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Encontrados 3193 textos. Exibindo página 107 de 320.
03/07/2014 -
É ela, é ela, é ela
É moleca reinando na minha mão. É piveta fugindo na escuridão. É menina voando como bolha de sabão. É moça querendo dizer sim quando diz não. É mulher com força de arrebentação. É mocinha me tomando por seu vilão. É princesa rompendo seu castelo de ilusão. É estrela no palco no monólogo da provocação. É anja pecando já na segunda intenção. É trapezista no céu da alucinação. É mágica com truques de sedução. É amazona marcando o estradão. É fêmea trazendo à tona um tempo de suspiração. É artista fazendo do amor sua vocação. É gata miando aos ouvidos em semitom. ...
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03/03/2012 -
É Eliana Calmon
Quem é aquela mulher de palavras tão afiadas quão o machado de Xangô? Quem é aquela mulher forjada no fogo e no vento dos orixás? Quem é aquela mulher que mais parece uma Santa Bárbara de toga? Quem é aquela mulher temporal de sentimento? Quem é aquela mulher, guerreira por natureza, que não se desvia um milímetro sequer de suas ideias e de seus ideais? Quem é aquela mulher que casa as buscas por sabedoria e justiça de forma tão perfeita?
Quem é aquela mulher que seduz pela força de suas palavras, pela intensidade de seus atos, pela paixão que exterioriza em suas batalhas? Quem é aquela mulher que não se esconde por detrás de um título ou de um cargo? Quem é aquela mulher que abraça os rituais processuais e místicos? Quem é a mulher que transcende aos reinados de Oyó? Quem é aquela mulher que quebra as demandas judiciais e destranca o caminho da esperança? Quem é aquela mulher múltipla?...
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26/11/2014 -
E então isso e aquilo
E então me beijaram. E então me arranharam. E então me apaixonaram. E então me despiram. E então me sorriram. E então me viram. E então me procuraram. E então me acharam. E então me pegaram. E então me sumiram. E então me reencontraram. E então me tomaram. E então me possuíram. E então me despiram. E então me estranharam. E então me morderam. E então me bateram. E então me prometeram. E então me falaram. E então me calaram. E então me roubaram. E então me leram. E então me compreenderam. E então me tomaram. E então me arrepiaram. E então me puxaram. E então me gozaram. E então me enlouqueceram. E então me venceram. E então me viveram. E então me dominaram. E então me soltaram. E então me inflaram. E então me roeram. E então me escreveram. E então me doeram. E então me acompanharam. E então me juraram. E então me amaram.
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09/02/2012 -
É Ewá!
Quem é que está cantando lá fora? É Ewá! Quem é que se veste de rosa? É Ewá! Quem é que é a dona das coisas alegres? É Ewá! Quem é que a senhora das mutações? É Ewá! Quem é que faz esculturas com nuvens? É Ewá! Quem é que é o início da chuva? É Ewá! Quem é que transforma a água em seus diversos estados? É Ewá! Quem é que influencia o nosso comportamento, que mexe com o nosso destino? É Ewá! Quem é a menina cheia de encantos e magias? É Ewá! Quem é o reflexo dos raios do sol? É Ewá! Quem é que leva uma cobra enrolada no braço? É Ewá! Quem é a dona de um dos mais complexos rituais dos terreiros? É Ewá!...
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23/04/2008 -
E foram felizes para sempre
Era uma vez... Não me lembro qual foi o primeiro livro que li, de vontade própria, do começo ao fim. Recordo de dona Beth, uma professora do ginásio, que em suas aulas de português levava uma caixa cheia de livros. Era uma espécie de biblioteca itinerante. Líamos aquelas histórias durante a semana e depois recorríamos à caixa novamente. Tocar os livros, namorar a capa, navegar pelas letras, sentir o cheiro daquele papel, marcar cada página com olhos e digitais, levá-los pela mão, abri-los no momento mais inesperado, emocionar diante de seu desfecho... ...
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27/09/2012 -
É hoje
É hoje. E somente hoje. Amanhã não será mais e ontem não foi. É hoje. É hoje, indiscutivelmente, o momento. É hoje que o sentimento se dá de forma única. O vento que venta hoje não ventará nunca mais. A água que corre hoje não voltará nunca mais. A folha que cai hoje nunca mais voltará a ser árvore. A novidade de hoje amanhã estará perdida no fundo do baú da eternidade. O beijo dado hoje nunca mais será recebido. A palavra dita hoje não terá o mesmo significado ou força ou pretensão amanhã. A mocinha de hoje amanhã poderá ser vilã. O sonho mais procurado hoje amanhã poderá não passar de uma febre terçã. ...
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08/12/2008 -
É hora de superar Tristão e Isolda
É necessário que haja a vitória do sofrer para uma história de amor ser aplaudida? Este é o dilema que fez o filme Romance, protagonizado por Wagner Moura e Letícia Sabatella, revirar minha cabeça desde que deixei o cinema. Os atores dão vida aos personagens Pedro e Ana, que trazem à tona uma versão contemporânea do romance medieval Tristão e Isolda. Essa obra teria reinventado a idéia de amor, influenciando, inclusive, Romeu e Julieta. Ou seja, tudo o que vivemos em matéria de amor é resultado desta lenda celta. ...
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02/10/2010 -
É lá que eu quero morar
Detrás das montanhas do vento leste, há casinhas coloridas, pintadas com duas ou três demãos de cal, por pintores de aquarela. Lá, as ruas são de pedra e sal e ninguém medra de bandido ou de desconhecido. Lá, a lua volta e meia tem uma queda de pressão, o que a faz cair nos braços de um sol vermelho rouxinol. Lá, há um frescor de menta pelas esquinas e as meninas se vestem de vestidos de algodão. Nessa cidadezinha perdida entre a mata e um riacho, dona Mariquinha raspa a goiabada cascão pregada no fundo do tacho. Lá, nessa terra de amores simplórios, reza-se o responsório ao meio-dia e não há espaço pro esculacho. Reina a rainha poesia. ...
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16/06/2015 -
É mentira
Eu nunca fui de fazer poema. Prefiro a realidade ao cinema. Não gosto da lua, tomo banho de sol. Nunca quis subir num farol. Fecho os olhos para as estrelas e nunca perguntei aos alados como faço para tê-las. Fujo do mato. Desacato os bichos. E ao coração apaixonado eu digo sempre: deixa disso.
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12/07/2014 -
E não me avisaram
Fecharam as cortinas do teatro da minha vida e não me avisaram. Censuraram o espetáculo do meu amor e não me avisaram. Esvaziaram a plateia de expectativas que me fazia seguir em frente e não me avisaram. Deram às costas ao meu texto sem nada explicar, tampouco inventar qualquer pretexto e não me avisaram. Rasgaram minhas cenas e não me avisaram. Boicotaram meu dueto mais que perfeito e depois meu monólogo, meu prefácio e meu prólogo, e não me avisaram. Roubaram a minha bilheteria, a minha alegria, a minha fantasia e não me avisaram. Queimaram o meu cenário, tiraram-me do páreo, colocaram-me num dia a dia tedioso, trevoso, nada majestoso e não me avisaram. Mudaram meu roteiro e meu letreiro e não me avisaram. Esvaziaram meu cargueiro de emoções, jogaram em mim tantos senões, tomates, limões azedos e medos e não me avisaram. Vaiaram o que eu tinha para oferecer e se calaram por querer e de nada me avisaram. Preferiram deixar meu palco do impossível, do incrível, da entrega de nível máximo para viver o possível do lugar comum e não me avisaram.
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