Daniel Campos

Prosas

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22/06/2015 - Era o primeiro, a segunda...

Era só o primeiro dia, o primeiro beijo, o primeiro vento, o primeiro sol. Era só a segunda noite, a segunda-feira, a segunda sina, a segunda mão. Era só o terceiro raio, o terceiro ato, o terceiro sonho, o terceiro deus. Era só a quinta avenida, a quinta poesia, a quinta teoria, a quinta expectativa. Era só o sétimo filho, o sétimo destino, o sétimo elemento, o sétimo cálice. Era só a décima vontade, a décima fantasia, a décima intenção, a décima bobagem. Era só o centésimo clarão, o centésimo encontro, o centésimo pulso, o centésimo pensamento. Era só a milésima adrenalina, a milésima moda, a milésima chuva, a milésima estrela. Era só o infinito tempo, o infinito desejo, o infinito silêncio, o infinito ser. ...
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19/05/2013 - Era verdade

Era verdade que ela beijava no alto do trapézio? Era verdade que ela era amante de um deus? Era verdade que ela sabia o segredo dos mágicos? Era verdade que ela era filha de uma feiticeira? Era verdade que ela dançava com uma bailarina de caixinha de música? Era verdade que ela tinha uma estrela de estimação? Era verdade que ela conversava com os pássaros? Era verdade que ela fazia a noite ascender e o dia escurecer?

Era verdade que ela tinha asas escondidas? Era verdade que ela brincava com fantasmas? Era verdade que ela assoviava chamando pelos ventos? Era verdade que ela passava em guarda pelos anjos? Era verdade que as maçãs de seu rosto continham veneno? Era verdade que ela cortava e remendava destinos? Era verdade que ela tinha um leão interior? Era verdade que ela recebia visitas de ancestrais? Era verdade que ela existia?


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19/05/2013 - Era verdade que

Era verdade que ela beijava no alto do trapézio? Era verdade que ela era amante de um deus? Era verdade que ela sabia o segredo dos mágicos? Era verdade que ela era filha de uma feiticeira? Era verdade que ela dançava com uma bailarina de caixinha de música? Era verdade que ela tinha uma estrela de estimação? Era verdade que ela conversava com os pássaros? Era verdade que ela fazia a noite ascender e o dia escurecer?

Era verdade que ela tinha asas escondidas? Era verdade que ela brincava com fantasmas? Era verdade que ela assoviava chamando pelos ventos? Era verdade que ela passava em guarda pelos anjos? Era verdade que as maçãs de seu rosto continham veneno? Era verdade que ela cortava e remendava destinos? Era verdade que ela tinha um leão interior? Era verdade que ela recebia visitas de ancestrais? Era verdade que ela existia?


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03/03/2015 - Escrevendo e vivendo

Coloca seu nome junto ao meu para ver se combina. Escreva em seus cadernos de menina sua receita de felicidade. Rabisca corações em meu peito, pois corações nunca são demais. Soletre amor tantas vezes quiser ou puder aos meus ouvidos. Fala a língua dos meus sonhos. Romanceia o nosso romance. Versa e reversa o que nos faz bem. Transcreva o que está em sua cabeça para as minhas mãos. Passa a limpo suas verdades. Copia do horizonte as mensagens do por do sol. Lembra que o nosso destino não tem pauta. Não importa a caligrafia, mas o sentimento contido em cada letra. Una as pessoas que te fazem feliz como que unisse sílabas. Seja em prosa seja em verso supera o adverso. Não queira apenas que o final da sua ou da nossa história seja feliz, capriche no meio e embora o começo esteja distante é sempre tempo de recomeço.


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12/05/2014 - Escrevinhando

Escrevo uma carta para quem me faz falta. Escrevo um verso para quem mais nada peço. Escrevo um texto criando pretexto. Escrevo um poema abstraindo-me de todo e qualquer dilema. Escrevo uma prosa como que sobrepondo pétala a pétala da engenharia poética de uma rosa. Escrevo uma cantiga fazendo figa. Escrevo uma poesia dando de comer à fantasia. Escrevo uma estrofe e não preciso nem falar que é “em off”. Escrevo uma ode sem ninguém me dizer que pode. Escrevo uma bossa ao que o coração endossa. Escrevo um soneto com o meu jeito. Escrevo um samba como quem traz sentimentos no balançado de uma caçamba. Escrevo um enredo despindo-me de todo e qualquer medo. Escrevo um seriado e não sei se sou futuro ou sou passado. Escrevo um livro e não necessariamente é o que vivo. Escrevo um romance para dar movimento a uma nuance. Escrevo uma rima que pode ser doce e cítrica ao mesmo tempo como uma lima. Escrevo uma balada à mulher amada. Escrevo uma prece para o que não se esquece.


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15/04/2016 - Escutei o mar

Quando encostei meu ouvido em seu peito escutei o mar. Ao contrário de batimentos cardíacos, o som do mar. Mar alto que quebrava em meus ouvidos em sustenidos ainda nem sonhados pelo compositor. E no seu beijo um gosto de sal, como saliva do mar. Não é à toa que sua cor preferida era azul. Azul ardósia. Azul cobalto. Azul marítimo. Azul de todo mar extravasando por suas palavras, por seus olhos, por seus poros. Ao vento seu corpo ondulava. Ao tempo seu corpo ia e vinha sem parar. Se derramava e puxava com a mesma intensidade. Sobre ela eu me sentia uma gaivota. Debaixo dela eu me via como um tubarão. Nunca descobri ao certo a sua profundidade, mas sua imensidão era coisa para lá de toda saudade que há. Se enfeitava de conchas e tinha amor por Iemanjá....
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15/12/2013 - Espadas elevadas, cruzadas

Espadas elevadas em sinal de novo tempo. Espadas cruzadas na esperança do que está por vir. Espadas elevadas para a era que se anuncia. Espadas cruzadas em mantras e silêncio em feitio de prece. Espadas elevadas às falanges que caminham transformando mundos internos. Espadas cruzadas na Lei do Auxílio. Espadas elevadas à altura do amor incondicional. Espadas cruzadas nas altas hierarquias. Espadas elevadas à lua e ao sol. Espadas cruzadas sobre os olhos clarividentes.

Espadas elevadas ao amanhecer. Espadas cruzadas por jaguares. Espadas elevadas ao Simiromba de Deus. Espadas cruzadas sob olhares de mentores de luz. Espadas elevadas aos reinos encantados. Espadas cruzadas em forças benditas. Espadas elevadas buscando e trazendo a ancestralidade de cada um. Espadas cruzadas num poder iniciático e emblemático. Espadas elevadas aos planos astrais. Espadas cruzadas sob o juramente e o compromisso de caminheiros.


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10/12/2013 - Espanta tosse

Não há nada melhor para se livrar daquela tosse do que tomar um ovo cru (de preferência caipira e com um tiquinho de sal) e logo em seguida um copo de leite quente (se encontrar, use leite gordo). Cura até pneumonia. Agora, se você não tem coragem de encarar tal receita, há outros truques do tempo dos antigos que dão resultado. Na hora de dormir, que tal espalhar vick sobre a planta dos pés, colocar uma meia de lã, e deixar o remédio descongestionar até seus sonhos.

Prefere um chá, pois bem, ferva um litro de água, coloque açúcar mascavo a gosto e espere ele se dissolver. Desligue o foto, acrescente gengibre ralado e dois cravos da índia. Abafe essa infusão por 15 minutos. É hora de colocar o suco de dois limões galegos. Depois de frio, coloque o chá em uma garrafa de vidro e tampe de forma adequada. Deixe a garrafa no sereno de uma noite. Pode amanhecer já tomando um cálice. Achou muito complicado, tome a água de três dentes de alho. ...
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12/11/2008 - Especulação nuclear

A notícia de que os Estados Unidos perderam uma bomba nuclear na Groenlândia apavorou a comunidade dos ursos polares. Já ameaçados pela caça predatória e pelas mudanças climáticas, o pânico só fez aumentar. Associações e sindicatos representantes dos ursos prometem organizar um ato público expondo as mazelas da extinção da espécie, bem como entrar com uma ação por dano ambiental contra o governo americano. O noticiário da TV Ártica não fala em outra coisa.

Há quem diga que o conteúdo dessa bomba já vazou, matando milhares de animais. Os ursos que perderam parentes de 1968 (data que a bomba foi perdida) até hoje, por morte misteriosa, demonstram grande indignação. Há quem pretenda organizar ataques contra o Pentágono e, até mesmo, a Casa Branca. Como será que Barack Obama vai lidar com essa questão? Vale dizer que o presidente eleito defende a exploração de petróleo em reservas e a internacionalização da Amazônia....
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Espelho, espelho meu

A suposta guerra entre EUA e Iraque poderia ser explicada através de diversas visões, desde um confronto entre dois países com posições dispares até uma crise freudiana que assolaria George W. Bush Júnior e o incumbiria de terminar o que seu pai começou com Sadam. Então, qual é a lógica da guerra?

A guerra do Golfo, no começo da última década do século XX, deixou cicatrizes. Um Iraque destruído e um ditador fortalecido pela relação de ódio com os americanos. Embargos comerciais de um lado e bandeiras americanas queimadas nas ruas, do outro. Este conflito é como aqueles filmes que pedem continuação. Antes de aparecer na tela o célebre The End, existe a deixa para o segundo episódio. ...
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