Daniel Campos

Poesias

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Encontrados 2480 textos. Exibindo página 171 de 248.

Inamorato

Talvez teu passado reme em veneza
Um coliseu que agradeceu e sofreu
Por ganhar-te vida na ardua certeza
De amar uma alma que não lá nasceu.

Ah! Cruzaste um vasto mare de lacrima
Para desaguar em teus rossos labbros
Qui, falecia em solitária lastima
Guià, és o que ostento de mais caro.

Venerando a lua da boemia terrazza
Louvo e canto os versos sem pianto
Cultuando a minha bela ragazza
Ao encanto que me asperges tanto....
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Incógnita

O amor
Não pode ser
Uma fogueira
De adrenalina,
Uma poeira
Messalina
Que some
Sem querer
No corpo
De alguém
Ou no céu
De ninguém...
Não,
Não pode ser
Que para amar
É preciso ceder
À tentação
De iludir
Enganar
E arrefecer
O próprio coração.


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Incompreendida arte

A arte de não saber
De ser o que não se é
De nascer em qualquer destino
De conhecer tantos segredos
De merecer o choro esquivo
De amanhecer em outras mãos
De se auto-conhecer no alheio
De perder a consciência
De se arrepender sem motivos
De vender os sonhos a alguém
De ler noites na espera do nada
De prometer sem nunca cumprir
De sofrer no remanso da felicidade
De morrer em um pedido
De predizer tantos dizeres
É uma arte sem valor...
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Inédita

Inédita
Uma poesia inédita
Uma magia inédita
Uma alforria inédita
A lua e o sexo
É o que sou
E sou o teu verso
Mais inédito de ser
Sou a tua inédita ruptura
Sou a tua inédita boca
Sou a tua inédita procura
E de inédita
Durei-te tão pouca
Sou tua rima
Verdadeiramente inédita
Sou tua prima
Virginalmente
Teatralmente
Desenfreadamente inédita
Como a profecia de uma cigana...
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Infinito

Por você
Mudaria os caminhos do mundo
Desafiaria o destino
E convenceria o dia
A amanhecer um pouco depois.

Por você
Faria a primavera chegar mais cedo
Acreditaria no que quer que fosse
Escreveria um livro por dia
E a cada instante faria o amor
Se procriar.

Por você
Deixaria meu último desejo morrer
E passaria a viver das vontades suas.

Por você
Criaria um sonho umbilical
Para que nossa vida não corresse riscos....
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Inquietude

Que livro lê?
Que filme vê?
Que poeta crê?
Que sonho sê?

Lê e se lê
Nessas linhas que embaralham seu destino
No desatino
Do tarô
De um falso amor.

Vê e se vê
Nesses olhares que cruzam seus romances
Em nuances
De um cinema
Que não rima, rema.

Crê e se crê
No que diziam e bendiziam os poetas
Nas indiscretas
Versas
Que ainda se dispersa.

Se e só sê...
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Inquisição

Queimem os contos de fada!
O final feliz não existe!
E agora?
Como hei de ser pai
Se eu não vou poder dizer:
E foram felizes para sempre.


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Insônia

Porque eu não durmo mais
Passei a ver os chuviscos da televisão
A tomar tranqüilizantes
E a contar histórias para mim...

Porque eu não durmo mais
Desfiz-me da cama
Ouço sempre o mesmo disco
E quebrei a luz do quarto...

Porque eu não durmo mais
Faço passeios noturnos
Compro ramas de hortelã
E mudo relógios de lugar...

Porque eu não durmo mais
Não aceito desejos de boa-noite
Doei meus pijamas
E tentei lhe trocar por uma estrela......
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Interrogação

Quem sou eu senão uma interrogação?
Por que vivo entre a emoção e a razão?
Olho-me ao espelho, por que sê-lo?
Poeta? Só se for da tristeza
Andarilho? Talvez da incerteza
O amor em dor, por que tê-lo?
E um dia, far-me-ei morte
Já que não me quisera em vida...

O meu verso jamais foi forte
Para acorrentar a despedida
Coração tolo, vagabundo
Pensava criança abraçar o mundo
Olha agora o teu passado
Chora, ora, implora...
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Inventor de histórias

Compositor
De dor em dor
Vai vivendo a sua obra
Nascendo e morrendo
Em sonhos de lá
Em sonhos de si
Em sonhos de dó.
O violão
Uma canção
Nada importa
Sem a presença
De outros lábios
Que o alimentem
De inspiração
Lábios molhados de uísque
Ou de uma aguardente qualquer.
As mãos amarguradas
Desprezadas
Empunham o lápis
Como quem declara a morte
Num resto de papel.
Um olhar para a lua...
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