Daniel Campos

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23/08/2011 - Amor ou amor...

O amor é a lei suprema ou a quebra da lei. É o endereço ou o avesso do kharma. O amor existe ou insiste em não existir a olho nu. É a permanência ou impermanência do ser. O amor é infinito ou a condição finita de todas as coisas mundanas para alcançarmos as coisas sobre-humanas. O amor é plural ou a brusca experiência da singularidade. O amor é uma flor da consciência ou a faculdade da inconsciência.

O amor é a vontade de continuar amor ou a condução expressa para alguma coisa nova. O amor é concreto ou especulação. É a promessa de cristo ou o filho do anti-cristo. É a aceitação da escravidão ou a difícil tarefa de superar a condição egoísta de quem ama. O amor é a antítese ou a teoria paradoxal, é elitista ou proletário, é guerra ou paz. O amor vai de canção em canção ou se esvai em silêncio.

O amor é o que ajuda ou o que atrapalha no processo de desenvolvimento espiritual. O amor é algo positivo ou a ilusão negativa do ego. O amor é a fixação da atenção no presente ou a volatilidade dos tempos. O amor é o acesso livre ou a eterna busca por esse acesso. O amor é o mundo sensível ou a manifestação do insensível. Afinal, só a solidão é o que pertence genuinamente ao amor, ou não?


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