Deixas
Deixa germinar um outro tempo
Enquanto a legião da saudade
Aterrisa na solidão clandestina
Dos seus olhos seminus.
Deixa subir nuvens de gafanhoto
E os outros que são outros
Sucumbir em todas as cortesias
Que ficaram atrás da porta.
Deixa o sol ficar a só e a sós
Com nós, o amor já morreu
Não! Não vamos ao passado,
Ao menos, por enquanto.
Deixa para trás os dramas
Enquanto sou a promessa
A defesa e o pior dos sábios
Nesses dias tão iguais.
Deixa os olhos quase nus
No jardim ou na varanda
Do medo em falta de lua
O sonho já pulou de catapulta.
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