Daniel Campos

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Encontrados 372 textos. Exibindo página 27 de 38.

25/08/2013 - Amor etc amor

O amor cresce de surra em surra como pão sovado. O amor gira como cata-vento. O amor aparece e some como truque de mágico. O amor é como uma roleta russa, com segredos e mistérios sobre morte e vida. O amor cai e levanta e volta a cair e a se levantar e gatinha e rasteja como criança aprendendo a andar. O amor luta como qualquer ser vivo para sobreviver, utilizando de instintos, crenças e trapaças. O amor é a carta que a cartomante esconde na manga por conveniência ou medo.

O amor é uma música sempre inédita, por mais cantada que seja. O amor é a fera que grita e a brisa que excita em sopros de criação, de ilusão, de uma falsa e bem-vinda mansidão. O amor é o ato impensado de construir o que está destruído e vice-versa. O amor é o nós que não desata e o pó que não solta e o curió que dança. O amor é sempre o que ainda não foi dito e, o que está para ser dito e o que precisa ser dito. O amor é o duelo sem vencedor e perdedor entre o bendito e o maldito que palpita em nós.


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11/05/2016 - Amor garimpeiro

Posso ter dúvidas de muitas coisas a respeito de minha vida menos do amor que sinto. Amar não é coisa de momento ou um capricho meu. É mais, maior, melhor. É um ato que traz um valor agregado que nem consigo dimensionar. É forte. É mágico. É bom, ótimo, maravilhoso... Amar é doação voluntária, consciente e verdadeira. Sou o que sinto. E sinto agora, o mesmo que senti ontem, ou há um mês ou em qualquer tempo – sinto amor, um amor diferente de tudo o que já senti em matéria de amor. Um amor que não pede nada, mas agradece por tudo. Amor que arranca toda e qualquer dor. Amor de coração escancarado. Amo de olhos vendados ou não. Amo tateando pela saudade do que foi, é e será. Amo sem pensar duas vezes. Amo como nunca pensei amar. Amo crescendo, rompendo, redimensionado o que sou. Amo elevado ao cubo. Amo como um garimpeiro que desce às profundezas para encontrar as estrelas. ...
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23/05/2013 - Amor gripou

Amor tá dodói. Amor não dorme. Amor não fica em pé. Amor tosse. Amor espirra. Amor está com febre. Amor está manhosa. Amor quer colo. Amor quer comida na boca. Amor faz careta. Amor quer remédio. Amor reclama. Amor não canta. Amor não dança. Amor faz drama. Amor deseja carinho. Amor não sai. Amor só quer deitar. Amor pede cuidado.

Amor fica sem paciência. Amor fica com corpo mole. Amor não brinca. Amor se cobre. Amor quase não fala. Amor não sente gosto. Amor não sente cheiro. Amor não quer passear. Amor não quer ir ao médico. Amor é teimosa. Amor se sente pior. Amor perdeu o ânimo. Amor se zanga. Amor suspira. Amor abusa. Amor faz beicinho. Amor faz charme.


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17/06/2010 - Amor junino

Amor junino que se preze pula fogueira, ferve como quentão e estoura dentro da gente feito pipoca. Tem um toque caipira de inocência. No amor junino a quadrilha é de dançarinos; o casamento, de mentira e o pé de moleque, de amendoim. Sob os olhos e bênçãos de Santo Antônio, o coração é aberto com muito jeito à moda de pinhão. No amor junino, o milho assado ganha bastante manteiga e o vinho, açúcar e quentura. A mulher tem olhos de balões coloridos, tranças de Rapunzel sertaneja e sonhos de arraial. ...
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30/08/2010 - Amor lilás

No topo da montanha que se ergue acima das ondas de um mar lilás, quero lhe contar o que habita neste meu coração de rapaz. Como é bom mergulhar na simplicidade dos seus olhos que são como janelas que se abrem para a luz enquanto a saudade fugaz se afoga no oceano lilás. Nada como ficar nesse ambiente costeiro, fazendo do seu corpo o meu veleiro de ilusões carnais, espirituais, transcendentais... Vamos correr para o cais. Vamos percorrer os arrozais.

E como o romance não pode parar, vamos pegar a primeira asa delta e sobrevoar uma ilha subtropical, a cidade literal e a linha que divide o bem e o mal. Vamos nos amar entre campos verdejantes, pavões e pinturas num crepúsculo lilás. Vamos ouvir atenciosamente as canções que o vento traz aos nossos ouvidos embebidos do som do mar. Já mandei encher a banheira no terraço com água lilás só pra gente ver a mudança do ciclo lunar. ...
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08/04/2014 - Amor maior que o meu

Nenhum amor é maior que o meu. Podem me chamar de convencido, de metido, de pretensioso, de tendencioso, de louco, mas jamais me rotulem de “pouco” para se referir ao que sinto. O meu amor é incontável, incomensurável, infinito. E não se trata de qualquer amor grande ou gigante, mas de um amor sem variante totalmente dinâmico e parabólico em sua forma de existir. Um amor de altos e contrabaixos, sempre pronto a romper a estratosfera cotidiana e fazer muito barulho para oferecer o que tem de melhor em matéria de novidade e intensidade a quem ama. ...
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23/08/2011 - Amor ou amor...

O amor é a lei suprema ou a quebra da lei. É o endereço ou o avesso do kharma. O amor existe ou insiste em não existir a olho nu. É a permanência ou impermanência do ser. O amor é infinito ou a condição finita de todas as coisas mundanas para alcançarmos as coisas sobre-humanas. O amor é plural ou a brusca experiência da singularidade. O amor é uma flor da consciência ou a faculdade da inconsciência.

O amor é a vontade de continuar amor ou a condução expressa para alguma coisa nova. O amor é concreto ou especulação. É a promessa de cristo ou o filho do anti-cristo. É a aceitação da escravidão ou a difícil tarefa de superar a condição egoísta de quem ama. O amor é a antítese ou a teoria paradoxal, é elitista ou proletário, é guerra ou paz. O amor vai de canção em canção ou se esvai em silêncio. ...
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06/04/2014 - Amor poeta

Não que seja maior e/ou melhor, mas o amor poeta tem suas particularidades. Em primeiríssimo lugar, basta dizer que o poeta vive inteiramente, integralmente e incrivelmente por seu amor e morre por ele se preciso for sem qualquer questionamento. O amor poeta é um amor marcado pela entrega total e sem volta, o poeta se dá a criatura amada de olhos fechados e coração escancarado. E o poeta não se intimida com o tamanho do sofrimento que esse amor pode lhe causar simplesmente porque ele não encara esse amor, por mais difícil ou impossível que seja, como um ato de sofrer. Pelo contrário, o poeta enxerga beleza até mesmo na tristeza que diz respeito a esse sentimento que o faz transcender e ficar acima das dores físicas. Muitas vezes adoece, definha, enlouquece, mas anestesidado pela fantasia contida nesse amor. A fantasia é a morfina do poeta, que acredita piamente que tudo mais dia menos dia vai se resolver a seu favor. O poeta pode ser triste, mas é otimista de essência. Se o poeta não crê na realização do amor não é poeta, é filósofo ou qualquer outra coisa que não coloca o coração à frente de tudo e de todos. O amor poeta é indiscreto, pois não consegue disfarçar suas intenções e sensações. O amor poeta não poupa esforços, seja lá qual for a natureza desse esforço, para buscar o apaixonamento contínuo, com direito a aprofundamentos e alargamentos sem limites, da criatura amada. Sim, por mais improvável que isso possa parecer, o poeta busca sempre mais e mais e mais amor e consegue oferecer isso à mulher que é dona de seus caminhos. O poeta consegue conhecer o amor da sua vida à primeira vista e não pensa em nada para vivê-lo. O amor poeta é aquele que mesmo quando junto de seu amor tem saudade do que passou e do que ainda não chegou. Isso porque o amor poeta quer viver tudo de uma vez, de maneira inconsequente, posto que se trata de um amor duradouro, mas urgente. Aliás, é bom frisar que o coração poeta tem urgência urgentíssima em amar. Pode esperar, em estado apaixonado, cinquenta anos pelo seu grande amor desde que possa ter certeza de que ele existe e de que vai chegar mais cedo ou mais tarde. O amor poeta vive para fazer feliz a criatura amada. O amor poeta é capaz das mais loucas loucuras para conquistar e manter conquistada quem ama. Não há espaço para mentiras, fingimentos, ilusões no amor poeta, uma vez que ele é o que há de mais verdadeiro e sincero que possa existir. Isso porque o poeta é regido pelo signo da emoção. E a emoção, nesse caso, é como uma fratura exposta. Tudo o que é sentido por ele esta nítido aos olhos de todos. O poeta deixa de se compreender para compreender a criatura amada, fazendo dela sua linha de partida e de chegada. O amor poeta redimensiona a existência fazendo tudo ganhar outro sentido. O poeta vive o que é macro e o que é micro em relação a esse amor com a mesma intensidade. Tudo vale à pena ao coração poeta quando se trata da mulher amada. O que importa é o segundo de agora junto de sua inspiração, pois o segundo passado ele sonhou estar com ela e o segundo futuro ele vai fazer de tudo para passar mais ela. Só existe algo que supera o valor de infinito agregado ao universo – o amor poeta. O poeta não se faz rogado a chamado algum do seu amor. Está sempre pronto para amar e ser amado das mais variadas formas e maneiras. O amor poeta, por mais que possa assustar um pouco no começo, dá conforto e segurança em razão de sua força e solidez. Nada nem ninguém acaba com o amor de um poeta. Por mais que chore, o poeta vai sempre sorrir, mesmo que afogado em pranto, ao seu amor. Sim, porque, como dito, o amor poeta alimenta-se de uma esperança que brota, quando menos se espera, de seu corpo poético. O amor poeta não tem restrições, contra-indicações, subtrações... é um amor sem preconceito, sem fronteiras, sem quaisquer condições. O amor poeta é espontâneo, flui naturalmente e até o fato de transbordar é natural. E atenção: não há nada que segure ou que impeça um amor poeta de seguir seu destino.


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07/02/2015 - Amor pra vida inteira

Quando da Portela, ela esnobava o malandro que roubava seus olhares do alto de sua janela. Quando da Imperatriz, ela confessava que por mais que amasse e se entregasse não era feliz. Quando da Grande Rio, ela desfilou com todo respeito ao estandarte, mas num sorriso vazio como se sua cabeça estivesse em Marte. Quando da Mocidade, ela foi destaque, verdadeira obra-de-arte no abre-alas, vestida de saudade. Quando da Vila Isabel, ela ganhou o nobel da imaginação, pensando que Noel pra ela entregava o seu samba-coração. Quando da Estácio de Sá, ela beijava para lá e para cá querendo se reencontrar. Quando da Império Serrano, ela saiu na comissão de frente querendo fazer diferente mas foi tudo engano. Quando da Beija-Flor, ela teve tanto glamour quanta solidão que olhava pro malandro dizendo bonjour como se nem pisasse no chão. Quando da Viradouro, ela dizia que amava deus e o mundo mas lá no fundo ela escondia o ouro. Quando do Salgueiro, acreditou que o sentimento que doava era lhe entregue de modo inteiro. Quando da União da Ilha, ela foi a muitas milhas do que poderia ir e no meio da avenida chegou a cair. Quando da Caprichosos de Pilares, ela batia os bares e os altares com a mesma intenção. Quando da Mangueira, novamente, ela chorou copiosamente, pedindo perdão ao malandro pelos meandros de um verso que admitia a traição e assumia a agremiação pela vida inteira.


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10/12/2011 - Amor que medra

Deixe de lado esse medo latente de amar. Já dizia o poeta que amor e sofrimento caminham parelhos por uma estrada cheia de armadilhas. Então, não se acovarde. Dispa-se de todo e qualquer receio. Fique nua como uma lua de sentimento. Uma lua que dá a cara à tapa. A saudade é um pêndulo que na ida ou na vinda vai lhe pegar. Ame fazendo planos, mas sem se preocupar com o amanhã. Projete-se prioritariamente no dia de hoje. Trate de seu amor como se trata de um santo de altar. E jamais confunda amor com felicidade. Nem todos os prazeres oferecidos pelo amor são propriamente felizes....
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