10/03/2010 - Macacos me mordam
No planeta dos macacos tudo não passa de uma grande e infinita macaquice. E não é besteira de escritor, não. O que tem de gente pulando de galho em galho não é brincadeira. E quantos galhos são quebrados dia após dia movimentando a instituição do “jeitinho”. Pela cidade afora tem um pessoal pagando mico e outro penteando macaco a todo instante. Tem tarzan vivendo entre o amor de jane e chita.
Tem macaco-aranha invejando os bandidos que agora decidiram escalar prédios. Tem macaco-barrigudo fazendo alusão ao modo de vida capitalista. Tem macaco-prego que vive levando martelada por aí. Tem macaco-hidráulico que quer por que quer subir na vida. Tem macaco desaparecendo do mapa por conta da lei da selva. Tem macaco comendo e dando banana para tudo.
Tem orangotango querendo dançar tango. Tem sagüi que só sabe dizer: não sei, não vi. Tem chipanzé que perdeu a fé. Tem macaca de auditório, macacão e macacada reunida. Tem macaco-de-cheiro fazendo propaganda de desodorante. Tem macaco inglês, japonês e macaco no horóscopo chinês. Tem macaco negando a paternidade do homem. E no planeta transgênico, tem macaco até virando lobisomem.
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