Daniel Campos

Poesias

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Encontrados 2480 textos. Exibindo página 137 de 248.

Beijo em parto

Antes das nossas bocas
Se cassarem
Eu não era nascido

Antes das nossas águas loucas
Se tocarem
Eu era um bandido
Um ladrão que vivia
E fingia
Sua própria poesia

Antes do seu beijo
As aves cantavam roucas
As estrelas eram tão poucas
E as histórias eram tão ocas
E a vida
Não vivia em mim
E o sorriso
Não sorria em mim
E o paraíso
Só fugia de mim

No teu beijo...
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Bela de Drummond

Bela de Drummond
Menina bem-te-vi, bem-te-viu
Será que sua beleza escapuliu
Da delicadeza do poeta,
De uma antologia secreta
Feita de carne e batom...

Tant Belle
Belle de Drummond
Copacabana, Paris, Saigon
Olhos coloridos de crepom
Lèvres des bonbons
Il me fait mourir d'aimer...

Flor de néon
Poesia que faz ronrom,
Belle de Drummond
Le chant d'amour,
Le ballet des coeurs...
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Bela e triste

Na mulher amada
A tristeza transcende a si mesma
Num gesto uníssono
E gritante.
Mas a tristeza existente
Em seus olhos e em seus passos
Não é triste
Porque é
Ou como expressa nos dicionários,
A tristeza na mulher amada
Assume outro significado
Surgindo como complemento da beleza
Que compõe a sua feminilidade
Extrema.
Nesse jogo de tristeza e beleza,
A mulher amada
Reveste-se de sacralidade...
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Bem-te-vi

Um bem-te-vi me avisou
Que te viu, que te viu
Será que te viu nas ruas
Pensando em mim?
Será que te viu nua
Fugindo de mim?

Na esguia quaresmeira
Afobado, que te viu
Cantava, que te viu
Inspirado em ti
Bela como nunca a viu
Bem-te-viu, bem-te-vi.

Insatisfeito voou
Cantarolando que te viu
E se perdeu nas brumas
Pálidas lá do rio
Viu-te entre espumas
Bem-te-vi, bem-te-viu.

De repente voltou...
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Bem-vinda

É linda
A bailarina
Vinda
Em cata-ventos,
Bem-vinda
A cada momento.

É linda
A bailarina
Que finda
O ardume
E se brinda
Ao ciúme.

É linda
A bailarina
Que ainda
Disfarça
E se esgarça.

É linda
A bailarina
Que ainda
De pirraça
Faz-se graça.


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Benção amor

Amanheceu
E o dia já cedeu
À tentação
De um coração
Ainda mal amanhecido.
Entontecido,
O dia se entregou
A quem lhe confessou
Que a paixão
Não se acabou
E nem se acabará
Benção amor, saravá...

Amanheceu
E o sol
O dia levou pra lá
E o só
O dia levou pra lá
E o lençol
O dia levou pra lá
E a dó
O dia levou pra lá
E o rouxinol
O dia levou pra lá...
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Benção, glória, saravá!

Ai, arranca de mim
Essas flechas...
Ai, tira de mim esse ardor
Que me fere
A cerne
Da dor...
Ai, afasta de mim
O último cupido
Que ainda é tido
Como crente de amor...
Ah! São Sebastião
Do Corcovado
De Ipanema
Da Candelária
Leva de mim
Essas flechas
E fecha meu corpo
Aos que batem em minha porta
Querendo o amor
O amor que me há...
Ah! Meu pai, Oxóssi
Ah! Minha mãe, Oxum Apará...
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Bendicta

Bendicta mulher
Que traz a poesia não dita
Apenas sentida
Quente e nua
Em teu colo.
Mulher maldita
Pelos demônios vermelhos
Mulher que gira
Sol terra e lua
No movimento em lira
De seus cabelos.
Mulher de tantos apelos
Mulher de poucos apegos
Mulher bendicta fruta
Madura aos pés do pecado
Colhida no quinto eclipse
Do jardim do apocalipse.
Quantos os cavaleiros
Bestas feras...
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Berradeiro

Por que
Insiste em me olhar assim
Com esse sorriso:
Sorriso eterno e farto
Sorriso que contagia e chama.
Por quê?
Por que o sorriso no olhar?
Por quê?
Se em face aos meus
Os seus
Olhos
São livros não lidos
São pedaços de sentimentos
São sorrisos mal-acabados.
Por quê?
Será que finge o sorriso...
Será que o encanto é falso...
Será que é mesma você...
Por quê?
Por que será?
Por quê?...
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Comentários (1)

Bicho da seda

As suas mãos
Ainda demarcam a minha camisa
Está onde os botões
Não querem se abrir
Para não deixar escapar
O tempo que embora curto
Foi infinito,
Que embora triste
Foi de uma beleza difícil de entender.
As suas mãos
Ainda marcam o tecido
E a minha pele
De tal modo
Que diante da camisa em cabide
Pareço nu,
De tantas que foram as suas mãos
Sempre intensas
E propensas a longos abraços...
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