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Encontrados 372 textos. Exibindo página 13 de 38.
10/01/2014 -
Ááá passará
Tem pássaro no abacatá, vem ver, vem ver que ele já vai vua. Tem menino carregando emborná, o que será, o que será que tem lá? Oiá que o tempo é touro bravo que corre barranco pra lá e pra cá, eita já vai desbarrancar. É céu de jequitibá. É gente de abadá. É abelha juá. É manga uba. Vamos derrubar! Eba! Eba! Quem vai falar? Quem vai ficar? É um gostinho de maracujá vindo para acalmar. São olhos de sabará vindos de acolá. Vamos bailar? E esse doce açucarará quando a gente mesmo esperar. O tempo nos mói em suas pedras fazendo fubá dos nossos dias. Tem dança no congá da rosa chá. O vento sacode o jequitibá. Ama quem é de amar, pois o amor nunca fica gagá. Chega quem é de chegar, que o tempo já vai vua. ...
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01/01/2014 -
A força da estrela
Há de haver uma estrela para ser seguida mesmo nas horas mais difíceis. Uma estrela capaz de guiar, orientar, acalentar. Há uma estrela que protege mesmo com dia claro. Uma estrela colorida com o poder de atuar em todos os chacras. Há de haver uma estrela de cinco mil pontas. Pontas de mar. Pontas de lápis. Pontas de bailarina. Há uma estrela capaz de iluminar a noite mais escura. Uma estrela guardiã, um ponto de luz que esclarece até o sofredor. Uma estrela de força. Uma estrela que dissipa o pesadelo. Uma estrela que surge todos os dias, mas sempre com algo novo a brilhar. Uma estrela que alivia a dor dos que caminham sob o céu. Uma estrela com a missão de curar os males dos abismos negros da incompreensão. Uma estrela nascida com você, para lhe dar o caminho. Uma estrela que sublima por natureza. Uma estrela que queima como vela dentro de quem acredita em sua chama.
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22/12/2013 -
Amar-te-ei
Amor,
Mais
Amor
Nunca
Dói,
Amar-te-ei...
Amar-te-ei pela vida afora, sem demora. Amar-te-ei como sol depois da chuva, quente e úmido. Amar-te-ei escalando seu corpo, voando de asa delta a partir de seu sopro, sopro de criação. Amar-te-ei na canção que se repete com um toque inédito dia após dia. Amar-te-ei com cuidado para não perder nada de nós pelo caminho. Amar-te-ei formando corações em abraços. Amar-te-ei como que numa fábula daquelas que a bruxa má sempre se dá mal diante da princesa. Amar-te-ei movido pelos mistérios do que somos. Amar-te-ei por entre suspiros, gemidos, sustenidos, eu te amos e silêncios de olhares trocados e confessados. Amar-te-ei num beijo sempre bom. Amar-te-ei fazendo planos de construir nossa casinha na lua. Amar-te-ei duelando com mundos exteriores e interiores sempre que necessário. Amar-te-ei abaixando a guarda e guardando tudo o que é nosso. Amar-te-ei fazendo-me teu antigo e sempre novo amor.
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13/12/2013 -
Amor de batismo
Ama Pedro, ama sem medo. Ama Maria, ama com fantasia. Ama José, ama com fé. Ama, sem ter o amor como tarefa. Ama Heitor, na elegância do condor. Ama Amanda, com a graciosidade das pandas. Ama Emanuel, da terra ao céu. Ama Jaqueline, fazendo-se de vitrine. Ama Vinícius, ama com todos os benefícios. Ama Elisa, ama e avisa. Ama Ana, ama de forma sobre-humana. Ama Augusto, ama sem susto. Ama Hercília, ama de ilha em ilha. Ama Alexandre, sem que o ponto desande. Ama Valentina, ama desde pequenina. Ama Marcelo, ama azul, vermelho, amarelo... Ama Eduarda, ama abaixando a guarda....
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06/12/2013 -
Abraço de 72 horas
Meu amor, eu quero um abraço de 72 horas, que comece na sexta, atravesse o final de semana, e se desmanche só na segunda-feira. Nada menos do que 72 horas do meu corpo junto ao seu, entre palavras apaixonantes e silêncios reconfortantes. Ao longo do abraço, nossos perfumes hão de ser um só para que ao final dele sejamos simples e puramente o aroma alheio. Um abraço capaz de acabar com qualquer tempestade, por mais insensível e violenta que ela seja. Um abraço que simbolize e concretize o infinito que há neste nosso querer ser para sempre um só. ...
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02/12/2013 -
A Bahia me chamou
A Bahia me procurou, me ligou, me chamou para viver mais ela, num cenário de novela. Viver com muita pimenta e dendê, meu deus o que eu vou fazer se é lá que eu quero morrer? Pra que lado fica o caminho do pelourinho? Que as águas mornas da Bahia, carregadas de sal, curem as feridas da fantasia. Que tudo seja um recomeço e que a dor do “não” não encontre meu endereço. O mundo de cá não cabe no mundo de lá. Então, é preciso coragem para se deixar. Há sempre um amor para carregar e outro para abandonar num bom lugar, saravá! ...
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26/11/2013 -
Amor de barriga
Que eu possa beijar sua barriga sempre que tiver vontade, sem impedimentos ou contratempos. Deixa meus lábios, libertos do tempo, percorrerem esse território mais que perfeito. Que haja paz para eu viver todo o mistério, toda a magia, todo o encanto, toda a psicologia da sua barriga. Deixa-me escutar o canto que aflora da sua barriga. São cantos de amor, de esperança, de encontro e reeencontro...
Que eu possa protestar pela sua barriga, marchando, erguendo faixas, levantando bandeiras versando sobre o meu amor por você. Deixa minhas mãos se estenderem pela extensão sedosa da sua barriga, livre de qualquer intriga ou horda inimiga. Que eu possa brincar de ser feliz neste território, sobretudo, lúdico. Deixa-me escrever, com a língua, versos e poemas inteiros, de fevereiro a fevereiro, pela sua barriga...
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16/11/2013 -
Aberta a temporada do esquecer
Esqueça tudo o que traz a dor, o desassossego, o risco. Esqueça o que não pode nem deve ser lembrado. Esqueça o que não foi e não era para ter sido. Esqueça o que, de fato e para todos os efeitos, não aconteceu. Esqueça o triste e suas adjacências. Esqueça o verbo que não conseguiu ser conjugado. Esqueça o sentimento mais doído. Esqueça o mundo imaginário e todas suas consequências não menos imaginárias.
Esqueça o que, mesmo sem querer, faz sofrer. Esqueça o dia perdido. Esqueça o tempo desencontrado. Esqueça a brincadeira feita pelo destino nas tramas de nossas vidas. Esqueça o desejo pela impossibilidade. Esqueça a vontade de querer estar junto do que nasceu para ser separado. Esqueça o amanhã que nunca chegará. Esqueça os lugares comuns, que mesmo comuns, são de um só por vez. ...
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15/11/2013 -
Amorencontro
Corpos abraçados. Rostos colados. Beijos grudados. Costas protegidas. Dedos laçados. Pernas encaixadas. Peitos orvalhados. Pés encontrados. Mãos alinhadas. Desejos roçados. Fragrâncias misturadas. Olhos espelhados. Cabelos misturados. Unhas unhando. Pelos arrepiados. Gritos sufocados. Fantasias compartilhadas. Braços fronteiriços. Sexos aflorados. Carnes febris. Coreografias cúmplices. Sorrisos beliscados. Pulsações compassadas. Movimentos lentos. Frissons de batom. Músculos alongados. Ossos estalados. Ombros apoiados. Texturas trocadas. Espaços preenchidos. Suores perfumados. Peles afloradas. Maçãs rubras. Sentimentos despidos. Hormônios transbordantes. Declarações impregnadas. Lábios casados. Colos dados. Luas meladas.
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05/11/2013 -
Anti-trágico
O que eu quero fazer? Nada! Poderia responder tudo, mas seria muita pretensão diante do cansaço que me envolve. Cansaço de tudo, ou melhor, quase tudo. Eu quero ficar à deriva. Náufrago num oceano de sentimentos. Se redes não me enjoassem, queria uma rede com suas pontas amarradas em estrelas. Revoluções, guerras, mudanças de sentido e direção precisam de muito suor. E eu quero sombra e mordomias. E se for muito, quero apenas que me deixem quieto, em paz, em sintonia com meus pensamentos.
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