Daniel Campos

Poesias

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Encontrados 2480 textos. Exibindo página 128 de 248.

Aberta a temporada para esquecer

Esquece
Enquanto te lembro
De deixar de sofrer.
Esquece enquanto te deixo
Me deixar esquecer.
Esquece o que somos
Se nós o fomos
Algum dia.
Esquece o que disse
Sé é que escutou
Esquece o que leu
E o que pensou
Esquece.
Esquece
Enquanto morro
Nas lembranças que nunca quis morrer
Esquece
Porque já é tempo
De esquecer.


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Absoluto querer

Esconda as lágrimas que eu lhe deixei
Debaixo dos sete lençóis da cama
Faça de um sonho feliz a sua lei
Esquece o mundo lá fora e me ama

Esqueça os sentidos em fá gemidos
Aterradores, chama-me pirata
Assassino, bandido aos meus ouvidos
Me ama, me mata, mas nunca me falta

Deixa-me queimar em suas labaredas
Seja meu inferno, quebra meu decoro
Deixa-me andar a pé por tuas veredas

Seja fel, sorva mel, faça-me perder...
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Abusada

É abuso
Me fazer
Encarar
O fim
A cada dia.
É abuso
Dizer
Que é a parte
De mim
Chamada alegria.
É abuso
Querer
Que tudo
Enfim
Acabe em poesia.
É melhor
Desfazer
Desdizer
Desquerer
Enfim
O fim
De mim.


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Acabado

Acabou...
É inútil dizer
Mas acabou.
Elas me doparam
Elas me enganaram
Elas me levaram
E quando acordei
Eu só sabia
Que amei
E que acabou.
E eu não pude nada,
Acabou...
Até o choro
Ficou velho,
Até o grito
Perdeu o sentido
Porque acabou...
Ou melhor
Ou pior,
Acabaram
Por mim.


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Acácias

A rua escura tem mais luz do que aparenta
Nas bocas das pessoas que não sabem o que dizer
A rua escura tem a noite que adentra
Andando, andando, andando sem saber
A rua escura pode ser
As mãos que não se encontram
Os olhos que não se encontram
As bocas que não se encontram
Na forma clara, clara, clara
Que não tem cara
A rua pode ser um vão
Uma curva, uma esquina
Um mar, um chapadão
Algo além dessa messalina escuridão
A rua escura pode ser o não...
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Açoite

Entre lagos
Árvores e pedras
Ela se contorce
E se esconde.
Os cães
Alguma conversa
A grama fresca
Um silêncio inquieto
A constante ansiedade
Um tiro ao longe
E suas roupas
Nos galhos dependurados.
Aflições
Passos e mais passos
O desejo de não voltar
Poucas lágrimas
Seus soluços entardecendo
Seus cabelos molhados
A água nas costas nuas
O desespero previsto
E goles secos de angústia....
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Açúcar

A mulher amada
É abelha que se afoga no mel
É cana moída
É flor de cacharrel...
A mulher amada é doce
E deve ser tomada a colheradas
Refinada, a mulher amada
É o chocolate
E o chantilly dos contos de fada...
A mulher amada
Tem uma alegria de cristal
Um amor mascavo
E uma lágrima sem sal...
A mulher amada
Ora se faz sutil
Como gota de adoçante
Ora escorre abundante
Como calda de açúcar queimado......
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Affair

Quanto de éter
Quanto de urânio
Há no beijo da mulher vulcânica?
Será que veste
Seus lábios de suéter
Ou se reveste
Entre a sede balsâmica
E a fome de titânio?
Quantas camadas
Terá a armadura
Que leva bocas pela estrada
Em flertes de caminhadura?
Será que tem uma plantação
De perfume
De estrelas em seus lábios
Ou será que os astrolábios
Se curvam e ainda turvam
Quando avistam o cume do ciúme...
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Agarta

Tu que nasceu do caos, do sopro no barro e da costela de um adão que andava nu
Ah! Tu que é filha de uma explosão nucelar, da divisão do átomo indivisível da paixão,
Diga-me o que há depois desse teu olhar tão cru.
Tu que surgiu de um enlace angelical, de um capricho divino, de uma onda gravitacional, me diga o teu beijo astral.
Tu que é a fecundação do pólen de estrela, brilho de cometa, lava e mar,
Diga-me o teu reino, o teu reino, agarta.
Tu, mulher capital, Shambalah, vasto império escondido nas profundezas...
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Agnóstico

Amar é coisa dos sem deuses
Amar é criar deuses
Cultuar a pessoa amada de tal forma
E se preciso for colocá-la num altar
Sem medir ou poupar esforços.
Um altar que não seja símbolo de sagrado
Mas de sacrilégios.
Um altar onde não se roga orações prontas
Mas palavras de momento
Um altar onde se canta e se chora
Diante de uma imagem
Que lhe acolhe nos braços,
Braços que são lembranças
Braços que são promessas...
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