Daniel Campos

Poesias

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Encontrados 2480 textos. Exibindo página 151 de 248.

Deixas

Deixa germinar um outro tempo
Enquanto a legião da saudade
Aterrisa na solidão clandestina
Dos seus olhos seminus.

Deixa subir nuvens de gafanhoto
E os outros que são outros
Sucumbir em todas as cortesias
Que ficaram atrás da porta.

Deixa o sol ficar a só e a sós
Com nós, o amor já morreu
Não! Não vamos ao passado,
Ao menos, por enquanto.

Deixa para trás os dramas
Enquanto sou a promessa
A defesa e o pior dos sábios...
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Delirante

Lá vem ela
Sozinha
Só minha
E com todas as coisas que se quer
E que não eram para se querer
Mais
Nem demais.

Lá vem ela
Que passa
Com graça
Tendo a boca fria
E os olhos em vigia
Vigília.

Lá vem ela
Passo a passo
Cheia de traços
Como as sombras são
Como assombração.

Lá vem ela
Delirante
E distante
Numa leveza violenta
Numa tristeza que atenta
E que ninguém agüenta....
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Demais

Dia a dia
Calo o alarde
Mas ainda me arde
A agonia
Da tua saudade...

Quero teu desespero
Teus atropelos
Quero atender
Teus apelos
E não sofrer
Mais nem demais...

Ah! Teus poemas
Continuam tatuados
Em meus dilemas.
Quero acreditar
No que me tens provado
Mas e se teu
Amor for
Um desses devaneios
Que faço eu?

Ah! Eu não sei mais sorrir
Vontade de me ir
E lhe trazer para os meus seios....
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Démodé

Se a moda for sair às ruas com sorrisos quase contínuos
Em abraços que se multiplicam a cada esquina
Em juramentos que se desfazem na menor porção de tempo
Não seria démodé fazer o caminho inverso
Ficar junto aos braços da solidão
Com a sensação de que tudo, por mais alegre, é triste
Quando esse caminho tende ao outro
Que não se encontra
No começo, no meio ou no final
De sua ponta.


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Depois de amanhã

Depois de amanhã
Traga seu leque de queixas
Depois de amanhã
Venha com ares de gueixas
Depois de amanhã
Reescreva as palavras já lidas
Depois de amanhã
Não vamos falar das nossas vidas
Depois de amanhã
Trarei o seu mundo sem conhecê-lo
Depois de amanhã
Quero o mesmo drinque sem gelo
Depois de amanhã
Os segredos serão confessáveis
Depois de amanhã
Quem sabe, seremos amáveis
Depois de amanhã
Que nos relógios não haja atrasos...
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Desabafo

Tento
Mas nessa ânsia
De viver
Não posso entender
Essa distância
Toda. Tudo mudou
Mas eu sou
A mesma criatura
Carne e sentimento
Essa coisa pura
Que você achou
Da primeira
À última vez...

Ah! Talvez
Seja loucura
Mas ainda converso
Com nossas conversas
E me relato
Às estrelas
Que eu não sei se vê.
Vê? Grito
Provoco
Sufoco
E desabafo
No colo da saudade...
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Desabrocha

Antes de colocar biquíni
E se deitar com o sol
Em uma esteira de vime

Para dentro de você
E quebre as últimas castanhas
Do inverno.


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Desalmada

Arda
Calada
O teu amor
Que logo
A tua busca
Vou

Eu sou teu nada
És meu tudo
Sou a estrada
Do teu mundo
És minha ladra
Sou teu criado-mudo.

A estrela
Já raiou no horizonte
Da tua boca
E a minha alma
Já a quer
Desalmada
E sem roupa.


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Descalça

Os pés descalços
Abandonados
Sobre a flor da terra
Os pés que se queimam
Na terra quente
Os pés que se tingem
No vermelho
Os pés que repousam
Sobre tanta solidão
Os pés com medo
De tantos segredos
Que são arquitetados
Pelo silêncio do vento.

A terra trincada
Na seca tão áspera
Tão cálida
É a mesma terra
Que afoga os pés
Na água que brota
Que cai
Que escorre...
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Descoberta

Antes que o amanhã cresça
Vou sair em busca de caminhos ainda não traçados
E vasculhar cada centímetro quadrado, redondo, triangular
Até encontrar uma falha geográfica
Que se estenda feito uma rua
Uma rua sem letreiros nem turistas
Uma rua que de tão tímida se esconde de si própria
E se faz estreita e torta
Tamanha a vergonha de se mostrar
Uma rua sem calçadas e sem asfalto
Uma rua feita de restos de pedra
Que o vento leste carregou ao longo da vida...
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