12/06/2014 - Nem teto nem fundo
Amor que é amor desses que surgem como tempestade em dia claro tomando conta de tudo e derramando o mundo não tem teto não tem fundo. Um amor que não pede licença pra tomar de conta do coração, mas que tem toda paciência para se fazer eterno dentro de sua infinitude. Um amor de atitude, bruto em sua pureza, mas nada rude. Um amor delicado, sincopado, estilizado no melhor de cada um. Por isso que eu digo, amor que é amor desse porte ninguém tem poder de desviar de seu norte. E não existe sofrer pra quem ama, para quem está entregue ao amor, existe essa convulsão do amor entre sim e não, razão e emoção, pecado e perdão.
Amor que é amor desses que urgem em nosso tempo de maneira bravia misturando realidade e fantasia e que ninguém sabe explicar de onde veio e como se deu essa poesia tem todo o direito e exige respeito pra ser do seu jeito. Tal amor não se encontra a cada esquina e não chega quando se quer. Ninguém sai pelas ruas e encontra um amor assim. É preciso ser agraciado, contemplado, brindado por um deus em êxtase. Portanto, quando imerso nesse amor puxa o fôlego e vá o mais longe que for. Todo amor vale à pena, mas esse amor que acontece uma só vez na vida para cada um e que muitos passam sem nem conhecer merece ser vivido e ouvido e sentido a cada milionésimo de segundo; um amor sem teto sem fundo.
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