Esperança perdida
A espada de um guerreiro veio ao chão,
A nua armadura não suportara a morte.
Aludia parvo perante às ruas:
Guerras pálidas, brado à rouquidão...
Não! Não há vida assim tão forte.
A própria mazela já o feria,
Fraco empunhava o escudo a lua,
Sorria à vida, doando-a morria.
Iludido bramia o seu coração
O fulgor nacional era canção
A esperança ufânico brasão
Ao perdido estendia a viril mão
O clamor trilhava ao farto pão
A Deus suplicava interseção
A vida criança refletia paixão
O elmo deitava a desilusão.
O inimigo salivava entre os dentes,
Mas a fé exalava de olhos sem nome .
A alma enaltecia-se ao lamento,
Deveras, a honra era semente
Escorrendo em lágrimas de fome.
Os céus declararam a despedida
Luto, a espada se enferruja ao tempo
E a fome gargalha ainda que ferida.
Observação do autor: Tributo a a Herbert de Souza, o "Betinho".
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