Daniel Campos

Poesias

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Encontrados 2480 textos. Exibindo página 129 de 248.

Agüenta

Agüenta
Mas agüenta forte
Os cavaleiros do tempo
Já estão fechando os portões
Que dão pro templo
Da morte
Agüenta
Finca as unhas no colchão
Rasga os lençóis da cama
Enfrenta a tentação
Da morte que se passa por dama
Mas é mais um a cair na cama
Dos sem sorte
Agüenta, agüenta a morte
E apaga, apaga a chama
Da vela que já te acenderam
Agüenta enfrenta e chama
Pelo deus
Da luz e do breu...
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Ah mar

Se eu sonho demais
É porque ela me faz
Assim
Eu não tenho hora
Pra chamar a fantasia
Até mim
O meu amanhã é agora
E tudo mais é poesia
E fim.

Ah! Dê-me a mão
Vamos voar
É só tirar os pés do chão
E subir, e subir e subir
E para não cair
É só não acordar
Do sonho
Que eu lhe proponho
Ah mar.

Ah! Dê-me a mão
Esqueça
O que vão pensar
E vamos pela cidade
Para qualquer lugar...
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Ai, olha o céu

Pela falta de abraço
Pela falta de adeus
Pela sobra do laço
Que me envolve
Nos teus
Sonhos
Eu, eu lhe proponho
Que olhe o céu
Ai, olha o arranha-céu
Da saudade
Ai, olha o céu
Vergando um botão vermelho
Refletindo de norte a sul
A cidade
Da minha solidão
No espelho
Da tua mais doce ilusão.

Ai, olha o céu
Chora a falta de uma nuvem
E deixa ao léu
As palavras que se quer esquecer...
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Ainda é cedo

Ainda é cedo
As marcas ainda ardem
Os gritos ainda murmuram
Por mais que se queira
O contrário,
Ainda é cedo
O sono ainda não é inteiro
Os lugares ainda são habitados
Ainda é uma questão de costume
E ainda é cedo
Para tentar conjugar
A primeira pessoa
De o verbo esquecer,
Ainda é cedo
E sempre vai ser cedo
Pra eu ceder
Ao tempo
Que rege o sentimento
Do não querer.


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Ainda em pranto

Ainda em pranto,
Você irá se olhar
E, então, se chamar
Como um dia o fiz
Sem conseguir resposta
Alguma.

Ainda em pranto,
Você irá apelar
Você irá suplicar
Para que eu sente ao seu lado
E segure a sua mão
E ampare suas lágrimas
E tente lhe ensinar
O que ainda não aprendi.
Não aprendi lhe esquecer.

Dias
Semanas
Anos
Tentando lhe esquecer
E agora
Depois
De tudo...
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Al khazneh

Entre um mar morto
E um golfo sagrado
Nasce a cidade de pedra
Esculpida nos rochedos
Do desfiladeiro rosado

Na câmara do tesouro
A mulher amada
Toma a forma
De deusa da fertilidade
Ao lado de cabeças de medusa
E amazonas destemidas
Só se alcança petra
Por um caminho
De degraus estreitos
Picado no desfiladeiro
Pelos dentes do tempo

Quantas os cavaleiros
Que em cruzadas...
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Alarde

Será que me esqueceu?
Será que não se lembra
Quem sou eu?
Será que foi tão fácil
Assim
Você se separar de mim?
Será que só quem amou fui eu?
Será que você me perdeu
Do seu pensamento?
Será que você deixou ao vento?
O que será que foi feito
Com todo sentimento
Com todo eu e você?
Será que teve um porquê?
Será que foi feita ou desfeita?
Quais são as suas lembranças
De mim?
Se é que ainda me lembra......
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Álbum

Lembra dos antúrios vermelhos?
Lembra da valsa que não sabia?
Lembra dos vestidos anoitecidos?
Lembra da chuva
Que não era para vir
E sem resistir
Não se lembrou
Dos seus pedidos?

Lembra dos coqueiros?
Lembra dos juramentos?
Lembra do nervosismo?
Lembra dos braços
Que ainda estão em seus abraços
E sem convites
Não se lembraram
De esquecer?

Lembra dos preparativos?
Lembra de como era distante?...
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Além das imagens

Espelho
Quem te contou
Quem te cantou
Quem te mostrou
Os meus olhos
Cansados
Calados
Mal-amados.

Espelho
Que de tanto me olhar
Que de tanto me procurar
Que de tanto me chamar
Roubou
As luas
As ruas
As coisas tuas.

Espelho
Olhos de vidro
Tempo de anidro.


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Algas marinhas

Amar
Olhos de tanto mar
Mar de tanto adeus
Adeus de tanto olhar
Gostar e se dar
Amar
Tanto faz
Um sonho se vai
Uma noite cai
A cada onda
Que se desfaz
E se refaz
No mar.


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