Daniel Campos

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12/05/2014 - Escrevinhando

Escrevo uma carta para quem me faz falta. Escrevo um verso para quem mais nada peço. Escrevo um texto criando pretexto. Escrevo um poema abstraindo-me de todo e qualquer dilema. Escrevo uma prosa como que sobrepondo pétala a pétala da engenharia poética de uma rosa. Escrevo uma cantiga fazendo figa. Escrevo uma poesia dando de comer à fantasia. Escrevo uma estrofe e não preciso nem falar que é “em off”. Escrevo uma ode sem ninguém me dizer que pode. Escrevo uma bossa ao que o coração endossa. Escrevo um soneto com o meu jeito. Escrevo um samba como quem traz sentimentos no balançado de uma caçamba. Escrevo um enredo despindo-me de todo e qualquer medo. Escrevo um seriado e não sei se sou futuro ou sou passado. Escrevo um livro e não necessariamente é o que vivo. Escrevo um romance para dar movimento a uma nuance. Escrevo uma rima que pode ser doce e cítrica ao mesmo tempo como uma lima. Escrevo uma balada à mulher amada. Escrevo uma prece para o que não se esquece.


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