Daniel Campos

Texto do dia

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Encontrados 34 textos de outubro de 2009. Exibindo página 4 de 4.

04/10/2009 - Falando de amor

Falando de amor, eu queria falar em sua boca. Falando de amor, a eternidade é pouca. Falando de amor, quero me emudecer em seus braços. Falando de amor, quero refazer nossos passos. Falando de amor, rimo beijo e coração. Falando de amor, tudo e todos convergem à paixão. Falando de amor, extasio. Falando de amor, corro feito rio. Falando de amor, a existência torna-se mais amena. Falando de amor, a distância entre nós dois fica pequena. Falando de amor, textos são carícias. Falando de amor, a vida é uma delícia. ...
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03/10/2009 - Maria e José, juntos, no jardim

Faltava alguma coisa no jardim. Por entre o gramado havia uma palmeira, um pinheiro, um pingo de ouro, uma árvore de flores amarelas e outra despida de folhas, ramas de framboesa, uma roseira e uma infinidade de espadas de São Jorge. Mas faltava alguma coisa mais. Olha daqui, olha dali, olha acolá e, quando menos se espera, acompanham-me, no carro, Marilene, uma imagem de Nossa Senhora Auxiliadora e outra de São José. As duas feitas de barro por uma artesã de uma feirinha que ficava próxima da linha do horizonte....
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02/10/2009 - Vermelhidão sertaneja

Em meio a tantas flores e folhas, um fruto aparecido fazia questão de ser visto vermelho por entre o branco e o verde da aquarela que compunha aquela árvore nem alta nem baixa, nem magra nem gorda demais. Temporão, como se costuma dizer no interior, o caju avermelhou-se, de desejo ou pudor, antes da previsão dos cientistas. Coisa do relacionamento do sol e da lua. E não era um fruto qualquer, tinha tanta carne e delicadeza que mais parecia uma mulher pendurada nos galhos de um cajueiro.
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01/10/2009 - Entre a astrologia e a mitologia

Pela noite escura, o vento rola num chão de folhas. A casa, abafada pelo sol tardio, obriga-nos ao quintal. E, como criatura de outro mundo, o vendaval assombra em sua intensidade. Ao ritmo que flores, galhos e frutos voam pelos ares num balé de terror, um barulho de labareda, vindo do bosque, fica cada vez mais próximo. O vento que traz chuva é o mesmo que alimenta o fogo. Algo de estranho acontece por aqueles campos.

Será que essa ventania desatinada é resultado dos tsunamis do oceano pacífico? Será que é coisa das bruxas que se preparam para o hallowen? Será que é coisa do saci, que faz dos redemoinhos seu meio de transporte? Será que é coisa do final dos tempos? Será que é coisa do efeito estufa, da destruição da camada de ozônio, do el niño? Será que é coisa política? Será que é coisa da lua? Da lua não, mas de uma falsa estrela ao seu lado......
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