Daniel Campos

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Encontrados 231 textos. Exibindo página 20 de 24.

28/01/2016 - Apelo afoito

Não me renda
Com um decote
Ou uma fenda
Não me prenda
Ao esquecimento
Não despreze
Ou menospreze
O aumento
Do meu pulso
Bem alterado
Perto do seu
Corpo suado
E antes do meu
Impulso
Imposte
A voz
E poste
Na sua face
Mais um dia
A sós
E para tanto
Num encanto
Cace
A fantasia
Minha
Sozinha
Na sua
Boca nua.


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Aperto no peito

Os chafarizes secaram esperando por você
O mato engoliu tudo sem nem perguntar por quê
E a praça ficou só, tão só meu coração
Até o ipê rosa virou cor de solidão
Os caminhos de pedra estão ausentes
É como se não houvesse nada nem ninguém
Na radiografia do ventre da praça
Que só mostrou um silêncio sem graça
Os pássaros mudaram de ninho
O pipoqueiro trocou de caminho
Já nem passa por lá
E olha lá, não sobrou casal de namorado...
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Apocalipse

Olha, olha da janela
Tudo indo, indo, indo
Numa profecia de louça.
Olha a visão não bela
Que vem vindo, vem vindo
Para se findar na sua boca.
Feche as cortinas
As retinas da despedida
Vamos esquecer lá fora
E nós dois agora
Vamos desobedecer as regras
Pedras de uma vida perdida.
Vamos, vamos, vamos
Ouvir um pouco de bossa
E nos matar de saudade
Saudade, saudade...
Vamos, me admira
Esse medo
Que já não vem tão cedo...
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Aprendiz

Com você
Aprendi
A tecer
Diversas medidas
Para uma só distância.

Com você
Aprendi
A conhecer
Diversos disfarces
De um só tempo ladrão.

Com você
Aprendi
A sofrer
Diversas ausências
Para uma só saudade.

Com você
Aprendi
A rever
Diversas razões
De um só desencontro.

Com você,
Aprendiz.


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16/08/2013 - Apressada

Corre chão
Corre estrada
Corre mão
Pela madrugada

Corre lua
Corre de boca em boca
Corre louca
Nua pela enseada.


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14/05/2015 - Aquela mulher

Pula em minhas costas
Morde meus ouvidos
Oferece-se em postas
Faz o novo do antigo

Solta os seus instintos
Leva-me por labirintos
Desnuda suas curvas
Faça sol, faça chuva

Deita-me em suas ramas
Abra as minhas cancelas
Vem me roça, coça, rela
Infernal ou divida dama


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Aqui estou

Aqui estou
Neste pedaço de papel
Exposto
Sob todos os riscos
Por vontade própria
Entregue de corpo e pensamento
Aqui estou.

Aqui estou
Como um testamento vivo
Disposto
De forma plena
Povoado de poesia
Crente das crenças que falam de amor
Aqui estou.

Aqui estou
No enfrentamento das frentes
Sem caminhos para voltar
Em sinal de paz
Com as mãos amarradas em forma de prece ...
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16/05/2016 - Aqui, ali, Cauby

E então
Cauby abriu a boca
E cantou
E tudo se iluminou
A noite endoideceu
E louca
Desceu
Ao palco de Cauby.

E então
O homem se fez mito
E sua voz
Rodou o mundo
E tudo se fez bonito
No mais profundo
Eu a sós
No amor de Cauby.

E então
De uma voz forte
Oblíqua, rica
De um coração
À beira do abismo
Veio o intimismo
Que além-morte fica ...
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Armação

E se for tudo mentira
O barco
A flor
A lira
Do cantor?
E se pior
For tudo armação
O arco
A dor
O perdão
Do pecador?
E se ainda
For tudo bobagem
O que será de mim
Filho da tua miragem?


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Arqueira

Tomba os olhos
Em uma tromba
De concentração
E nessa envergadura
Sinta-se presa
No desabrochar
De um casulo
Entre a borboleta
E a camponesa
Que em si
Que carrega.

Não importa
Se o alvo está encoberto
Ou se um vento forte
Embaralhe suas retinas
Sue sentimentos
Pelas linhas das mãos
E energize
De poesia de arqueria
Cada ponto do arco
E da flecha
De fogo, de ponta, de tinta...
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