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Encontrados 3193 textos. Exibindo página 106 de 320.
20/02/2008 -
E agora, Fidel?
"Pátria ou morte, venceremos! Socialismo ou morte!". Começo este texto com o bordão usado por uma das figuras mais polêmicas de nossa história para fechar seus discursos. Estas aspas ilustram a lápide de um tempo. Em Cuba, caiu Fidel Castro. Não foi pelas mãos de soldados norte-americanos, ou de um povo sedento pela própria liberdade ou de um traidor qualquer. Fidel caiu por suas próprias mãos.
Não vai mais ter charuto e revolução. Não vai mais ter discurso de quatro, cinco, seis horas. Não vai mais ter aquele uniforme verde musgo. Não vai não vai não vai. O ditador renunciou, ou melhor, enterrou-se vivo. Será que Fidel desistiu porque deixou de acreditar em seu próprio socialismo? Um gesto de covardia ou de coragem, o que foi a renúncia de Fidel?...
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29/04/2014 -
E agora? Quem duvidou...
Muita gente pensou que a minha poesia não daria em nada. Quantos os que torceram para eu ficar com meus versos mendigando amor pela estrada. Tantos nunca me compreenderam ou porque não se esforçaram ou porque nem tentaram. Eu me acostumei a acreditar sozinho no meu caminho e nunca importei em seguir por onde amei. Eu andei mal falado, mal visto, mal julgado, mas tolos daqueles que pensam que eu sou mal amado.
Para quem duvidou dos meus poemas e cantilenas, do meu amor sonhador, dos convites à minha falta de limite, olha a mulher que me chegou e me acompanha e me ganha com todo sentimento e me quer além do tempo humano. Olha a mulher amada que traça seus planos aos meus e cujos silêncios são palavras de luz em meio ao breu. Muita gente não previa que eu encontraria a poesia em carne rija, sedutora, encantadora e viva, mas olha aí......
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21/11/2012 -
E aí, vai encarar?
Leva seu olho gordo para lá senão vai se cegar na força do meu patuá. Não preciso da sua opinião, da minha vida cuido eu e cuido bem cuidado. Da minha história você não é nem futuro nem presente nem passado. Vá canalizar seus maus fluidos na frente de um espelho, pois seu mal não passa do meu tornozelo. Chega de roubar a minha energia, de querer possuir a minha poesia. Em mim sua feitiçaria não dá pé, corto seu mau-olhado no meu candomblé.
Meu babalorixá já falou que quem desejar meu mal pode se preparar para chorar. Pode chorar, ai chora, pois sua energia ruim eu mando embora com meus trabalhos de limpeza. E para sua supresa, o jogo de búzios já me indicou as oferendas, os ebós, os boris, os obis, os âbôs, as pembas que eu preciso providenciar para me libertar desse seu campo negativo. E é bom ficar vivo, pois toda maldição que me mandou, vou devolver com juros e correção. ...
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04/11/2012 -
É amar...
Amar é se fazer inteiro de sentimento, só para se doar por completo a outro alguém. Amar é ter o coração maior do que o corpo. Amar é saber mais da criatura amada do que de você próprio. Amar é tirar os pés do chão sem que se tenha um par de asas. Amar é ir além de quaisquer limites. Amar é se espantar com o próprio amor. Amar é viver o futuro antes do presente. Amar é se tornar protagonista da história que sempre ocupou papel de coadjuvante.
Amar é aparar, diariamente, as arestas da saudade. Amar é fazer e desfazer malas. Amar é sofrer sem se machucar. Amar é descobrir outros eus em seu eu. Amar é, em outras palavras, se descobrir plural, duplo, casal. Amar é se deixar prender para ser livre. Amar é se deixar cegar para enxergar mais longe. Amar é fugir de qualquer compreensão barata. Amar é se desprender do que sempre julgou importante e necessário. Amar é o disparar de um coração....
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19/11/2013 -
É amor demais
É amor demais para se esquecer ou ser esquecido. É amor demais para se entregar ao vento. É amor demais para ser deixado de lado. É amor demais para fingir que não existe. É amor demais para dar às costas. É amor demais para não estar sempre a postos. É amor demais para se abrir mão. É amor demais para não ser jurado para sempre. É amor demais para não querer o melhor sempre. É amor demais para não se entregar por inteiro. É amor demais que vale à pena esperar. É amor demais para desapegar assim tão fácil. É amor demais para não voltar atrás. É amor demais para sair por aqui fingindo que nada aconteceu. É amor demais para ficar à mercê de possibilidades. ...
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17/11/2013 -
É chegada a partida
Se nunca mais ouvir falar de mim, tampouco eu mesmo falando de mim, não se desespere. Se nunca mais ler um texto meu, não se preocupe. Se nunca mais se achar pelas minhas palavras, não chore. Se nunca mais escutar a minha voz escrita em algum canto, não grite. Se nunca mais me vir caminhando pelas linhas afora, não se aborreça. Se nunca mais tropeçar nos meus versos, não soluce. Se nunca mais encontrar minhas vírgulas, não adoeça.
Eu sou um cavaleiro da poesia e, como tal, preciso partir com a mesma ausência de avisos e sinais que marca a minha chegada. E como as chegadas, as partidas também tem um propósito maior, mesmo que desconhecido por enquanto. Porém, um dia tudo será compreendido como o melhor que tinha a ser feito. Sou um cavaleiro que, dada sua missão por cumprida, seja de salvar ou matar uma princesa, parte em direção a outros reinos. ...
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15/07/2014 -
É chegado o tempo
Tempo tempo tempo, ó temporal, olha aqui seu filho pedindo por ti. Tempo me arranca desse tempo. Tempo me leva há cinco meses ou a cinco mil anos. Tempo me carrega daqui. Tempo, já deu. Tempo, já vivi. Tempo, já cumpri o que era preciso. Tempo, reavalie minha existência. Tempo, quebre meus relógios. Tempo pare meu tempo. Tempo, me subtrai das suas contas. Tempo, ó temporal, o tempo da existência já foi perdido. Tempo, pra que insistir. Tempo, pra que mentir que amanhã será melhor quando eu sei, e já me falaram, que será cada vez pior. Tempo, tempo, tempo me coloca em seus braços. Tempo me faz feto de novo. tempo me dê outra oportunidade longe daqui. Tempo, desista de mim, por favor. Tempo, pra que continuar? Tempo, pra que caminhar se não há mais estrada? Tempo, para que insistir com isso se minhas asas foram cortadas? Tempo, tempo, ouça meu pedido, tira-me daqui, pelo amor que ainda me tem. Tempo, não há mais tempo. Tempo, não cola essa história de dar tempo ao tempo. Tempo, nem me pediram o tempo que eu nunca aceitei, já acabaram com meu tempo de uma vez. Tempo, o que ainda está esperando? Tempo, vamos, vamos embora. Tempo, faça logo o que precisa ser feito. Tempo, tem permissão para fazer o que precisa ser feito. Tempo, tempo, atenda minha oração. Tempo, chegou o tempo da separação. Tempo, começou a temporada da solidão. Tempo, quem é que vai estancar tanta sofreguidão? Tempo tempo tempo tempo tempo tempo é hora de dar um tempo nisso tudo. Tempo, já viu, meu senhor, que eu não me corrijo, que eu não aprendo com a dor, que eu insisto em ser demais. Tempo, não dá mais. Tempo, é pesado demais. Tempo, é dolorido demais. Tempo, é difícil demais; Demais. E, tempo, sempre soube, que eu amo demais, além da conta, sem medida, de forma descabida, rumo ao infinito. Sim, meu tempo do amor sempre foi elevado ao infinito. Só que já basta. Sou do tempo que o amor era honrado e não desse tempo onde o amor é massacrado, ignorado e abandonado. Tempo, por que me fizeste nascer nesse tempo? Tempo olha meu passado, veja minhas regressões, veja o que fui, o que vivi... Por que, por que meu senhor, ainda tenho que viver nesse tempo que não tem nada a ver comigo? Tempo, é chegado o tempo que o tempo é meu inimigo. Não! Tempo, não permita que isso continue. Tira-me daqui. Estenda seus braços pra mim. Leva consigo ó tempo a única coisa que ainda vale a pena em mim, pelo que eu lutei todo esse tempo, o que eu defendi do próprio tempo, leva-me enquanto amor, leva-me para onde for, mas me tira daqui. Tempo, tudo o que tinha para ser feito já foi executado. Tempo, tudo o que precisava acontecer, já se deu. Tempo, não vou viver para não ser apaixonado. Tempo, isso não está no roteiro. Tempo, arrasta-me para o inferno, mas tira-me daqui. É tempo de nascer ou de morrer, mas não de renascer nisso que já não permite mais parto algum. Não importa se algo ficará pela metade, se haverá perdão nisso tudo, se o destino foi modificado, se os laços do que era para ser eterno foram rompidos, tira, tira-me daqui. Meu pai tempo, senhor dos meus dias e das minhas noites tão vazias, toma-me seus braços e me leva pra um tempo distante onde o ser-amante possa amar em paz. Tempo, é chegado o tempo. Nada de adiar, de poupar, de esperar o que já não pode mais ser esperado. É hora de cumprir a sina. Que sejam imortalizados todos os segundos dessa paixão atemporal. Que, daqui a milhões de anos, os fósseis de tudo o que foi dito em relação a esse amor estejam conservados. A missão de viver um amor maior que o próprio tempo foi vencida. Não há motivo forte o suficiente para insistir nessa existência. Dei o meu melhor a ti ó tempo, e as suas intenções, honrei de forma sobre-humana o amor que me foi confiado. Fui além do meu tempo. Tempo, não adianta me dar mais tempo. O meu tempo interior já não funciona mais. O meu tempo acabou pelo braço que carrega “que seja infinito enquanto dure”. Infelizmente, o infinito foi condicionado ao tempo. E o tempo... Ah! E o tempo... Ah! Meu senhor, sabe o que sinto e o que sou, e sou justamente o que sinto. Por mais que doa, é chegado o tempo, tempo tempo tempo.
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É de batalhas que se vive a vida
Nem mesmo o sol conseguiu se recompor a tempo para descortinar aquele dois de outubro de 2006. O dia, por si só, amanheceu de ressaca. E não era de uísque. O céu ganhou nuvens pesadas e passou como um mar escuro, sem estrelas, sem cometas, sem sóis nem luas. E o sal desse mar escorreu por muitos olhos. Olhos negros. Olhos verdes. Olhos azuis. Independente da cor, o sentimento era o mesmo naqueles olhos de tanta luta, de tanto esforço, de tanta dedicação.
Naquela segunda-feira por mais que se falasse, que se afirmasse, que se jurasse, nada parecia concreto. Para onde foi a realidade? Para onde foi a nossa ilusão? Para onde foi a vitória? Naquela segunda-feira, o céu nublado ofuscou a armadura de Nike, a deusa grega da vitória. Naquela segunda-feira, as vidas-secas de Sinhá-Vitória ficaram ainda mais secas. Naquela segunda-feira, mesmo com a presença da primavera, nenhuma vitória-régia conseguiu se abrir em flor....
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26/05/2015 -
E deixa viver
Eu ainda não sei o que vou fazer amanhã. Só tenho o hoje e o hoje é só o hoje, tanto que nem sabe do amanhã. Eu ainda não sei se vou pro norte, se vou subir ou descer, se é praia ou montanha, só sei que a sorte vai me querer. Eu ainda não sei o que escrever, só quando virar a próxima página é que eu vou saber. E deixa viver.
Eu ainda não sei o que será do meu amanhã, só sei que eu vou ser o que eu sou e assim meu sonho vai pra onde vou. Não sei o que será, mas o que há de ser será. Pode ser que eu seja estrada, casa, asa... Pode ser que seja sim ou que seja não, só sei que vou seguir o coração. Estarei entre a verdade e o mistério. E deixa viver. ...
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29/07/2011 -
E ela saiu pelas ruas...
Ela fez cara de má e saiu pelas ruas. Não deu bom dia, não falou o que queria, não fez pose nem fantasia. Caminhou apressada, sem dizer palavra alguma, esbarrou nas pessoas, desobedeceu às regras de convivência e fingiu que não escutou sua penitência. Estava disposta a ser anti, antisocial, anticivilização, antihumor... Parece não ter acordado azeda assim, mas, quem a via, tinha certeza de que ela possuía inúmeros motivos para dividir esse profundo azedume com o mundo.
Cara amarrada, sorriso trancado, punhos cerrados. Vestiu preto dos óculos aos sapatos. Não atendeu telefonemas, não discutiu seus dilemas, não comprou um livro de poemas. Sem querer saber de presente, passado ou futuro, vivia um tempo particular. Se pudesse, pegaria um ônibus espacial e passaria o dia em netuno ou plutão. Chutou um viralata, assustou criancinhas, pisou num mendigo. Não respirava, mordia o ar. Dos seus poros rescendia o perfume da falta de paciência, de inocência, de clemência. ...
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