Daniel Campos

Prosas

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Encontrados 3193 textos. Exibindo página 106 de 320.

08/12/2013 - Eu quero um beijo

Eu quero um beijo. Um beijo inesperado e tão esperado ao mesmo instante. Um beijo demorado, com sensação de infinito. Um beijo apaixonado e apaixonante. Um beijo cinematográfico. Um beijo habilidoso, mas com um quê de inocência, de pureza, de encanto. Um beijo como que saído de uma confeiteira. Um beijo trocado, sonhado, falado. Um beijo surrealista, impressionista, cubista... Um beijo que seja o epicentro de tudo mais o que há.

Eu quero um beijo. Um beijo que cause dependência e, ao mesmo tempo, aflore o sentimento de liberdade. Um beijo primitivo, com instintos desconhecidos, mas contemporâneo. Um beijo enlouquecedor. Um beijo provocante, que mexa com hormônios e pensamentos de uma só vez. Um beijo capaz de embaralhar olhos, sentidos e razões de ser e querer. Um beijo que ultrapasse valores, aliás, que passe por cima de todos os limites e juízos pré-existentes. ...
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07/12/2013 - Mimada

A menina se cansou de esperar pelo príncipe encantado montado em um cavalo branco e partiu sozinha pela estrada em um carro branco de muitos cavalos cujas cores ainda não foram reveladas. A menina se cansou de esperar pelo “e foram felizes para sempre” e decidiu, por conta própria, se abstrair desses conceitos sendo autora de sua própria história. A menina se cansou de ficar beijando sapos à espera de uma surpresa e agora já não beija mais nada que não seja tão encantador como o reflexo de seu espelho. ...
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06/12/2013 - Abraço de 72 horas

Meu amor, eu quero um abraço de 72 horas, que comece na sexta, atravesse o final de semana, e se desmanche só na segunda-feira. Nada menos do que 72 horas do meu corpo junto ao seu, entre palavras apaixonantes e silêncios reconfortantes. Ao longo do abraço, nossos perfumes hão de ser um só para que ao final dele sejamos simples e puramente o aroma alheio. Um abraço capaz de acabar com qualquer tempestade, por mais insensível e violenta que ela seja. Um abraço que simbolize e concretize o infinito que há neste nosso querer ser para sempre um só. ...
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05/12/2013 - Menina-flor

De repente, sem maiores explicações, apareceram flores no quarto da menininha, que se espantou, no bom sentido, com aquela floração inesperada. Na verdade, um vaso com duas hastes de orquídeas num lilás que chamava para si outros tons, provocando ilusões de cores. Ela não entendeu como o presente havia ido parar ali, mas acreditava ser coisa de algum príncipe desconhecido de um reino não menos impossível que o seu. Mas que importava saber isto ou aquilo quando o que ela mais queria era curtir por completo aquelas flores que chegavam a dizer encantos aos seus ouvidos de pérola. ...
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04/12/2013 - Poeta-pâtissier

Se eu fosse um poeta-pâtissier muitos, muitos amores de chocolate eu haveria de fazer. Seriam beijos puros de cacau e, nos momentos mais doces, banhados ao leite. Nada de sorrisos meio-amargos, mas recheados de licor e de sabor e de calor. E assim teria vontade de comer (se lambuzando) meus poemas sem qualquer pudor, e com todo apetite. Seria um imenso prazer transformar seus olhos (que me olham como barras de chocolate) em bombons finos, preservando assim sua elegância e composição. Ah, manteria o perfume natural sem necessidade de utilizar quaisquer aromatizantes. ...
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03/12/2013 - O abraço do dia

Hoje, mais do que nos outros dias, você vai sentir falta de abraços. Abraços que se foram. Abraços que se desmancharam. Abraços que se acabaram. Vai esperar alguém tocar a campainha, chamar no portão, tirar o telefone do estado de silêncio. Por diversas vezes, numa confusão entre lembrança e realidade, vai escutar vozes, ouvir passos, sentir mãos em suas mãos. Mas não vai conseguir falar, seguir, tocar ninguém. São somente retratos do passado, memórias de um tempo tão recente quão distante ao mesmo instante. ...
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02/12/2013 - A Bahia me chamou

A Bahia me procurou, me ligou, me chamou para viver mais ela, num cenário de novela. Viver com muita pimenta e dendê, meu deus o que eu vou fazer se é lá que eu quero morrer? Pra que lado fica o caminho do pelourinho? Que as águas mornas da Bahia, carregadas de sal, curem as feridas da fantasia. Que tudo seja um recomeço e que a dor do “não” não encontre meu endereço. O mundo de cá não cabe no mundo de lá. Então, é preciso coragem para se deixar. Há sempre um amor para carregar e outro para abandonar num bom lugar, saravá! ...
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01/12/2013 - Sereia do Amanhecer

A minha sereia, se é que eu posso chamar de minha, tem olhos grandes e fundos como o oceano no qual habita. Olhos cristalinos, de um azul de uma infinidade de tons que se movem pra lá e pra cá como as ondas do mar. A minha sereia, chamando-a assim com todo respeito, surge de forma mansa, mas sempre provocando impacto com sua chegada, trazendo transformações e encantamentos em tudo o que está dentro e fora de mim. Por mais que eu já a tenha encontrado em outras oportunidades, diante dela há sempre o sabor de primeira vez. ...
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30/11/2013 - Encarrilhado

Se você for, me levo. Se você quiser, eu quero. Se você puder, eu posso. Se você se perder, eu acho. Se você bater, eu caio. Se você amar, me jogo. Se você cantar, eu aplaudo. Se você esquecer, eu lembro. Se você pedir, eu cedo. Se você somar, me adiciona. Se você enlouquecer, me interna. Se você falar, me calo. Se você calar, eu grito. Se você me prender, deixo. Se você topar, aceito. Se você rir, sorrio. Se você chorar, morro. Se você desejar, me beija. Se você finalizar, recomeço.

Se você duvidar, atesto. Se você fraquejar, sustento. Se você ligar, atendo. Se você abandonar, protesto. Se você avançar, me rendo. Se você negar, me entrego. Se você flutuar, voo. Se você cansar, carrego. Se você pautar, escrevo. Se você pousar, eu pego. Se você assoviar, eu vou. Se você medrar, encorajo. Se você jurar, prometo. Se você imaginar, eu cumpro. Se você sonhar, eu aconteço. Se você cruzar, descruzo. Se você pedir, eu fico. Se você pintar, eu bordo. Se você estrelar, enluaro.


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29/11/2013 - Expectativas? Crie ovelhas!

Um belo dia, uma fada, do alto de sua sabedoria encantada, disse que não devemos criar expectativas, mas ovelhas. Expectativas rendem tristezas, decepções, lágrimas, agonias, frustrações, quebras de ânimo, sentimento e de confiança. Afinal, nem sempre o que se espera é o que se irá alcançar num futuro breve ou longínquo. Já a criação de ovelha é mais confiável, pois, com certeza, você terá lã, calor e carne, além, é claro, do amor dessas criaturas de algodão, tão dóceis quão generosas.

Quanto mais você espera das expectativas, menos elas dão a você. Quanto mais lã você espera das ovelhas, mais lã você terá, e o melhor, sem que elas exijam nada em troca. Alimentar uma ovelha é tarefa muito mais fácil do que alimentar expectativas, que sugam muito de você e nunca estão completamente satisfeitas. Afinal, expectativas satisfeitas deixam de ser expectativas. Por essas e outras, para pegar no sono, é melhor contar ovelhas do que expectativas, que sempre atraem pesadelos....
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