Daniel Campos

Poesias

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03/06/2014 - Cansado

Há dias em que não sei se sigo
Andando em frente ou para trás
Anda-se e não sai do lugar
Dias com ar de despedida
Dias que se segue cansado
Da lida, da pida, da vida
Cansado de amar
Cansado de chorar
Cansado de ficar
No deus dará

Há dias em que não sei se fico
Ou vou embora de vez
Talvez seja melhor partir
Sumir, fingir, fugir de quem foge
Talvez, fugir sem se despedir
Pela porta dos fundos...
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Canta me encanta

Menina olhos olhos um poema
Falando de amor
Menina, inspiração amena
Canta, canta me encanta
Dança, dança me espanta
Canta o meu pranto agonia
Dança com minhas lágrimas
Canta, emana a melodia
Dança sobre as lástimas
Canta, dança a harmonia
Engane-me na nostalgia
Que és o amor que pretendia
Canta, canta aos meus desejos
Veja-me a nau em velejos
Que junto a mim naufragam
Nos teus Olhos infantis
Canta a lua cheia...
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12/05/2015 - Canta o nosso amor

Canta, canta, meu amor, o seu amor
Antes e depois do galo da campina
Que anuncia novo dia e velha sina
Canta, canta com gosto de hortelã
Meu amor, mais essa nossa manhã
Canta o seu espreguiçar, o roçar
Dos nossos corpos e o mais louco
Amor entre lobos do mesmo clã
Canta, canta, canta e se levanta
Ontem se foi e hoje já é amanhã
Canta, canta ainda estre cobertas
Abrindo garganta e janelas à bela
Manhã ainda incerta. Como alerta...
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21/03/2014 - Canta, canta

Canta, canta
Com essa doçura tanta
Canta, canta
E em meus braços
Acalanta suas asas
Canta, canta
Na pureza da santa
Na leveza que vaza
Canta, canta
Me dando compasso
E me suplanta
Canta, canta
Imanta esse amor
Colibri, rouxinol, condor
Canta, canta
E planta esperança
No meu caminhar
Canta, canta
E me emociona
E encanta de amar
Canta, canta
Deixando vir à tona...
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07/02/2016 - Cantarola boa

Nunca fiz
Espantar chuva
Nunca quis
Sair fora da curva
Nunca vi
Casamento de viúva
Nem fugi
De formiga saúva
Não comi
A última das uvas
Não dormi
No seio da ruiva
Não bebi
Daquela boca turva
Não tremi
Como folha de bocaiuva
Não senti
Medo do gavião-puva
Não vivi
Amor de lambuja

Suja
Sua boca de caqui
Ruja
Como leão no buriti...
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06/04/2015 - Canteiros

Ando pelos canteiros do tempo
Pisando por entre folhas verdes
E terras afofadas pelas mãos
Entregues ao balé do vento
Vou por canteiros sem paredes
Em meio a uma sementeira
Que raia a terra inteira
Cheirando a manjericão,
Alfavaca, poejo, capim-santo,
Melissa, salsinha e salsão,
Arruda e corta-quebranto
Cebolinha, canela, alecrim,
Caminho pelo cominho,
Pelos cheiros e temperos
Impregnados em mim ...
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Cantiga

Uma trama
Algo no peito
Olhos ao longe...
Escrevo,
Escrevo
Para afastar a morte
Para aplaudir os mitos
Para desafiar as horas,
Escrevo
Em forma de canção,
Escrevo
Porque a minha escrita
É a escrita do coração
A escrita dos a sós
Que buscam
Negar o não
O não.
Escrevo para aliviar o corpo
Escrevo para me encher de letras
Que não são minhas
E que logo vão embora
Sozinhas,
Sozinhas...
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Cantiga do mato

Não sei onde vai dar essa sua estrada
Tudo é deserto, incerto, é nada
Deve haver algum lugar além desta caminhada
Onde caminha a minha fé
Eu vou andando, cantando, marchando a pé
Contido até onde você quiser
Sou teu boi, teu gado e tua boiada
Sou tua rés, tua vez, teu coro, teu mouro
Sou tua cruz, tua espada, teu rebanho, tua hibernada
Sou teu perfume, teu estrume
Pra me chamar basta aboiar
Fecho as minhas porteiras
Me alimento do capim ciúme...
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Cantilena

A cada dia, a felicidade parece mais distante (se é que ela ainda se mostra possível).
A cada dia, o amor parece encabeçar com mais votos, a lista dos extintos.
A cada dia, as preocupações aumentam.
A cada dia, os beijos flertados diminuem.
A cada dia, a alegria simples escorre pelos ralos.
A cada dia, as coisas sem importância ganham importância.
A cada dia, as dores de cabeça são mais fortes.
A cada dia, as músicas parecem ser tocadas mais longe.
A cada dia, as amantes impossíveis são mais impossíveis....
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15/12/2014 - Canto binário

O homem que é metade amor metade razão
Sabe muito bem que mais dia menos dia
Tais metades serão matemática sem explicação
Porque não se equilibra dois pratos realidade e fantasia
Sem que um deles venha fatalmente ao chão

O homem que é metade amor metade razão
Tem que rezar muito para que seu destino
Seja mais dia menos dia um copo de perdão
Porque a guerra entre o real e o imaginário
Entre o concreto e o lendário
Vai corroendo sua vida interior num canto binário ...
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