Daniel Campos

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Bicho da seda

As suas mãos
Ainda demarcam a minha camisa
Está onde os botões
Não querem se abrir
Para não deixar escapar
O tempo que embora curto
Foi infinito,
Que embora triste
Foi de uma beleza difícil de entender.
As suas mãos
Ainda marcam o tecido
E a minha pele
De tal modo
Que diante da camisa em cabide
Pareço nu,
De tantas que foram as suas mãos
Sempre intensas
E propensas a longos abraços
E mais longos percalços
Hei de ter as suas digitais
Como uma segunda pele.


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