Daniel Campos

Prosas

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20/12/2011 - Luislinda Desembargadora

Saravá desembargadora Luislinda Valois, saravá! Luislinda da Luz, saravá! Luislinda Dias melhores, saravá! Luislinda de todos os Santos, saravá! Depois de anos e anos de preconceito, de perseguição, de guerra, a justiça foi feita. Feita como filha de santo, da cabeça aos pés. Kao Kabiesilê! Salve Xangô! Eu, cavaleiro verde, que acompanhei de perto muitas vezes as chibatadas do racismo, do desrespeito e da diferenciação que estalaram sobre essa baiana, lavo, com essa nomeação, as escadarias da minh’alma em águas salgadas para acabar de vez com todo mau-agouro. O doyá Iemanjá! Carrega todo esse período de tristeza pro fundo do mar. Começa uma nova época. A riqueza tão sonhada finalmente chegou para um povo cansado de sofrer. Arroboboi Oxumarê!...
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13/01/2012 - Luislinda, a incansável

Toda rainha um dia será coroada. E hoje é o dia da coroação de uma rainha negra que doou sua vida à construção da justiça. Xangô de saias. Mulher forte, firme, determinada. Mulher que mudou a forma de se fazer justiça no país das injustiças. Depois de tantas chibatadas, Luislinda será coroada. As mãos de brancos e negros, de amarelos e vermelhos, hoje se unem numa salva de aplausos à desembargadora filha de Iansã. Eparrei Luislinda!

Simbolicamente, será coroada pelas mãos de duas mulheres igualmente guerreiras, a corregedora nacional do Conselho Nacional de Justiça, Eliana Calmon, e a ministra da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial, Luiza Bairros. As iabás estão em festa. Luislinda Dias Valois dos Santos chegou lá. E com ela chegaram milhares de rostos, de sonhos, de projetos, de sentimentos de justiça. Parodiando Caetano, Luislinda é do povo assim como o povo é de Luislinda. ...
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Lula, roberto carlos e ofélia

Por que a vida tem essa cara séria, emburrada? Onde está a magia? Será que ela foi embora? Quando pequenos, ouvíamos aquelas histórias, aquele mundo de faz-de-conta que com o passar dos anos perde força. Não que se queira viver no cenário dos três porquinhos, mas será que a magia é restrita às crianças? E os adultos? Os adultos sufocam essa magia dentro de si à medida que as responsabilidades pesam, mais e mais, em seus ombros. A magia adulta é quase uma coisa marginal, proibida, descabida. Ela se concentra no amor, mas viver de amor, nos dias de hoje, é quase impossível. O mundo mágico da infância só volta na velhice e, infelizmente, de forma inconsciente, através de alguma esclerose. ...
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01/03/2008 - Lulinha paz e amor?

Se é que um dia existiu, a versão Lulinha paz e amor, sonhada por Duda Mendonça, acabou. Ao menos, foi isto que se comprovou na última semana. De palanque em palanque, de cidade em cidade, de discurso em discurso, Lula desceu o braço verbal na oposição e até no ministro do Supremo Tribunal Federal Marco Aurélio Mello.

O que mexeu tanto com os brios de Lula foram às críticas ao programa Territórios da Cidadania. Lula não aceita que digam que o programa é eleitoreiro. Mesmo tendo a consciência de que ele foi lançado em ano de eleição e que investirá 11 bilhões de reais em projetos sociais não podemos dizer nada. Veja só, o ministro do Supremo foi comentar que o programa poderia ter um caráter eleitoral e Lula esbravejou: "Seria tão bom se o Judiciário metesse o nariz apenas nas coisas dele"....
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23/08/2013 - Luminosidade

Se Iemanjá lhe chamar para o mar, mareie. Se Oxóssi lhe chamar para a mata, verdeje. Se Oxum lhe chamar para as águas, cachoeire. Se Xangô lhe chamar para ser seu machado, faça justiça. Se Preto-Velho lhe chamar para prosear, silencie e agradeça.

Se Nanã lhe chamar para o fundo dos rios, enlameie. Se Oxumarê lhe chamar para caminhar, serpenteie. Se Oba lhe chamar para combater, guerreie. Se Exu lhe chamar para qualquer coisa, respeite seu chamado. Se Oxalá lhe chamar para criar, criado seja. ...
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14/04/2010 - Luto oficial de três dias

A morte de alguém famoso ou uma tragédia coletiva são fatos que levam à administração pública decretar luto oficial por alguns dias. Na maior parte das vezes, três. As bandeiras hasteadas a meio mastro indicam esse estado de pesar. Mas no que isso diminui a dor da perda? Para além do sinal de respeito e tristeza pelo acontecido, o luto oficial deveria levar a atitudes diferentes. Algo que possa ultrapassar o caráter de homenagem, já banalizada hoje em dia, e interferir na prática.

De que adianta alguém desconsolado com a perda de familiares, casa e bens em razão de uma enchente saber que o presidente, o governador e o prefeito decretaram luto oficial de três dias. Tal decreto não enche sua barriga, tampouco traz seus mortos de volta. Mais do que uma reverência, o luto oficial se transformou em uma mera burocracia. O presidente da Polônia morreu e o Brasil decretou luto oficial de três dias. O que isso representa? Diplomacia, meu caros, política de diplomacia....
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20/02/2014 - Luxo de mulher

Deixa seus pés nus e caminha pisando em orquídeas azuis, brancas, coloridas ao seu gosto, e vem pra mim. Dança numa leveza floral como bailarina de pétalas de beleza e estilo, e vem pra mim. Vista sua camisola de princesa, branca e rendada, com mangas esvoaçantes e ombros de fora, revelando sua feminilidade absoluta, e vem para mim. Pinta suas unhas de vermelho, mas não de qualquer vermelho, mas um vermelho glamour, da marca do encanto, radiante, sensual e impactante, e vem pra mim. Cubra seus lábios de rosa, minha boca rosa, dona de uma sofisticação moderna e surpreendente e irretocável, e vem pra mim. Pega sua maquiagem, feita na França, com tons de sombras que copiam sua pele, e vem pra mim. Vista-se, a seu tempo, com algumas gotinhas de Miss Dior e, jovem apaixonada que é, vem com elegância e toques de fantasia, vem com laços e laçarotes,vem como um dia de primavera em Paris, vem num amor intenso e divertido, vem pra mim. Viva vivante vivara vivíssima trazendo em cada uma das orelhas - destino dos meus tantos eu te amo - um coração estilizado, doce e delicado, num ouro branco com pontos de diamantes e vem, vem pra mim. Deixa sua cabeça, seu corpo, seu coração entregues às sensações do amor, de extremo bom gosto, que voa nas asas da arte e do luxo, como as suas borboletas que sobem pelo seu pescoço, fazem cócegas em seu estômago e acabam em suas mãos, e vem, com borboletas e tudo mais, e vem pra mim. Livra-se depois de tudo isso e vem naturalmente luxuosa, com seu requinte e esplendor de nascença, e vem pra mim na beleza da simplicidade que lhe faz a minha divindade de estio, poder e magnificência. ...
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02/01/2015 - Luz azul

Tão logo a noite do sul caiu as estrelas se jogaram uma a uma aos pés da mulher que passa por retas curvas como um farol. E eu, barco perdido no oceano das paixões, com todas as bússolas interiores girando em falso, fui ao encalço daquela luz perfumada de azul. Uma luz de porte que cortava como lâmina estrelada, afiada e brilhante como as previsões da morte. Eu não sabia se ia ao seu encontro ou se fugia, ainda tonto, depois da última surra dos piratas do norte. Quanto mais avançava, mais aquela luz me atiçava. Como sereno, suava, chorava, cravava meus olhares naquele raio que se jogava aos meus braços. A luz tinha tudo para ser trêmula, incerta, imprecisa, mas era certeira. Chegava como holofote fazendo com que aquele mar bravio, salgado rio, se transformasse no palco do meu monólogo. Diferente das criaturas que morrem caladas, eu cantava o meu fim na esperança de uma reviravolta no rumo daquelas ondas sonoras de silêncio. E fechando os olhos eu ouvia o riso denso vindo daquela luz. Podia sentir seus seios, seus leites, seus deleites, seus anseios, seus enfeites... Nem a tempestade de sentimentos que volta e meia me colocava em naufrágio impedia de eu sentir cada fio de seu cabelo, cada arrepio de seus pelos, cada desvio de sua pulsação. E no mar-alto da minha solidão eu, nu de qualquer medo, confessava em segredo os meus pecados e amados àquela luz que me transformava num remo da cabeça aos pés. Um cego fazendo da luz a sua fé. ...
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06/03/2016 - Luz, luz

Luz, pássaros azuis iluminando as ruas. Luz, luz das luas. Luz, luz de todas as idades num brilho jovem e amadurecido, recém-nascido ou envelhecido. Luz, luz que cobre a cidade. Luz, cometas nus passando sobre os prédios. Luz, luz da cura, dos santos remédios. Luz, luz que vem do espaço. Luz, luz das estrelas de tantas pontas e pontes. Luz do amanhã, luz do ontem. Luz, luz das ondas de energia que vão alumiando o dia. Luz, luz para espantar as sombras. Luz, luz que se espalha pela ventania, pelas ramas. Luz, luz que arromba as trancas dos nossos porões. Luz, luz que entra nos grotões iluminando nossas tramas. Luz, luz que alivia. Luz, luz que bota para correr os pensamentos macabros. Luz, luz dos olhos de candelabros. Luz, luz que vem do alto. Luz, luz das matas, das cascatas, dos pirilampos que se atrevem pelo asfalto. Luz, luz das candeias. Luz, luz das horas cheias. Luz, luz da prece que acalma. Luz, luz, luz que aquece a alma.


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10/03/2010 - Macacos me mordam

No planeta dos macacos tudo não passa de uma grande e infinita macaquice. E não é besteira de escritor, não. O que tem de gente pulando de galho em galho não é brincadeira. E quantos galhos são quebrados dia após dia movimentando a instituição do “jeitinho”. Pela cidade afora tem um pessoal pagando mico e outro penteando macaco a todo instante. Tem tarzan vivendo entre o amor de jane e chita.

Tem macaco-aranha invejando os bandidos que agora decidiram escalar prédios. Tem macaco-barrigudo fazendo alusão ao modo de vida capitalista. Tem macaco-prego que vive levando martelada por aí. Tem macaco-hidráulico que quer por que quer subir na vida. Tem macaco desaparecendo do mapa por conta da lei da selva. Tem macaco comendo e dando banana para tudo. ...
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