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Encontrados 3193 textos. Exibindo página 87 de 320.
21/06/2014 -
Lua de Prometheus
Pelas vielas de prometheus a lua marcha sentinela dos dias meus. Tem sempre um luar específico que me acompanha sem cessar. Lua cheia me faz uivar. Lua minguante me deixa distante. Lua nova me põe à prova. Lua crescente me faz seguir em frente. Lua rosa me deixa prosa. Lua azul me deixa nu. Lua em chamas me leva à cama. Lua de mel me arranha, me arranha, me arranha-céu. Lua de prata me faz vira-lata. Lua de eclipse dá vão ao disse-me-disse. Lua de crepom vem marcada de batom. Lua de seda me joga em veredas. Lua de cetim descobre você pra mim. Lua de São Jorge nem o diabo com ela pode. Lua de renda pede uma prenda. Lua amarela me visita na janela. Lua branca tem ares de santa. Lua de faz-de-conta sempre apronta. Lua de filme de terror inspira agarros de amor. Lua de pirata evoca uma falta. Lua de inverno enlaça vestido e terno ao longo da rua de prometheus onde nunca há adeus.
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20/06/2014 -
Parto de canção
Meus dedos correndo as cordas do violão tentando fazer canções para serem ouvidas a léguas de mim. Tudo o que eu canto é silêncio. O tempo pode fazer seus falsetes, mas jamais desafina. Há sempre um acorde a ser buscado, a ser tentando, a ser provocado... e, quiçá, inventado pra melodia sobreviver. A batida do meu violão tem um quê de fantasia que dá luz a minha imaginação. E eu como menino malino imagino, imagino, imagino enquanto notas e palavras vão se casando pelo violão que se confunde com meu braço. Compor é um vício, tenho lá meus artifícios, mas no final quem manda é a magia, afinal, eu fico nu como minha poesia entregue à inspiração. E são beijos de bossa, são desejos de jazz, são ensejos de frevo num corpo mulher. A lua sopra, a demônia vira brisa, e tudo vibra no aço das cordas enquanto o sentimento derrama das minhas bordas. E vem a loucura de enxergar cinematograficamente, cena a cena, texto e música numa só partitura. E a certa altura, o peito enverga, o olhar navega e a canção não é mais minha, mas do ar que a carrega.
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19/06/2014 -
Corpus triste
Corpus triste sem você. Corpus triste sem poder lhe ver. Corpus triste, fazer o quê? Corpus triste quem me dera morrer! Corpus triste pelo qual o choro é clichê. Corpus triste machucado de viver. Corpus triste doente de sofrer. Corpus triste imaculado de tanto doer. Corpus triste que segue sem se arrepender. Corpus triste o que toca faz entristecer. Corpus triste oferecido em feitio de buquê. Corpus triste temido como um dossiê. Corpus triste mergulhado no próprio anoitecer. Corpus triste sagrado num tanto querer. Corpus triste que ninguém lê. Corpus triste que ainda crê. Corpus triste que segue a perder. Corpus triste que não consegue esquecer. Corpus triste sem cor como inverno num ipê. Corpus triste que faz por merecer. Corpus triste abandonado sem porquê. Corpus triste entregue à mercê. Corpus triste onde a tristeza faz fuzuê. Corpus triste, cadê sua metade que existe, cadê?
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18/06/2014 -
Não sou não
Não sou de fingir. Não sou de mentir. Não sou de enganar. Não sou de brincar. Não sou de maltratar. Não sou de iludir. Não sou de voltar. Não sou de não chorar. Não sou de fraquejar. Não sou de cair. Não sou de desistir. Não sou de engolir. Não sou de não acreditar. Não sou de amarelar. Não sou de não doer. Não sou de não fazer. Não sou de não querer. Não sou de negar. Não sou de não assumir. Não sou de parar. Não sou de não respeitar. Não sou de não enxergar. Não sou de proibir. Não sou de prender. Não sou de arrepender. Não sou de punir. Não sou de não me decidir. Não sou de desamar. Não sou de desarmar. Não sou de desalmar. Não sou de partir. Não sou de despedir.
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17/06/2014 -
O mesmo de sempre
Eu sou o mesmo de sempre, no tratamento e na forma de viver o que é o amor. Eu sou o mesmo de sempre, com olhos pulsantes de um coração embotado de sentimento. Eu sou o mesmo de sempre, com a alma vazando pelos poros. Eu sou o mesmo de sempre, com a certeza de que o que sinto é o que deve ser vivido intensamente, verdadeiramente, infinitamente. Eu sou o mesmo de sempre, firme em minhas loucuras. Eu sou o mesmo de sempre, no choro e no sorriso. Eu sou o mesmo de sempre, entregando-me de forma plena aos sonhos que me habitam. Eu sou o mesmo de sempre, não desisto mesmo levando pito. Eu sou o mesmo de sempre, um romântico sem cura. Eu sou o mesmo de sempre, obviamente inesperado e surpreendente. Eu sou o mesmo de sempre, grávido de imaginação. Eu sou o mesmo de sempre, perfumado de paixão e caminhando em frente mesmo ouvindo não.
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16/06/2014 -
Peço seu colo
Meu rosto pede seu colo. Meu rosto ao tempo, ao vento, ao sentimento pede seu colo. Meus olhos secos ou encharcados pedem pelas visões que só encontram em seu colo. Sem o perfume do seu colo sou incompleto, falta graça e a tristeza me enlaça. Ah! Não me maltrata assim sem a quentura do seu colo. Deixa-me sentir outra vez toda loucura e toda fartura do seu colo. Deixa-me perder pelas estrelas pintadinhas em seu colo como num céu iluminado de alento e desejo. Meus lábios pedem a candura de seu colo. Eu imploro pelo seu colo. Eu choro a ausência do seu colo. Eu olho seu colo pelas malhas da minha lembrança. Eu olho seu colo que entalha você em meus olhos. Eu olho seu colo que talha porquês em meus olhos. Eu olho seu colo em curvas num tempo reto. Eu olho seu colo e meu coração se põe em posição de feto. Eu olho seu colo como criança fitando seu doce predileto. Eu moro em seu colo fazendo da esperança meu teto.
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15/06/2014 -
Amor de Copa
Dribla a distância e acelera os batimentos cardíacos numa descarga de adrenalina e de prazer. Entorta o meu corpo no seu. Marca a minha língua de forma cerrada. Corre, ginga, escapole pelos meus braços aprontando das suas. Desconcerta-me no seu lençol. Dá um peixinho pra render a saudade e ir fundo no meu mundo. Deixa de fazer cera, sai da retranca e contra-ataca respondendo aos meus ataques. Deixa-me pedir bis das suas pernas. Deixa-me pedalar na sua bicicleta. Troque palavras de primeira. Arme carícias com muita atenção. Deixa o jogo da sedução fluir, com os sentidos aguçados correndo solto. Catimba com esses olhos marrentos e manhosos cada lance meu. Quero cair na sua cama de gata. Faz um corta-luz pra gente ficar no escurinho. Nem toda alavanca é falta. Nem todo arremate é certeiro. O importante é bailar e eu quero bailar pele a pele. É preciso suar, e seu suor é doce. É preciso arrancar aplausos cena a cena. E no nosso vai e vem não há impedimento algum a ser marcado ou obedecido. Tira a camisa pra comemorar. Quero beijos de bate-pronto. Quero ficar na banheira esperando você. Quero derrubar você na minha área. Quero o coração a todo instante na marca do pênalti. Vem moleca, vem menina, vem com toda alegria e intensidade. Finta os adversários que nos separam um do outro. Nada de cautela, vem pra cima, vem com tudo, acabe com todo e qualquer tabu. Dá passe para o que tem vontade e vá pelo campo dos sentimentos fazendo as pinturas que só você é capaz de fazer. Você é craque, é craque, é craque pra valer. Deixa a partida rolar, deixa o amor acontecer, fazendo a arquibancada dos nossos corpos tremer.
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14/06/2014 -
Mestre Zezito, um modelo a ser seguido
Salve Deus! Salve Pai Joaquim das Cachoeiras! Salve Pai Joaquim de Aruanda! Salve aquele que é exemplo a ser seguido! Salve o mestre que se coloca sempre na condição de aprendiz, numa lição constante de humildade. Não falta quem, como eu, queira agradecê-lo por um motivo especial, porém, sempre pede para que agradeçam ao Pai Seta Branca e aos seus mentores, jamais a ele. Um mestre que vive a doutrina sendo amor e doação a todo instante, seja dentro ou fora do Templo. Um José que podia muito bem ser José da Caridade, José da Generosidade, José da Solidariedade... Mestre José Fernandes, conhecido carinhosamente por todos, do flanelinha ao presidente do Templo, como Mestre Zezito....
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13/06/2014 -
Precisando...
Se precisar de colo eu lhe dou. Se precisar de abraço seus braços sou. Se precisar de mim pra onde quiser eu vou. Se precisar de amor eu me dou. Se precisar marcar aqui (mostrando o coração) já marcou. Se precisar me enlouquecer assim já estou. Se precisar achar alguém que te ama sempre além já achou.
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12/06/2014 -
Nem teto nem fundo
Amor que é amor desses que surgem como tempestade em dia claro tomando conta de tudo e derramando o mundo não tem teto não tem fundo. Um amor que não pede licença pra tomar de conta do coração, mas que tem toda paciência para se fazer eterno dentro de sua infinitude. Um amor de atitude, bruto em sua pureza, mas nada rude. Um amor delicado, sincopado, estilizado no melhor de cada um. Por isso que eu digo, amor que é amor desse porte ninguém tem poder de desviar de seu norte. E não existe sofrer pra quem ama, para quem está entregue ao amor, existe essa convulsão do amor entre sim e não, razão e emoção, pecado e perdão. ...
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