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Encontrados 2480 textos. Exibindo página 78 de 248.
Espera
Caminha
Não, não caminhe
Deixe que eu vá
Que eu venha,
Que eu volte.
E se nessas idas e vindas
E se nessa guarda
E se mesmo assim
A tristeza sentar-se ao seu lado
Não se afobe
Diga a ela que eu venho,
Que eu volto logo
Espera
Não, não me espere
Deixe que eu vá
Que eu venho,
Que eu volte.
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22/09/2013 -
Esperação
Espera, espera por mim
Que eu chego agora
Como sempre me esperou
E me desejou chegar
Atrasado ou adiantado
Não importa, sim
Chegarei na hora
Na hora certa
De quem sonhou, sonhou
Espera, espera por mim
De um jeito hipotético
Como sempre profetizou
E me idealizou: poético
Do começo ao fim
Vindo só e só por você
Como um buquê
De noiva sem porquê
Que pelo tempo ficou.
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Esperança perdida
A espada de um guerreiro veio ao chão,
A nua armadura não suportara a morte.
Aludia parvo perante às ruas:
Guerras pálidas, brado à rouquidão...
Não! Não há vida assim tão forte.
A própria mazela já o feria,
Fraco empunhava o escudo a lua,
Sorria à vida, doando-a morria.
Iludido bramia o seu coração
O fulgor nacional era canção
A esperança ufânico brasão
Ao perdido estendia a viril mão
O clamor trilhava ao farto pão ...
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23/12/2015 -
Esperando a primavera
Nada do que era ainda é
Tudo diferente e a gente
Se embolando no que era
E já não é. A mesa, o café,
O homem, o bicho, a fé,
A mulher, o céu, a semente
Do que vai ser e ainda não é
Esperando como se espera
Pela primavera
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Esperitude
Quando der
E se puder
Que venha logo
Pois eu a rogo
E a confesso
Que a espera
É uma fera
Que eu não peço
A ninguém
Que me convêm
E assim
Eu espero
O fim
Do lero-lero
De uma sabiá
Que se exaltou
E em sua loucura
A toda altura
Cantou
Seu desejo
De nunca mais
Me ter perto demais.
Eu espero
Como Nero
Esperou
O perdão de um império...
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Espinhadeiro
Hoje,
Ainda não sei
Nada
Sobre o seu paradeiro:
Se dormiu bem
Se sonhou com quem
Se ainda me vem...
Hoje,
Em mim
É só um berreiro
Porque eu não sei
Se o amor ainda anda
Inteiro.
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Esquartejada
Sob um lustre
Com empáfia de sol
A mulher amada
Estica-se em pontas.
Braços e pernas
Correm em sudoestes
E noroestes
Parecendo se separar
E formar
A rosa,
A rosa dos ventos.
Como se fosse torturada
Por carrascos medievais
Seu corpo quase se esquarteja
Sobre a cama de algodão
E não há música
E não há espectadores
E não há relógios
Nenhum intruso é permitido
Naquele monólogo da mulher amada...
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Esquecimentos
Só esquece
Quem não ama,
Quem ama
Proclama
Em nome do que quer que seja.
Quem esquece
Fenece
E finge a própria dor,
Quem ama
Engana
A si mesmo ao achar que esquece.
Quem esquece
Tece
Esconderijos e diz que não ama,
Ama e se esquece
Esqueça-se e ame.
Por favor
Peça para não amar
Só não peça para esquecer,
Só esquece
Quem não ama
Só não ama
Quem se esquece
De amar o esquecimento.
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Esquina
Cortinas de sombras
Escondem seu rosto
Quando lhe cerco em olhares
E capuzes recaem sobre os traços
Que constroem sua face.
Alguns nascem à luz
E logo se acabam
Na sola dos passos
Da solidão.
Tira os lenços do rosto
E cruza seus dramas
Com minhas tramas
Na esquina
Da "não me olhes assim"
Com a "ainda que tarde".
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Essa gente
Ai, essa gente
Machuca o poente
Com seu passar
Tão descontente
Ai, essa gente
Passa naufragando
Sob o sétimo mar
Ai, essa gente
Passa deslizando
Sob o sétimo ar...
Ai, essa gente
Passa em nuvens brancas
Sobre a rua
Sob os seios da mulher de Sirilanka
Que carrega em suas trancas
Uma dor pungente
E urgente
E penitente
E tão somente
Sua...
Ai, essa gente...
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