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Encontrados 56 textos de janeiro de 2014. Exibindo página 5 de 6.
08/01/2014 -
Irradiação
Irradia amor por todos os plexos. Irradia o mistério do universo. Irradia o que ninguém pode contar. Irradia o segredo do espaço. Irradia o místico, o mágico, o sublime. Irradia o que ainda não conhece. Irradia para além da sua compreensão. Irradia forças de origens diferentes. Irradia uma ancestralidade rica e única. Irradia matas, mares, pedreiras... Irradia para além dos campos da ciência. Irradia energias iniciáticas. Irradia o contato com outros planos. Irradia raios nativos. Irradia o que é bendito. Irradia para curar, para libertar, para desintegrar e reintegrar. Irradia para o bem do outro que você sabe ou não quem é. Irradia toda pureza do seu íntimo. Irradia sendo instrumento e parte de um trabalho maior. Irradia em feitio de prece, de prece viva. Irradia se entregando. Irradia indo longe sem sair do lugar. Irradia por paz, felicidade, perdão... Irradia por harmonia, sintonia, elevação... Irradia seguindo um ritual coletivo ou particular. Irradia transformando o negativo em positivo. Irradia sem pensar ou querer mais nada, sendo, por inteiro, um núcleo de irradiação.
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08/01/2014 -
Sou, que sou?
Sou do vento
Que me balança
Sou da força
Que me entrança
Sou da infância
Menino, moleque
Pivete
Sou o que dá ânsia
De desejo
De repudio
Sou esperança
Por isso sou verde
Desde criança
Sou feito
Do que não se alcança
Sou a aliança
Do inacreditável
Com o improvável
Sou lança
Que caminha
Entre céu e terra
Sou sonho
Que avança
Sou sentimento...
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Comentários (1)
07/01/2014 -
E quando tudo
E quando tudo se assumiu, e quando tudo se resumiu, e quando tudo caiu, e quando tudo ruiu, e quando tudo faliu, e quando tudo frio, e quando tudo explodiu, e quando tudo partiu, e quando tudo cuspiu, e quando tudo latiu, e quando tudo sumiu, e quando tudo e quando tudo atingiu, e quando tudo fugiu, e quando tudo partiu, e quando tudo feriu, e quando tudo compeliu, e quando tudo mentiu, e quando tudo dormiu, e quando tudo coloriu, e quando tudo sucumbiu, e quando tudo sentiu, e quando tudo saiu, e quando tudo se viu, e quando tudo sombrio, e quando tudo proibiu, e quando tudo pediu, e quando tudo frigiu, e quando tudo pariu, e quando tudo descobriu, e quando tudo vazio, e quando tudo proferiu, e quando tudo fingiu, e quando tudo se viu, e quando tudo navio, e quando tudo desferiu, e quando tudo se despediu, e quando tudo existiu, e quando tudo arrepio, tudo, tudo, tudo sorriu, sorriu, sorriu, ou, ao menos, deveria ser (ter sido) assim...
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07/01/2014 -
Parte
Um aparte
Para as partes
As suas partes
Que me partem
À parte
Em uma parte
Tão sua
Que nunca
De mim se parte
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06/01/2014 -
Voltação
Volta, volta
Com a mesma nota
E me sufoca
E me toca
Com asas de gaivota
Volta, volta
Sem me dar resposta
E me devota
Suas costas
Sem dizer se me gosta
Volta, volta
Inteira
De uma só vez
Ou em postas
Mas volta
Volta, volta
Pela porta
Dando-me ou não
Sua rota
Mas não me solta
Volta, volta
E diz se se importa
Se a poesia...
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06/01/2014 -
Teoria prática
Difícil compreender o que não foi feito para ser compreendido, mas vivido. Teorias são lindíssimas, mas só existem quando praticadas. Raso e profundo se encontram de modo que o conceito de dimensão é facilmente perdido. E a grandeza de tudo é maior ainda quando tal prática se dá na loucura. Sim, havemos de ser loucos para sermos felizes. Pois a felicidade está na loucura. É preciso casar, encaixar, misturar céu e terra, sol e chuva, lua e sonho, num mundo mágico, que existe para além do nosso aquém, para que tudo isso seja compreendido da forma como se deve compreender o impossível do possível.
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05/01/2014 -
Ensinamentos do interior
Um velho bruxo do interior me ensinou a ler a lua e prever chuvas e estiagem. Tempo de plantio, de colheita, de espera. Tempo de amor no canto do passaredo. Tempestade e saudade. Invernada e geada no rastro dos insetos. Fartura e loucura nas cores da paisagem. Mostrou-me como é viver de relento e com todo alento. Ensinou-me a prever quantos vagões tem o próximo trem mesmo quando os trilhos estão vazios. Encantou-me com a magia do verde e me soprou como fazer quem é do branco ou do rosa amar o verde. Levou-me a alimentar o fogo sem ser preciso colocar mais palha ou lenha na fogueira. Falou-me sobre os sinais de mudança e de esperança na dança das cores das folhas. Ensinou-me a entender a língua do vento, das estrelas e da terra, seja ela de lama ou pó, a ponto de saber o que vai nascer, morrer e renascer mais cedo ou mais tarde.
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05/01/2014 -
Signo do mato
Sou do signo
De Oxóssi
Tenho a tosse
Do mato
E as marcas
Dos cavaleiros
Que vão além
Do asfalto
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04/01/2014 -
Príncipe? Lorde?
O príncipe
Fez-se sapo
E agora
Coaxa
Pelos pântanos
Sem qualquer
Nobreza
O lorde inglês
Perdeu a hora
E tudo mais
Foi-lhe embora
Ou ficou
Para trás.
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04/01/2014 -
Bem assim mesmo
Sou de outro planeta. De outro tempo. De outra realidade. Sou o avesso do avesso. Sou extraterrestre. Sou virado de ponta cabeça. Sou o que não tem bula. Minha época já passou ou ainda não veio. Eu subo quando devia descer, e viro à esquerda quando devia seguir pela direita. Meu relógio gira ao contrário. Sou de um lirismo atípico, de um romantismo inútil para esta era. Sou a contracapa, o lado b, o que está entre a cara e a coroa. Sou coração que voa. E voa alto. Sou o amor de fato. Um apaixonado do primeiro ao último ato. ...
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