Daniel Campos

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13/05/2016 - Sexta-treze ou sexta-paixão?

Sexta-feira treze é um ótimo dia para perder o medo. Perder o medo e ir em frente fazendo diferente. Não tenha medo de beijar debaixo da escada. Não tenha medo de um gato preto cruzar sua frente enquanto você busca ou passa com sua amada. Não tenha medo de bruxa, pois não há feitiço neste mundo capaz de quebrar um amor verdadeiro. Não tenha medo de corvos ou fantasmas, de monstros ou lendas. Na sexta-feira treze eu só temo cair de paixão, pois paixão ninguém controla. Paixão rouba os sentidos, cega, faz mocinho virar bandido e vice-versa. Paixão derruba cara valente, dói mais do que dor de dente, dá o céu e o ausente na mesma medida. Paixão vira a cabeça e não há quem esqueça. Por isso, que venham as bruxas, os lobisomens, os fantasmas... Para todos há remédio, exceto para a paixão que faz de todo dia o anti-tédio da sexta-feira treze.


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Sherlok homes, 007 e companhia

Cuidado! Antes de ler esse artigo tenha a certeza de que está sozinho. Olhe para trás, para os lados, certifique-se que não está sendo seguido. Toda a precaução é pouca. Há uma onda de Sherlok Homes agindo no Brasil. São cerca de novecentos agentes secretos com o aval do governo espionando o que não deve ser bisbilhotado.

Não contrarie o governo, se o fizer faça de um jeito que ninguém tome conhecimento da sua indignação. Eles investigam quem questiona o governo. Lembra do Itamar Franco, o governador de Minas Gerais; do procurador da República Luis Francisco; do jornalista Andrei Meirelles, da revista Isto É, que apurava o escândalo do TRT paulista? Pois bem, todos eles questionaram o governo. Todos eles tiveram suas vidas espionadas pela Abin....
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27/06/2014 - Sigo meu coração

Meu coração é soberano. É ele quem me governa, sendo dele a primeira e a última palavra. É meu piano interior, às vezes soprano às vezes tenor. Nunca hiberna está sempre a me navegar pelo destino. Meu coração me diz por onde passar, o que fazer, como acontecer. Não importa se vou chorar ou se vai doer, pois seguir viver sem amor é não viver. Coração sem arranhão não tem valor. Se for para caminhar a vida toda com medo de amar pode se certificar que ao final da estrada sua vida não deu em nada. Por isso eu sigo meu coração sem medo. Eu sigo meu coração, pois é ele quem dita e move o enredo dessa paixão bonita que me habita em todas as horas. É meu coração que me diz quando chegar e dar o fora. Não há do que se arrepender se escutar bem escutado o que seu coração lhe soprar. Aprofunde-se cada vez mais na linguagem do pulso. Sinta as palavras jorrando. Sinta as vontades vibrando. Seguindo meu coração, assim vou caminhando. Salvo engano, o amor é o melhor dos guias. Seja no plano da realidade ou no da fantasia, meu coração é soberano.


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25/03/2016 - Silêncio e prece

Nesta sexta, o silêncio navega gigante pelo mar. Nem vento há. Nem brisa resta. As tempestades se dissolveram e dos olhos de sol só ficou uma fresta. Nesta sexta, besta de quem fala, de quem faz galhardia, de quem faz festejo. O dia de hoje é de prece, intimidade e cortejo. Hoje a alegria é respeitosa e a viola miúda e sestrosa. Nesta sexta, há uma imensa vontade de se aquietar, de se aninhar nos braços da quietude. Nesta sexta, ficar-me-ei mais calado do que já pude. E não calado de boca, de garganta, mas de coração. É dia de sossegar os pensamentos, de acalmar os sentimentos. Dia de controlar as emoções, de ponderar o sim e o não. Dia recluso. Sexta donde há a recomendação para não se cometer nenhum tipo de abuso. Dia inconcluso, que se repete ano a ano, para ver se aprendemos um dia a partir dos nossos enganos. Dia de silêncio e prece. O silêncio, como já diziam os sábios espíritos, o silêncio é uma prece. ...
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22/10/2012 - Silêncio total

Não há nada que não seja silêncio. Não há saltos de sapato estalando pelas ruas. Não há miados de gatos suspensos pelos muros. Não há som de briga de casal pelas casas matrimoniais. Não há choro de criança com medo de assombração. Não há carro algum roncando pelas vias. Não há rezas de padre-nosso ou ave-maria pelas horas escuras. Não há trovões ou disparos de canhões. Não há uma velha amaldiçoando quem passa. Não há qualquer rangido de porta ou janela. Não há donzelas ou mocinhas gritando por socorro. Não há vestígio de música nos rádios ou nos peitos dos seresteiros....
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18/01/2016 - Silêncio, samba e amor

Silêncio. Ninguém bate tambor. O surdo ficou mudo. O piano fechou. O conjunto de cordas do violão arrebentou. Silenciou-se tudo. O riso, a flor e o amor. A banda se calou quando o cortejo passou levando o corpo da saudade que ainda arde em silêncio em nossos peitos, com todo respeito, de um quê perfeito que se eternizou. O sentimento chorou em silêncio. O vento nos embalou em silêncio. O firmamento desmoronou em silêncio. E a paradinha da bateria da escola dos corações apaixonados durou mais tempo do que se imaginou.


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10/10/2015 - Silo

Longe de casa há tanto tempo e ainda me lembro dos perfumes, dos sabores, das texturas características daquele lugar onde nasci, cresci e vivi momentos que continuam nítidos pelos labirintos do meu eu. O cheiro dos doces da minha mãe e dos livros, revistas, gibis e vinis do meu pai se misturando no ar. A variedade de tecidos da minha mãe e de rádios, radiolas e vitrolas de meu pai se cansado pelo ambiente numa dança de cores e vibrações. Meu irmão, quando não submerso em seu mundo de tecnologias, estava comigo numa mão de baralho ou transformando a mesa da cozinha de minha mãe em uma partida de pingue-pongue. Minha mãe, cozinheira e costureira de mão cheia, caminhando pela casa como se fosse a rainha daquele lugar encantado onde escrevi romances e vivi às voltas com prosas e poesias. Meu pai dando comida escondida para Kika, brincando com Samuca e Amora. Minha mãe implicando com os miados de Franjinha. Os almoços festivos que duravam o dia todo, com jogadas de sinuca, fartura de comida e passos de dança, ainda estão impregnados em mim assim como os dias intimistas onde apenas Chico Buarque, Vinícius de Moraes ou Tom Jobim cortavam o silêncio do meu quarto que um dia foi ateliê de costura de minha mãe. Depois das tesouras, moldes e fitas métricas de minha mãe, o quarto teve mesa de desenhista e violão, mas acabou mesmo em se tornando um ambiente de escritor, com computador, livros, discos e muitos cadernos que iam ganhando linhas e versos. Recordo com saudade dos dias chuvosos em que minha escrita fluía com boa música, herdada de meu pai, chás e bolos feitos por minha mãe. E de repente, a casa se enchia dos meus avós. E tudo se enchia de encantaria. Meu pai chegando da rua com jornais, revistas e filmes trazidos da locadora se tornou cena comum, assim como ele fazendo suas preces num altar improvisado, com Nossa Senhora Aparecida, no armário da sala de jantar. Cenas do dia a dia que pouco a pouco foram se depositando em mim como num grande silo que me alimenta até hoje.


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Silva - o sobrenome do brasil (apresentação)

O livro-reportagem "Silva - o sobrenome do Brasil" nasceu do desejo de se conhecer um país. Inspirados por Noel Rosa que cantou que não se aprende samba no colégio, deixamos os bancos da escola e fomos em busca desse país imaginado. Queríamos descobrir a importância do sobrenome Silva para o Brasil e contribuir para esclarecer sobre a forte presença dele em nossa terra. A motivação deveu-se ao fato de que consideramos Silva como sendo um traço marcante da identidade brasileira, sobretudo por ser o sobrenome mais comum no país. Embora nem mesmo as pessoas que o carregam saibam sobre a origem dele....
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Silva - o sobrenome do brasil (introdução)

Um vento leve soprava as velas de pano das embarcações portuguesas. A tripulação se guiava pelas bússolas e pelas estrelas. Certamente, poucos sabiam sobre as lendas gregas, sobre as constelações. Lendas não importavam para se fazer comércio. Em breve, contornariam a silhueta atlântica da África e partiriam rumo às Índias. Comprariam especiarias, como canela e pimenta do reino, para venderem a preço de outro na Europa. As caravelas cortavam o oceano como facões desbravadores. Antes de avistarem as ninfas cantadas em versos por Camões, o tempo virou....
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21/10/2011 - Símbolos

Eu acredito que o infinito é mais do que um oito deitado, que o coração vai além do desenho de duas mãos unidas, que a fé é maior do que uma cruz. Multiplicação para mim é amor e não um x, assim como o meu para sempre tem mais do que três pontinhos. A paz não pode ser apenas um pombo branco. Onde começa e onde termina o movimento de um círculo? Nem toda seta é capaz de indicar uma direção. A natureza é muito mais complexa do que um pentagrama. Será que o tão temido olho de lúcifer cabe no topo de uma pirâmide? Será que tudo o que queremos dizer consegue ser dito combinando vinte e poucas letras?...
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