Daniel Campos

Poesias

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Encontrados 2480 textos. Exibindo página 136 de 248.

Balada dos aindas

Eu te quero ainda
Muito mais ainda
Do que já te espero
Ainda bem-vinda.
Minha noite se finda
E eu ainda não vou
Eu fico feito caminho
Que ainda não caminhou.
E ainda me desespero
E ainda mal me quero
Mais ainda mais
Do que o teu bolero
De perjuras.
Ai minha linda
O tempo nos fugiu
Das mãos
E as nossas juras
Foram roubadas
Pelos ladrões
De aindas.


Ainda...

...
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Balé de outono

Folhas.
Folhas verdes, amarelas, vermelhas.
Folhas brancas.
Folhas de canela.
Folhas soltas.
Folhas de flor e de espinho.
Folhas alucinógenas e de alucinações.
Folhas guardadas.
Folhas virgens.
Folhas manchadas.
Folhas pautadas.
Folhas de um trevo, que pode ser da sorte ou do azar.
Folhas de zinco.
Folhas de ilusões.
Folhas do tempo.
A mulher vestida de folhas.
Em cada folha, um beijo, um desejo, uma esperança. ...
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Barquinhos

Hoje eu saí de mim
Voei alguns metros
Dei dois rodopios na calçada
E cai
Feito um sonho sem asas
E ali
Entre os barquinhos de papel
Que vagavam pela enxurrada
E os saltos
Que não eram de seus pés
Fiquei esperando você
Vir me pegar
E me soprar
Só pra me devolver para mim.


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Basta querer

Basta querer
Estou aqui
Bem aqui
E só aqui
Basta querer
Meu telefone é o mesmo
A minha caixa postal é a mesma
A minha espera é a mesma
Basta querer
Minha vida é mais vazia
Minha saudade é mais presente
Meu amor é mais amor
Basta querer
Estou aqui
Bem aqui
E só aqui
Basta querer.


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Batida

O amor eterno
Eu e você
Mais nada não
Dadas às mãos
Namorando por ai
Dizendo o que se quer ouvir
Amando pelo prazer de amar
Num sonho que não pode acabar,
Eu vivendo por você, você por mim
E vamos assim
Caminhando pela vida afora
Sem ter hora
Pra dizer eu te amo
Te amo te amo.

Cada um tem seu jeito de amar
Uns choram, uns sorriem
Mas no final o ideal é se gostar
Além de tudo.
Eu e você...
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Bêbados de alguma coisa

Os homens que à noite se equilibram como bêbados
Não o são, porque bêbados não procuram luas
Bêbados se deitam nas calçadas longe das noites...
Os homens que à noite se confundem com bêbados
Na verdade, querem ir além das luas
São os que não se contentam com o fim do dia
Continuam além desse e fazem dois, três, quatro dias
Em uma só noite, intensa e breve...
Os homens que à noite se amam como bêbados
Vivem sem notar que não são mais do que homens...
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Beco

Ir
Para não voltar
Para não lembrar
Do que deixei
Do que me ausentei.

Ir
Pelo prazer
De não poder
Olhar para trás
E dizer
Tanto tempo faz.

O desejo de ir
Ir além de lá
De estar pra lá
De lá
É maior
Que a minha construção
Por aqui
É maior que o perdão
Que vivi.

Agora
É hora
De voltar
Para não voltar
Lá onde a vida é vivida
Onde a dor é esquecida...
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Begônias

Ela tinha ares de felicidade
Mas uma felicidade tímida
Não que fosse menor
Era apenas uma felicidade escondida.
Não sei por qual medo a escondia
Ela existia e isso era incontestável.
Podia senti-la longe, no seu olhar distante.
Podia senti-la perto, nos seus lábios guardados.
Seja como fosse, a felicidade acontecia
Por mais que negasse, escondesse, ela existia.
Talvez medo de perdê-la
Talvez a trancafiasse desde sempre
Talvez medo de algum trauma não acontecido...
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Beija-lilás

Detrás
Do nevoeiro
Se esconde
O beija-lilás
A fruta do conde
E o celeiro
De quem amou
Amou demais.

São frases rasgadas
São esperas atordoadas
São promessas alongadas
São vidas tomadas
De outro alguém.

Vai, meu coração
Veleiro
Dos mares do sul.

Ai, meu coração
Prisioneiro
Do tubarão azul.


Comentários (1)

Beijo abaixo

Aquieta teu impulso de fugir mundo afora
E deixa este poeta navegar
Pelo teu olhar que já não chora
Solidão
Ah! Vem, me dê a mão
Vamos
Nos calar
Num desejo baixo
Num beijo abaixo
Num contrabaixo
De paixão e querer
E esquecer
Essa doutrina de submissão
Que só faz nos envolver.


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