Daniel Campos

Poesias

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14/05/2016 - Campeando

Vou campeando
Quem sei onde está
Vou procurando
Quem tá pra lá de pra cá
Do meu coração.

Se eu puder achar
O amor do campo
Campearei até raiar
O sol no capim-santo
Curando a solidão.

Vou campeando
Quem partiu sem ir
Quem se foi assim
Não acreditando
Quem quis sumir
Sem crer no fim.


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06/06/2015 - Campo de paixão

Eu queria galinhas soltas pelo quintal
Que a vaca me desse bom dia na janela
Que o cão dormisse na soleira da porta
Enquanto o gato namorasse no telhado
Eu queria morar ao fim da estrada torta
Que as aranhas tecessem nosso enxoval
Que os porcos rolassem ao nosso lado
E as árvores fossem dos pássaros cabidelas
Eu queria sol e lua em pleno enlace
Que o canto dos bichos me acordasse
Junto com o cheiro do mato e do café
E correr para comer amor direto no pé...
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Campônio

Campônio
De um tempo afim
Laborando o sentimento em mim
Num andar interiorano
Suburbano de um tempo
Sem fim
Longe de casa
Triste ardor
Quebrada asa
Perdido no arrozal
Desconhecedor
Do bem e do mal
Cavaleiro da terra
Braço selvagem
Da lida
Sombreiro que descerra
O sol na descida
Do céu, do mar, da serra
Campônio de um amor camponês
Montado em seu burro xadrez
Vai arando destinos...
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16/06/2015 - Canários piratas

Eu bem-te-vi acordei
E assustei, pois me vi
No reino dos canários
Que como corsários
Cruzam os sete céus
Saqueando os ninhos,
Os cantos, os meles
Dos painços e alpistes
Voando sempre em riste
Levam até o amarelo
Do girassol no peito
Colorindo caminhos
Estralando sozinhos
Tais cordas de pinho
Ajeitando-se no ajeito
Voam, voam canários
Rompendo nossos dias
Pelos céus primários...
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Canaviais

Gemidos de facão
Escorrem com doçura
Sobre as mãos
Que sangram calejadas
O açúcar.
O açúcar
Nas calças rasgadas
Nos braços rabiscados pelas folhas
Nas camisas manchadas
Descosturadas e remendadas
De sangue...

O sol invade sem alarde
Chapéus de palha mal-traçada
Lenços coloridos em preto e branco
Que não projetem a alma
E desvirgina a pele
Que se atordoa e se auto-perdoa
No suor amargo e frio,...
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Canção da manhã

Canta o galo da manhã
No parto do dia
Tange o carro do sol
Pelo estradão
De uma lua de maçã
Apagam-se as velas da noite
E o sol dá cor aos sonhos
Que vão desabotoando a escuridão.

Canta o galo da manhã
Acorda a menina
Que tem boca de pitanga
E olhos de romã
Descalça e de vestido
Beija a poesia que não dormiu
E sai em cavalgada
Desbravando um destino bravio.

Canta o galo da manhã...
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15/11/2015 - Canção de carro

Roda de carro de boi
Vai girando e cantando
Oi, eoi, o meu amor
Por onde for
O carro cheio de rosa
Graúda e miúda
Vinda do campo
De todos os santos
Rosas e brancas
Amarelas e tantas
Rubras rosas caipiras
Liras de um tempo
Que sopra ao vento
As notas da canção
Do carro de boi
Que vai gemendo
Que vai morrendo
Oi, eoi, pelo estradão


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Canção do tormento

Por favor, me entenda
Leva longe a sua dor
Conversa com ela
Ou a jogue pela janela.
Por favor, me atenda
Os pedidos
Que já se vão
Feito refrão
Subentendido
Nos gestos
Que detesto.
Se for menos doído
Grite num grunhido
Que eu não presto...
Mas me tira as rimas
Mas me tira os versos
Não me coloque acima
Do que eu lhe peço.

Mas por favor,
Não se adoeça
Por favor......
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Canção do vento

Ah! Se eu pudesse cantar
Como canta o vento, o vento
Ah! Se eu pudesse cantar
Como canta o vento da madrugada
Faria ah tantas serenatas
A uma amada namorada.

Pena que o nostálgico vento
Da madrugada e a namorada
São só lamento, lamento
Nos redemoinhos
Do esquecimento
Que vem, vem pelo caminho.

Ah! Se eu pudesse cantar
Como canta o vento, o vento
Faria ah dançar a rosa
Da roseira mais formosa
E em um desalento...
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Canção incompleta


Eu
Você
O mundo
A girar
A rodar
A dançar
Na ponta de uma agulha
Nas voltas de um vinil
Numa canção
Que o tempo
Começou a assobiar
E não terminou de compor
Por preguiça
Ou por pura malícia.

Ah! Canção incompleta
As notas pedem outras notas
As palavras pedem outras palavras
E eu peço
Apenas
Um pouco mais
Do que não me despeço...


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