, brilhos e contrastes de uma mulher camaleoa, que reflete às retinas sempre de uma maneira diferente e nova, mas se mantendo essencialmente igual. Os seios se avolumam em crescentes quereres, exibindo ou deixando escapar desenhos arrojados e inspiradores. Seus decotes são convites ao ato de pular dos penhascos em busca da felicidade. A mulher amada tem ossos leves como o das aves, permitindo-lhe o voo e músculos rijos, capazes de fugir como caça ou de perseguir como caçadora. O pescoço leva à região dos beijos que despertam arrepios em territórios secretos. Falando em beijos, a boca de sereia, composta por lábios embonecados e fartos, além de beijar magicamente, canta docemente. Também não se pode deixar de mencionar o sorriso, que tem a força de devolver a vida ao que a vida transformara em pedra. A língua é embebida no melhor da literatura e em outras prosas surpreendentes, tendo um balanço fonético, atlético, poético. Os cabelos perfumados escorrem com leveza iluminados num balé de luzes por seu rosto e corpo. Os olhos falam por si próprios, tenros e profundos. É tão fácil se perder quão se encontrar em seus olhos. Seus cílios se movimentam como brisa e suas sobrancelhas se movimentam imediatamente ao comando de seu humor. O nariz é de uma delicadeza que denuncia emoções mais fortes colorido de pudor, assim como o queixo e as maçãs do rosto. A orelha, tão pequenina, incita versos aos ouvidos. Há flores, músicas, pinturas, danças pelo corpo multidimensional da mulher amada. Sua pele traz uma espécie de pólen invisível aos olhos, mas sentida pelo tato mais cuidadoso. Seu corpo se assemelha a um tule pronto a ser bebido com elegância e vontade, saboreando cada borbulha que, por meio da explosão silenciosa, revela ou não sua dose de fantasia. Os braços são perfeitos para serem transformados em abraços e as mãos, com unhas irretocáveis, atraem os príncipes dos mundos mais longínquos para beijos encantos; mãos nobres que à luz das velas do sol ou da lua são pedidas e queridas em casamento. Afinal, a anatomia da mulher amada casa-se perfeitamente com a poesia que nasce por ela.
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18/03/2014 -
Amar você
Amar você... É amar sem perguntar o porquê... É simplesmente amar sem pedir nada senão você... É saber que não existe eu sem você...
Amar você... É mais forte do que qualquer poder... É querer mais e mais estrada para ir com você... É fazer muito mesmo para merecer você...
Amar você... É não querer mais parar de te escrever... É se deixar levar pela guinada do destino rumo a você... É ser entregue a quem não há como esquecer...
Amar você... É nunca mais deixar de se envolver... É se surpreender com o quão ousada é você... É se negar a viver nada menos que você...
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10/03/2014 -
Aprincesando
Toma-me pela mão e me leva ao seu reino, caminhando pelos seus tapetes vermelhos, dançando pelos seus salões reais, e causando inveja aos demais casais. Princeseando por aí, seja ali ou aqui, leva-me a ser feliz pelo seu céu de anis estrelado. Ordene ao seu exército impiedoso e leal para que impeça a aproximação de qualquer dor que possa destronar esse sentimento que é mais forte e duradouro que as pedras das muralhas do castelo.
Toma-me pela mão e coloca minha armadura no chão, deixando mim de armas e escudos. Não importa se sou cavalo, peão, torre, bispo ou rei, caminho em direção ao seu xeque-mate. Disputo a sua mão, o seu corpo, o seu espírito, sob os seus olhos, no duelo que quiser. Ofereço a ti, rainha das princesas, o meu sangue azul e a minha alma verde. Que a minha poesia lhe cubra como um manto vivo e que o seu era uma vez extrapole o livro....
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06/03/2014 -
Ainda mais apaixonada
Se me diz que acorda ainda mais apaixonada meus olhares se envaidecem e verdejam colorindo de esperança a minha estrada. Não há como não assoviar mesmo sem saber dar um assovio sequer do quanto me faz feliz. Eu tomo rumo ignorado e quando vejo estou em Vênus, em Saturno, em Netuno distribuindo sorrisos. Sigo falando de amor com as árvores, com os postes, com os muros. Abro minhas asas e ensino cada pássaro pelo caminho a se lançar ao próprio destino. Faço malabarismos e contorcionismos só para chamar atenção para a revolução que faz em mim com uma só frase, mas a frase. ...
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06/02/2014 -
Apagão
Apaga a luz que vagueia pelo céu. Apaga a lua. Apaga cada uma das estrelas. Apaga os cometas apressados. Apaga o localizador do avião. Apaga a luz que tonteia pelo chão. Apaga o mercúrio dos postes. Apaga as velas dos fieis, dos carentes e dos românticos. Apaga a saia do abajur. Apaga o farol das estradas e do mar. Apaga o raio antes do trovão. Apaga a lanterna do caçador. Apaga o enxame de vagalumes. Apaga as faíscas da saudade. Apaga os holofotes do espetáculo dos viventes. Apaga a luminosidade dos filósofos. Apaga a fogueira dos inquisidores. Apaga a lareira. Apaga as brasas do fogão. Apaga o beijo de néon. Apaga a chama do amanhã. Apaga o reflexo da faca. Apaga cada clarão de esperança. Apaga o fósforo que brinca na mão da criança. Apaga o brilho dos meus olhos. Apaga tudo e me deixa no escuro pensando, sonhando, guardando você que, por si só, me clareia.
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17/01/2014 -
Aceleramento
140... 160... 180... 194 quilômetros por hora... Lá fora, tudo passa por mim rapidamente. Árvores diferentes se transformam em um borrão verde. As nuvens vão se juntando querendo me falar algo. Ayrton Senna, que andava a mais de 300, tinha razão ao dizer que a velocidade o levava para perto de deus. Sim, o piloto, imerso em voltas e voltas mais rápidas, conversava com o criador. Quanto mais a velocidade cresce no velocímetro mais e mais fico entre dois planos. A concentração faz com que tudo ganhe lucidez enquanto erro algum é permitido. ...
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