Daniel Campos

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21/11/2012 - E aí, vai encarar?

Leva seu olho gordo para lá senão vai se cegar na força do meu patuá. Não preciso da sua opinião, da minha vida cuido eu e cuido bem cuidado. Da minha história você não é nem futuro nem presente nem passado. Vá canalizar seus maus fluidos na frente de um espelho, pois seu mal não passa do meu tornozelo. Chega de roubar a minha energia, de querer possuir a minha poesia. Em mim sua feitiçaria não dá pé, corto seu mau-olhado no meu candomblé.

Meu babalorixá já falou que quem desejar meu mal pode se preparar para chorar. Pode chorar, ai chora, pois sua energia ruim eu mando embora com meus trabalhos de limpeza. E para sua supresa, o jogo de búzios já me indicou as oferendas, os ebós, os boris, os obis, os âbôs, as pembas que eu preciso providenciar para me libertar desse seu campo negativo. E é bom ficar vivo, pois toda maldição que me mandou, vou devolver com juros e correção.

Não se esqueça de que Exu é quem abre os meus caminhos e ele fica muito bravo quando colocam um agravo atravessado no meu destino. E não adianta espalhar espinhos, ou pedras ou brasas pela minha estrada, pois eu vou montado no cavalo de Oxóssi, meu senhor. O melhor é descer a minha ladeira, pois quem sobe ao meu lado é Oxum Opará, a mais bela guerreira, companheira de Ogun e parceira de Oyá. E aí, vai encarar?


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