Daniel Campos

Poesias

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Encontrados 2480 textos. Exibindo página 127 de 248.

A mulher que leva um chocolate

A mulher que leva um chocolate em suas mãos
Leva um segredo, leva um mistério, leva um destino que nem ela conhece.
É como se o impossível deixasse de existir
Nas mãos que ganham movimentos exatos, lentos, abstratos
Ao despir o chocolate com a delicadeza de uma assassina.
Mansa e solitariamente,
O silêncio percorre as mãos e se alastra por todo o corpo
Da mulher que leva um chocolate em seus olhos.
Olhares de carinho e pecado
Trocados feito amor que já não existe....
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A mulher que me habita

Eu não sei,
Não sei o que me habita,
O que me arde por dentro,
O que me consome,
Só sei que teu nome
É chama
Que chama todo meu sentimento.

Eu não sei,
Não sei o que me habita
O que me ata e desata
O que me provoca e sufoca
O que me entontece e enlouquece
Só sei que não existo longe
E tão longe de você.

Eu não sei,
Não sei o que me habita
E me leva a caminhar
Nas linhas das tuas mãos, ...
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A mulher que não passa

Ah! Por onde passam os passos da mulher que não passa
Passam-se os dias, as semanas, as estações do ano
Em equinócios e solstícios,
Mas a mulher que me habita não passa...
A cada instante aumenta o ardume
Provocado pela poesia que não passa
A falta dessa mulher causa dores nas costas,
Insônia e marcas por todo o corpo,
Além de doses homeopáticas de ciúme...
Que mulher é essa que some no silêncio
Tão logo se arremessa na noite fria...
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A mulher que não se sabe

Nada é pior do que não se saber a mulher amada.
Se você a vê, ao menos de longe, sabe que ela existe.
No entanto, se ela surge só em pensamentos, eis o perigo:
A linha entre saudade e loucura é fina demais,
Ela pode estar em um penhasco ou em um apartamento
Que não nos traz nenhum sentido.

A distância talvez seja a maior das traições
Ainda mais quando ela não deixa caminhos...
E assim se faz a mulher que não se sabe
Distante e presente, ao mesmo tempo,...
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A rosa e o cravo

Corto os pulsos
Tusso
Um amor comprido

Ardo-te em maleita
Entro na tua seita
E faço-te meu comprimido

Pulo muro
Rolo do telhado
Esqueço meu passado

Furo
O teu peito
Com minha lança
Deito no teu parapeito
E sonho feito criança

Sou o teu mal
Teu juízo final
Sou teu confete
O teu grito de carnaval

Sou a gilete
Que fere e lhe depila...
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A rosa e o linho

Vem
Deixa eu me esconder
Em teus pelos
Vem e ouve
Ouve meus apelos
Deixa eu te fazer
De escravo
Mostra-me tuas costas
Que eu cravo
Minhas unhas
Nas postas
Das suas asas
Ah! Deixa-me mergulhar
Nas casas
Dos botões
Da tua camisa
E me vestir no seu suor
Vamos, saia pela brisa
Como vento solto
E me deixe
Caçar-te
Com meus arpões
Vem ser mais uma marca...
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A senhora e o anjo

Senhora
Senhora soberana
Suburbana
Deste mundo vil
O anjo
A proclama
Senhora de anil

Sobre teu véu
Escorre o céu
Sobre teu manto
Morre o pranto
De que já
Sofreu
E de quem há
De chorar
Um sonho teu


Senhora
Senhora altíssima
Meritíssima
Desta santa ceia
O anjo
A nomeia
Belíssima

Reina no jardim dos bem-te-vis...
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A tua lei

Sob a tua lei
Vou
Vou
Voltarei
Sempre que eu for
Em flor
Dizer que a amei
Eu vou
Eu vou
Eu voltarei
Sempre que eu vier
E amor lhe trouxer
Eu hei de propor
Eu vou
Eu vou
Eu voltarei
Mesmo com dor
E anunciarei
Que eu vou
Eu vou
Eu voltarei
Como que não sei
Onde estarei
E o que sou
Mas eu vou
Mas eu vou
Mas eu voltarei
A me achar...
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A última ceia

A relação entre o ser que ama e a criatura amada
Deve ser de antropofagia
Intensa
Ou, na língua, mais popular
De um canibalismo
Explícito.

Quem ama
Há de se alimentar da alma
E da carne da pessoa amada
Como em um ritual religioso
Em seu ponto máximo
De prazer, há de se comer
A parte abstrata do ser amado
Como sonhos, desejos e ilusões
Além do sangue das partes mais secretas.

Que o único talher utilizado...
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Abajur

Quando a noite chegar
E me cobrir de silêncios
Acenderei o abajur
E a luz da noite
Escorrerá negra
Sobre a lâmpada
Da cabeceira
Da cama.

Sob essa luz
Lerei minhas saudades
Em beijos não dados
Em juras desentendidas
Em olhares calados
E nas mãos incompreendidas
Lerei os versos do tempo.


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