Daniel Campos

Poesias

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Encontrados 2480 textos. Exibindo página 21 de 248.

14/05/2015 - Aquela mulher

Pula em minhas costas
Morde meus ouvidos
Oferece-se em postas
Faz o novo do antigo

Solta os seus instintos
Leva-me por labirintos
Desnuda suas curvas
Faça sol, faça chuva

Deita-me em suas ramas
Abra as minhas cancelas
Vem me roça, coça, rela
Infernal ou divida dama


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Aqui estou

Aqui estou
Neste pedaço de papel
Exposto
Sob todos os riscos
Por vontade própria
Entregue de corpo e pensamento
Aqui estou.

Aqui estou
Como um testamento vivo
Disposto
De forma plena
Povoado de poesia
Crente das crenças que falam de amor
Aqui estou.

Aqui estou
No enfrentamento das frentes
Sem caminhos para voltar
Em sinal de paz
Com as mãos amarradas em forma de prece ...
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16/05/2016 - Aqui, ali, Cauby

E então
Cauby abriu a boca
E cantou
E tudo se iluminou
A noite endoideceu
E louca
Desceu
Ao palco de Cauby.

E então
O homem se fez mito
E sua voz
Rodou o mundo
E tudo se fez bonito
No mais profundo
Eu a sós
No amor de Cauby.

E então
De uma voz forte
Oblíqua, rica
De um coração
À beira do abismo
Veio o intimismo
Que além-morte fica ...
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Armação

E se for tudo mentira
O barco
A flor
A lira
Do cantor?
E se pior
For tudo armação
O arco
A dor
O perdão
Do pecador?
E se ainda
For tudo bobagem
O que será de mim
Filho da tua miragem?


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Arqueira

Tomba os olhos
Em uma tromba
De concentração
E nessa envergadura
Sinta-se presa
No desabrochar
De um casulo
Entre a borboleta
E a camponesa
Que em si
Que carrega.

Não importa
Se o alvo está encoberto
Ou se um vento forte
Embaralhe suas retinas
Sue sentimentos
Pelas linhas das mãos
E energize
De poesia de arqueria
Cada ponto do arco
E da flecha
De fogo, de ponta, de tinta...
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Arrevoada

Voa
Num pé de vento
Num sentimento
Que arrevoa
Para passar
O inverno
No sul
A espera da menina
Que ainda anda
Longe e tão longe
De nascer,
Mas voa
Ao primeiro alvorecer
Com asas
De colibri
De bem te vi
De paturi
E pousa
Nas mãos do adeus
Como um louva-deus,
E não o bastante
Voa
E sobrevoa
Um telhado
De telha
Cor-de-rosa-de-cor...
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Arritmia

A mulher amada faz-se perto
Como se chegasse com o vento
Úmido e secreto
De uma nova fase da lua
A mulher amada é o melhor remédio
Aquele que cura qualquer doença
Seja física ou espiritual.

A mulher amada sorri
E antes do fim do sorriso
Chora
E antes do fim do choro
Sorri
A mulher amada brinca
E fala sério
A ponto de nos deixar com um medo
Que ainda não se explica.

Com naturalidade...
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17/05/2016 - Árvore de poesia

Podem tirar-me do chão
Cortar minhas raízes
Serrar o meu tronco
Tombar-me no riachão

Podem abortar meus frutos
Estraçalhar minhas flores
Esconder minhas sementes
Transformar-me em pó

Eu continuarei
Dia após dia
Sendo o que sou
Árvore de poesia

Minhas raízes bailam no ar
Meu tronco é imaterial
Minhas folhas são sonhos
Meu fruto é o verso

Preste atenção, meu bem...
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Comentários (1)

04/01/2015 - Arvoredo

Deita seu corpo em meu leito
Toma minha cama, diz que ama
Até perder a noção dos limites
Aceita meu convite imperfeito
Confessando suas tragédias
Consultando minhas enciclopédias
Sobre amor e mais o que for
Deita seu corpo em meu leito
Com todo respeito e pudor
Não me conte seus segredos
Mas me entregue seus medos
Abandona chão, teto, paredes
Dependurando suas redes
Pelos meus arvoredos


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As águas da mulher amada

Um rio sagrado
Eis como deve ser quisto o corpo da mulher amada
Um lugar sacro
Onde se banha para purificar
Os cernes da alma...
Quantos os círculos de medo
E de amor e de esperança
E de fantasia
Compondo o íntimo da mulher amada...
Quantas as magias correntes
Nas águas de carne
Da mulher que de quão doce
Brinca ao lado de botos
Cor-de-rosa...
São águas revoltas
São águas remotas
São águas místicas...
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